JMJ-Rio: previsões econômicas

Acabou a Rio – 20. No campo científico, o evento já começou um fracasso. Desde antes dos escândalos revelados pela troca de emails entre pesquisadores americanos e ingleses, em 2009 (o escândalo ficou conhecido academicamente por Climategate e trata-se de manipulação de dados estatísticos climáticos para favorecer a tese aquecimentista do planeta – outras fontes aqui, aqui e aqui), o tema do Aquecimento Global por razões antropogênicas é ridicularizado mundialmente. Se algo de empolgante se esperava nesses dias no Rio, era no campo da tecnologia e engenharia, com o tema do reaproveitamento e produção de energia limpa e barata, como é o caso da transformação de energia cinética, produzida pela bicicleta ergométrica e reutilizada para carregamento de pequenos eletrodomésticos. Ainda um projeto, mas promissor.

Ao lado do fracasso acadêmico, caminha o fracasso político – afinal, nenhuma grande personalidade mundial apareceu na cidade nos últimos dias. O tema não mobiliza as nações, os líderes políticos não convergem para a discussão, certamente por causa das mentiras científicas veiculadas pelos que deveriam municiar os políticos de informações fidedignas sobre o assunto. Por exemplo, um dos sacerdotes do Global Warming, James Lovelock, confessou que não há Aquecimento Global eminente, jogando um balde de água fria naqueles que ainda estão apegados a teses alarmistas e aquecimentistas (outro link aqui). Por causa do fracasso acadêmico, segue-se o fracasso político. Enfim a Rio – 20 foi um fracasso total! Contudo, não li qualquer palavra sobre o investimento realizado, por parte do governo, em preparar o evento mundial. Pelo contrário, até se falou em lucro.

O resultado econômico da Rio – 20 foi noticiado nos grandes jornais do estado. A prefeitura veiculou que o turismo movimentou algo em torno de 275 milhões de reais, durante os 10 dias do evento. De acordo com informações dispensadas pelo governo municipal, 110 mil turistas visitaram a cidade. Houve ações da prefeitura para minorar o impacto desses turistas e participantes da Rio – 2o na vida do carioca. Quem mora na cidade sabe que não adiantou nada: houve engarrafamentos, escolas fechadas e ponto facultativo em repartições públicas. Mesmo pondo na ponta do lápis o transtorno no trânsito, as aulas perdidas, cada dia da Rio – 2o rendeu 27,5 milhões em turismo para a cidade. Não se pode falar que houve um fracasso nesse campo. Os investimentos neste fiasco de evento tiveram, pelo menos, o resultado econômico razoável.

Diante desses números, o que se pode esperar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que ocorrerá no Rio de Janeiro em 2013? A organização da JMJ espera cerca de 3 milhões de participantes na cidade. Levando em conta que a JMJ de Madrid, com 1,5 milhão de jovens, arrecadou em 10 dias aproximadamente 354 milhões de euros (no câmbio de hoje, algo perto de 900 milhões de reais), a economia do município do Rio de Janeiro pode se preparar para a injeção de, pelo menos, 1 bilhão de reais na cidade ano que vem. Mesmo os críticos mais severos da JMJ, que provocaram uma histeria midiática recentemente, devem reconhecer que os investimentos em segurança, trânsito e inteligência na Rio – 20 foram amplamente revertidos na economia da cidade. Como alguém poderá levantar críticas à Jornada Mundial da Juventude, tendo em vista os números econômicos da Rio – 20?

É claro que os benefícios espirituais da JMJ são o que de melhor o evento deixará para o Rio de Janeiro e para o Brasil: respeito às leis, consciência da dignidade humana, piedade e atenção à voz do Papa, adoração a Deus e submissão à sua Santa Vontade. Tudo isso ultrapassa em muito os benefícios econômicos que a JMJ trará para a cidade. Mas não se diga que o evento causará prejuízo para a cidade, muito pelo contrário.

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