A parapsicologia acaba com os milagres?

Não, a parapsicologia acaba com os truques, sejam estes conscientes (provocados; fraudes) ou inconscientes (espontâneos, naturais). Bem diferente é o fenômeno do milagre, manifestação única e exclusiva de Deus, e que não encontra explicação na ciência.

Vejamos: a parapsicologia pode explicar o fato de uma pessoa levitar (até alguns metros), mas não encontra base para explicar a Ascensão de Jesus aos céus (Mc 16,19-20). A parapsicologia pode explicar como a auto-sugestão, por exemplo, contribui para o processo de cura de um doente; mas não pode explicar como Jesus, de uma vez só, e à distância, curou dez leprosos. (Lc17,11-18)

O Milagre de Lanciano (Itália); a dança do sol em Fátima (Portugal) vista por mais de 70.000 pessoas, e muitos outros fenômenos milagrosos continuam inexplicáveis cientificamente. A Igreja sempre foi rigorosa no processo de reconhecer um ato como milagre, como intervenção direta de Deus na ordem natural. Um exemplo neste sentido são as curas de Lourdes, até hoje livres e abertas para quem quer que deseje estudá-las. Da mesma forma, a cautela da Igreja sempre se manifestou, ao rejeitar fatos meramente supersticiosos.

Acreditamos que a Parapsicologia, e outras ciências, continuam sendo recursos válidos para se estudar estes fenômenos, ainda mais na época atual, onde são tantos os charlatões e o ímpeto pelo fantasioso parece dominar.

Por que levantamos esta questão ? Tivemos dois públicos por alvo: primeiro, aquele grupo de pessoas vulnerável a atos fantasiosos, como já referido; e compondo o segundo grupo, as pessoas cépticas, que pensam que a ciência explica tudo, que Deus “está morto” , e que os milagres, a fé, tudo acabou.

Deus continua o Senhor da História, e quer que seus filhos saibam sempre do seu amor. Ele não os quer desorientados, como quem está perdido em alto-mar, sem mesmo possuir uma bússula. É por isto que Deus se revelou aos homens através de Seu Filho, Jesus Cristo, e quando da sua partida, permaneceu o Espírito Santo, guiando a Igreja, a embarcação de Pedro, única nau segura neste mundo de tantas opções, até extremas: desde o ateísmo até o politeísmo.

Mas ainda no que toca à Parapsicologia, lembramos aqui das palavras do Padre e Doutor ABÍLIO CARDOSO, Reitor do Santuário de Nossa Senhora de Fátima em PARIS:

Em relação à fé tentou-se, através do testemunho, purificar um pouco a atitude religiosa, despindo-a de alguns fanatismos e alertando para a responsabilidade de cada um na resposta ao projeto libertador de Jesus Cristo exarado no Evangelho. Mais ainda, afirmou-se que respeitar os mortos é rezar por eles, fazendo comunhão na oração, e não dizer que eles aparecem. E o milagre? Sim, Deus põe de fato a sua marca em certos acontecimentos, mas há por aí muito “milagrinho” que nunca o foi e que sempre a Igreja rejeitou.

Facebook Comments

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.