As igrejas protestantes são de alguma valia?

OLÁ, ESTOU EU AQUÍ MAIS UMA VEZ NECESCITANDO DE ESCLARECIMENTOS EM ALGUNS ASSUNTOS. QUERO SABER SE DE ALGUMA FORMA OS PROTESTANTES CONTRIBUEM PARA O CRESCIMENTO DO PENSAMENTO DE CRISTO AQUÍ NA TERRA.MESMO NÃO CONFESSANDO A FÉ CATÓLICA ISSO É BENÉFICO A DIVULGAÇÃO DE JESUS, OU CONFUNDE OS QUE NÃO SÃO CRISTÃOS? DEVE-SE LEVAR EM CONTA À ALGUNS CASOS EM QUE ELES AJUDAM PESSOAS COM DEPENDÊNCIAS QUÍMICAS A SAIREM DESSE MAL? COMO DEUS SE APROVEITA DISSO PARA VENCER O MAL, ELE ESTÁ PERMITINDO QUE TUDO ISSO ACONTEÇA?

Caro amigo,

Para responder à tua pergunta, cito o Catecismo da Igreja Católica em seus parágrafos 818/819:

“Os que hoje em dia nascem em comunidades que surgiram de tais rupturas "e estão imbuídos da fé em Cristo não podem ser argüidos de pecado de separação, e a Igreja católica os abraça com fraterna reverência e amor… Justificados pela fé recebida no Batismo; estão incorporados em Cristo, e por isso com razão são honrados com o nome de cristãos e merecidamente reconhecidos pelos filhos da Igreja católica como irmãos no Senhor".

“Além disso, "muitos elementos de santificação e de verdade existem fora dos limites visíveis da Igreja católica": "A palavra escrita de Deus, a vida da graça, a fé, a esperança, a caridade, outros dons interiores do Espírito Santo e outros elementos visíveis" O espírito de Cristo serve-se dessas igrejas e comunidades eclesiais como meios de salvação cuja força vem da plenitude de graça e de verdade que Cristo confiou à Igreja católica. Todos esses bens provêm de Cristo e levam a Ele e chamam, por eles mesmos, para a "unidade católica".

Portanto, a Igreja admite, sim, que, excepcionalmente, as "igrejas" protestantes sejam de alguma valia. O difícil é determinar-se quando o serão e quando serão, na verdade, um grande estorvo à causa do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Para que se possa clarear esta questão, é importante ter-se em mente que a Igreja Católica detém a integralidade e a totalidade da revelação de Deus para o homem. A verdade, objetivamente falando, está conosco. Todas as demais religiões representam, em maior ou menor medida, um afastamento desta verdade objetiva.

Neste sentido, os ortodoxos estão muito próximos de nós. As igrejas ortodoxas são, verdadeiramente, Igrejas, mantendo uma sucessão apostólica válida com sacramentos válidos. Têm Missas, veneram Maria e os santos, suas Bíblias contêm os deuterocanônicos. Contudo, negam a jurisdição universal do Bispo de Roma e aderem à algumas heresias o que basta para que a fé ortodoxa, embora quase que integralmente idêntica à nossa, já seja defectiva.

O protestantismo representa, relativamente aos ortodoxos, um afastamento ainda maior da verdade objetiva detida pela Igreja Católica. Suas comunidades, não guardando a sucessão apostólica e não contando com sacramentos válidos, não são verdadeiras Igrejas. A Bíblia por eles usada se encontra privada de livros divinamente inspirados. Não têm Missas. Não veneram os santos. Alguns sequer são batizados.

Contudo, os protestantes (pelo menos a maioria deles) crêem na Santíssima Trindade, no pecado original, na Redenção, no nascimento virginal de Jesus, em Sua Morte e Ressurreição, em anjos, demônios, salvação e danação eterna, e em uma série de doutrinas também guardadas por nós.

Prosseguindo no afastamento da verdade, após os protestantes, temos os judeus. Eles crêem em um deus único e guardam parte dos livros sagrados. Contudo, negam o Messias e rejeitam todo o Novo Testamento.

Depois do judaísmo, temos o islamismo, que, ao menos, é monoteísta, crendo em anjos, demônios e na salvação eterna.

A seguir, temos o hinduísmo, que, ao menos, é teísta, embora esta religião creia na existência de uma infinidade de deuses.

A seguir, o budismo que, não crendo em Deus, guarda a necessidade de uma vida regrada para a obtenção de um prêmio eterno (no caso, o fim do ciclo de renascimentos).

Depois, há os animistas, que ao menos crêem em alguma coisa (espíritos, magia, rituais, etc.) e estão , desta forma, mais perto da verdade do que os ateus.

Em essência, meu caro, ao redor do catolicismo, pode-se imaginar uma série de círculos concêntricos cada vez mais afastados da verdade objetiva. Os ortodoxos estão mais próximas dela do que os protestantes; os protestantes, do que os judeus; os judeus, do que os muçulmanos; os muçulmanos, do que os hindus; os hindus; do que os budistas; os budistas do que os animistas; por fim, os animistas, do que os ateus.

Desta forma, quando um protestante converte um judeu ou um muçulmano, ele os está aproximando da verdade católica e, portanto, fazendo um bem. Contudo, quando um protestante converte um ortodoxo, faz com que este se afaste ainda mais daquela mesma verdade, o que representa um mal.

Em nosso Brasil, portanto, raramente (ou mesmo nunca), uma conversão ao protestantismo resultará em algum bem. Quase todos os protestantes são egressos do catolicismo, e tais conversões apenas colocam a alma do converso em risco.

Espero ter ajudado.

Que Deus te abençoe,

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