Deus realmente pode mandar alguém para o Inferno?

Como apologista, eu voo muito. E o que mais gosto nos voos é quando conheço as pessoas que se sentam ao meu lado.

Em um voo recente, eu tive a oportunidade de compartilhar minha fé com uma mulher que parecia acreditar em tudo, menos na lei da não contradição: fadas, Deus, céu, reencarnação, Catolicismo, a lei da atração.

Uma das coisas que ela não acreditava era o Inferno.

Na verdade, uma das primeiras coisas que Mary me disse foi que, embora ela acreditasse em Deus, ela não acreditava no inferno.

“Por que não?” eu perguntei.

“Porque eu não acredito que um Deus que seja bom para todos q que ama a todos poderia mandar alguém para lá”.

“Certamente, esse não é o desejo Dele”. Eu disse, “Nós sabemos pelas Escrituras que Deus deseja que todos os homens sejam salvos e que tenham o conhecimento da verdade (1º Tim. 2,4) e que ele não quer que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento [2º Pedro 3,9]”.

“Como católico, no entanto, você acredita que ele já enviou alguém, ou até mesmo uma multidão de pessoas”.

“O que você quer dizer?”

“Bom, os Católicos acreditam que os demônios são anjos caídos. Pelo menos ele Deus mandou pro Inferno, não é?”

“Não tenho certeza de que acredito nisso” disse Mary. “Mas de qualquer forma, estamos falando de pessoas como nós aqui na Terra.”

“Você acredita que todos serão salvos?”

“Eu acredito.”

“Você acredita que qualquer um posse ser salvo contra sua vontade?”

“O que você quer dizer?”

“Bem, supomos que uma pessoa rejeita á Deus e não quer ficar com Ele. Será que um Deus todo amoroso Deus coagiria essa pessoa para ser salva ou ele iria respeitar a livre escolha da pessoa?”

“Bom, eu acredito que nesse caso Deus vai respeitar a liberdade dela.”

“Então você não pode descartar a possibilidade do inferno, à luz de um Deus todo amoroso, certo?”

Uma vez que Mary tinha admitido que a doutrina do inferno não fosse logicamente inconsistente com um Deus todo amoroso, citei CS Lewis a partir de “O Grande Divórcio”: “Existiram apenas dois tipos de pessoas no final: aquelas que dizem a Deus: “Seja feita vossa vontade”, e aquelas a quem escolheram ir para o Inferno. Sem essa auto escolha não haveria inferno.”

Traduzido por Tiago Rodrigo da Silva para o Veritatis Splendor do original em Inglês “Would God Really Send Someone to Hell?” do site catholic.com. 

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