Hóstia consagrada não mofa?

O leitor Orlando de Andrade Cavalcanti Júnior, de Amaraji/PE, enviou-nos a seguinte dúvida:

Caríssimo Prof. Alessandro e a todo Apostolado Veritatis

Agradeço muito a atenção que tiveram, se dando ao trabalho de responder meu e-mail; imagino quantas dúvidas e outras coisas vocês do VS recebem todos os dias. Muito obrigado!

Vamos agora ao que interessa.
Recentemente estive conversando com um catequista que me disse uma coisa bastante curiosa: A Hóstia, antes de ser consagrada, é apenas um pão ázimo (pão sem fermento) e, como tal, mofa quando passa um certo tempo; mas, quando o mesmo é consagrado, pode passar o tempo que passar, “ELE NÃO MOFA MAIS”.

Confesso que fiquei surpreso com essa afirmação, pois nunca tinha ouvido falar tal coisa. Não quis questionar, já que se tratava de uma pessoa com uma longa caminhada na Igreja e, já vi muitos relatos de coisas extraordinárias a respeito da Eucaristia, inclusive aqui mesmo no VS. Sendo assim, peço que exclareçam essa dúvida.

Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo os abençoe.


Prezado Orlando,

Realmente a cada dia recebemos um número maior de dúvidas, elogios, consertos, reclamações e também alguns despautérios, mas é da natureza do nosso Apostolado…

Esta é mais uma “lenda urbana” a respeito da Santíssima Eucaristia, tal qual a da hóstia grudada no céu da boca ser sinal de estar comungando em pecado.As espécies de vinho e pão se deterioram normalmente, e a partir do momento em que deixam de se caracterizar como tais (apodrecendo/mofando), a presença real se esvai com elas.

Apenas em alguns raríssimos casos de milagres é que as espécies não apodreceram (como em Siena), ou se transformaram em carne e sangue que também não apodreceram (no máximo, secaram ou viraram pó), como em Lanciano, Cascia, Santarém, Bagno di Romana, Bolsena-Orvieta, Aninón, Ferrara, Stich. Ou no milagre de Amsterdam, onde as partículas foram jogadas ao fogo e este não as consumiu, deixando-as intactas.

Talvez, por ler relatos destes casos extraordinários e excepcionais, este catequista possa ter confundido as coisas e achado que é uma regra que acontece sempre. Mas não o é.

Fique com Deus.

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