A Igreja romana de Constantino…

Por Bob Stanley

A Igreja Católica Romana foi fundada pelo Imperador Romano, Constantino, em 313 D.C???

É isto que alguns anti-Católicos vão te dizer.

Quando você pedir a eles para “provar” o que dizem, eles vão se referir ao “Édito de Milão” promulgado pelo Imperador Constantino em 313 D.C.

Esta falsa acusação está crivada de erros. Vamos examiná-los, um de cada vez…

1. Eles raciocinam erroneamente ao dizer que já que a Igreja Católica é chamada a “Igreja Católica Romana”, ela tem que ter sido fundada por um Imperador Romano, no caso Constantino. Eles apontam para o “Édito de Milão”, promulgado em 313 D.C., como “prova”. Agora, se alguns deles simplesmente lessem o “Édito” por si mesmos, iriam descobrir que ele meramente deu ao Cristianismo a liberdade de praticar a fé abertamente e sem medo de perseguição por parte dos Romanos. Afinal de contas, por séculos os Cristãos foram perseguidos sem misericórdia pelos Romanos, desde o princípio. Foram os Romanos que pregaram Jesus Cristo na cruz e foi um soldado Romano que abriu Seu lado com uma lança. Você se lembra do Circo Romano e de todos aqueles leões famintos?

Nada é dito no “Édito” sobre Constantino ter fundado a “Igreja Católica”, que nem mesmo é mencionada pelo nome no documento, e as pessoas que fazem esta falsa acusação não podem fornecer nenhum outro documento histórico genuíno que confirme tal suposição.

2. O segundo erro deles é o fato de que o termo: “Católico Romano”, não foi nem mesmo criado até cerca de 1200 anos mais tarde no século XVI, pelos reformadores Protestantes, especialmente Anglicanos, porque queriam reter o nome “Católico” para si mesmos.

3. Seu terceiro erro é deixar de ler, ou aceitar, os documentos dos Pais da Igreja e outros escritores da Igreja. Centenas desses documentos claramente contém as palavras “Igreja Católica”, e são datados desde 107 D.C.. Esta data é centenas de anos antes do “Édito” de Constantino ser promulgado. Escritos históricos genuínos nos quais aparece as palavras “Igreja Católica” estão em cada século desde 107 até e além da Reforma, e até os nossos dias.

O imenso volume desses documentos históricos genuínos é tão assombroso que significa uma continuidade que não pode ser negada.

Só Santo Agostinho  mencionou a Igreja Católica pelo nome mais de 300 vezes em seus escritos. Só para citar alguns outros mais, Santo Atanásio e São Jerônimo também mencionaram a Igreja Católica pelo nome muitas vezes. Estes são apenas três exemplos tirados de inúmeros autores antigos.

4. Seu quarto erro é tentar mostrar que a “Igreja Católica”, e a “Igreja Católica Romana” são duas Igrejas diferentes, quando de fato são a mesma e única Igreja.

5. O quinto erro é sua interpretação,  por exemplo, da Igreja Católica Russa, da Igreja Católica Ucraniana, etc. Eles tentam mostrar divisões tais como Romana, Russa, Ucraniana, etc. Eles não conseguem perceber que há muitos Católicos naqueles e em muitos outros países, e elas não são Igrejas Católicas separadas, mas estão unidas à única Santa Igreja Católica. Os nomes somente as distinguem das Igrejas Ortodoxas naqueles países. Seria adequado dizer: “A Igreja Católica na Rússia, A Igreja Católica na Ucrânia, etc”.

6. Seu sexto erro está preso ao primeiro pois os anti-Católicos tentam rotular a Igreja Católica como sendo uma “apóstata”* ou uma “Igreja Pagã”, já que a acusam de ter “sido fundada” pelo Imperador Romano pagão Constantino. Se os detratores insistem nessa falsa acusação, eles então terão que admitir que a própria Bíblia que eles todos usam veio da mesma Igreja “apóstata” ou “pagã”, e foi dada por aquela Igreja inúmeros anos depois da morte de Constantino.

*Chamar a Igreja Católica de “Igreja apóstata” é equivalente a chamar Jesus Cristo de mentiroso

(1João 5,10), pois Jesus prometeu em Mateus 28,20 que Ele estaria com Sua Igreja todos os dias de todos os séculos até o fim dos tempos, e sem intervalos. Ele também prometeu que o Espírito Santo estaria com sua Igreja para sempre, em João 14,16-17, e que Sua Igreja é a autoridade final em

Mateus 18,17, e que Ele não deixaria Sua Igreja órfã em João 14,18.

São Paulo escreveu em Efésios que: “como Cristo é a cabeça de Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador.” Efésios 5,21

Agora quem ou o quê é o Corpo de Cristo? É a Sua Igreja. Efésios 1,22-23

Então já que Jesus Cristo é o Salvador de Sua Igreja, como pode ser que ela tenha se tornado uma “Igreja apóstata”?

São Paulo também disse que é a Igreja que é o “coluna e sustentáculo da verdade”,

em 1Timóteo 3,15. Ele não disse que era a Bíblia.

Então, por favor, alguém me diga como a Igreja que Jesus Cristo fundou poderia apostatar?

7. Seu sétimo erro é não ler a história de Constantino (285-337) que é bastante interessante, pois ele era um Imperador Romano pagão que foi Batizado na Igreja Católica logo antes de sua morte em 337. Se ele tinha fundado a Igreja Católica em 313 conforme alguns alegam, então por quê ele esperou até 337 para se juntar a ela? Como ele podia ter fundado uma Igreja a qual ele não pertencia? Como podia um pagão não-batizado fundar a Igreja Cristã? Quem iria juntar-se a ela?

Sua mãe era Santa Helena que viajou até à Terra Santa em busca da verdadeira Cruz de Cristo. Ela a encontrou de forma milagrosa, mas esta já é uma outra história interessante.

Traduzido por Alessandro Lima, para o Veritatis Splendor, do original em inglês “The Roman Church of Constantine…”, do site http://www.thecatholictreasurechest.com.

Facebook Comments

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.