José de Anchieta: aprendiz de carrasco?

Um “pastor” protestante chamado Sebastião Leonel, escreveu um livro autamente tendencioso, fazendo inumeras acusações infundadas à Igreja, principalmente aos papas e as doutrinas. Seu teor de logicidade é deplorável, erros históricos têm de sobra e até a idéia doentia de que a benção que o papa João Paulo II deu ao país foi responsável pela seca do Nordeste, a inflação, FMI etc. Porém, ele argumentou algo que eu desconheço e, por isso, peço a ajuda do VS. Em seu livro intitulado “A Face Oculta do Catolismo Romano”, pág 50, ele diz que o Apóstolo do Brasil , o pe. Anchieta, enforcou um pastor protestante conhecido como João Bollés. Eu gostaria de saber se esse fato é realmente verdadeiro ou não. (Anônimo)

Prezado,

Para variar, o infeliz autor de “A Face Oculta do Catolismo Romano” tenta criar aqui mais uma “lenda urbana” contra a Igreja Católica e, em especial, contra o seu filho querido José de Anchieta.

Com efeito, a Inquisição no Brasil colonial estava sob a juridisção do Tribunal de Lisboa. Como *nunca* foi implantado um Tribunal Inquisitorial em nossa terra, os processos eram abertos pelos bispos e enviados para a Corte portuguesa.

Ora, o processo de João de Bolés – protestante francês que a partir de 1557 passou a difundir em São Paulo e na Bahia doutrinas luteranas e calvinistas – foi iniciado em 1560, aqui no Brasil, e remetido para julgamento em Portugal. Bolés chegou *em Portugal* em 1563 e, perante o Tribunal, se retratou.

Porém, pouco tempo depois, voltou a difundir suas idéias heréticas e, em razão disso, foi desterrado *para as Índias*, onde foi condenado à morte em 1572 como relapso e herege.

Verifica-se, daí, que seria totalmente impossível e ilógico o pe. José de Anchieta “ter enforcado” o referido protestante.

Tais inverdades só podem mesmo depreciar aqueles que as difundem e mostram a quem, na realidade, tais “pastores” realmente servem: ao Pai da Mentira (cf. Jo. 8,44).

[]s,
Que Deus te abençoe!

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