Leitor diz que estamos perseguindo os “tradicionalistas”

Nome do leitor: Leandro

Cidade/UF: Curitiba

Religião: Católico

Mensagem
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Caro Alessandro Lima

Venho escrever novamente ao senhor dizendo que li os últimos textos e suas últimas respostas aos internautas e percebi que sua missão é perseguir os que defendem as tradições contra a ambigüidade, o senhor quer é causar polêmica e atrair para si toda a atenção.

O senhor deve estar achando engraçado denominar os "tradicionalistas" de "radtrads", usar termos pejorativos contra os tradicionalistas demonstra desespero de causa é a defesa dos fracos, tentar ridicularizá-los para que não sejam ouvidos, mas o senhor também pode receber um apelido assim como todos os modernistas, que tal "relat-ecum" em menção ao relativismo ecumênico?

Muito Prezado Leandro, a Santa Paz de Nosso Senhor!

Agradeço este seu novo contato. Queira Deus que desta vez você possa ver mais claramente.

Pelo menos em uma coisa nós concordamos plenamente. Usar termos pejorativos demonstra desespero e causa e é a defesa dos fracos. Você, caríssimo, está certíssimo em falar isso.

Porém, quem criou blog me atacando pessoalmente e apontando as minhas misérias, foi gente que joga no seu time. E este fato é também muito conhecido por você.

Não é uma prática tão louvável entre os seus qualificar os errantes? Você não acabou de me chamar de modernista? Então porque condena algo que você mesmo faz? Não é um grande contra-senso seu?

Ao contrário do que você pensa, para mim é muito triste ter que chamar alguém que se diz católico de “rad-trad”, bem como usar o termo “modernista”. Mas, infelizmente tenho que fazer como o Senhor que chamou de nicolaítas falsos católicos (cf. Ap 2,6.15). Como você vê falsos católicos são nomeados conforme o seu erro. Ou será que você também vai acusar Nosso Senhor de ter sido pejorativo?

A proposta do site de estar sempre em cima do muro vem aos poucos desmoronando e tendendo para o lado modernista. Continua atacando os "tradicionalistas" diariamente e por uma incrível coincidência bem na hora em que aparecem o Motu Próprio e a Congregação para a Doutrina da Fé repudiando o que nós "radtrads" também repudiamos.

Leandro, eu não sei a quanto tempo você acompanha nosso trabalho. Pelo que você escreveu parece que é um leitor recente.

Nos primeiros anos de nosso apostolado nos dedicamos aos erros que vinham de fora, tais como o protestantismo e espiritismo. Nos últimos anos, porém, escrevemos diversas vezes contra o socialismo, modernismo e também defendemos o Vaticano II. Porém, nos últimos meses percebemos a gravidade da antítese do Modernismo que é o Tradicionalismo-Radical, erro que estava se infiltrando até mesmo dentro do Veritatis, o que nos mostrou que deveríamos escrever mais fortemente sobre ele. E é o que estamos fazendo.

E lhe digo mais. O fato de termos começado a atacar erra praga tão nociva quanto o Modernismo, às vésperas da publicação do Motu Proprio, não foi coincidência, foi PROVIDÊNCIA, e Providência Divina!

Nós fomos o ÚNICO sítio apologético que publicou TODOS os documentos referentes ao Motu Proprio e ao Vaticano II, que saíram na semana do dia 07 de julho. Ora, meu caro, se tais documentos ratificassem as especulações e teses “rad-trads”, por que os diretores destes sítios não publicaram estes documentos? Será que a razão não é mais que evidente? E como então você vem me dizer que estes documentos repudiaram o que vocês repudiaram?

Pelo visto a trave que eu disse anteriormente (1) que estava no seu olho permanece de tal forma que você não vê o Sol ao meio-dia. Já que você tem uma trave nos olhos, por caridade vou lhe ajudar com os textos publicados na semana do dia 07 de Julho de 2007.

No “Motu Proprio” SUMMORUM PONTIFICUM lemos:

"Mais recentemente, entretanto, o Concílio Vaticano Segundo expressou o desejo de que com o devido respeito e reverência pela divina liturgia esta fora restaurada e adaptada às necessidades de nossa época" (2) (grifos meus).

O documento diz que o Vaticano II teve “devido respeito e reverência pela divina liturgia”. Enquanto os “rad-trads” dizem que o Concílio fabricou uma liturgia herética e antropocêntrica. Logo, o Motu Proprio não repudia o que vocês repudiam, mas confirma exatamente o que é repudiado por vocês.

"Impulsionado por este desejo, nosso Predecessor o Sumo Pontífice Paulo VI em 1970 aprovou para a liturgia da Igreja Latina livros restaurados e parcialmente renovados, e que ao redor do mundo foram traduzidos em diversas línguas vernáculas, foram acolhidos pelos Bispos e pelos sacerdotes e fiéis" (Ibidem) (grifos meus).

O documento diz que o Papa Paulo VI reformou a liturgia romana impulsionado pelo devido respeito e reverência pela mesma. Os “rad-trads” dizem que o Papa era maçom ou conivente com a Maçonaria e que intencionalmente ajudou a fabricar uma liturgia herética. Logo, o Motu Proprio não repudia o que vocês repudiam, mas confirma exatamente o que é repudiado por vocês.

"Art. 1. O Missal Romano promulgado por Paulo VI deve ser considerado como a expressão ordinária da lei da oração (lex orandi) da Igreja Católica de Rito Romano, enquanto que o Missal Romano promulgado por São Pio V e publicado novamente pelo Beato João XXIII como a expressão extraordinária da lei da oração ( lex orandi) e em razão de seu venerável e antigo uso goze da devida honra. Estas duas expressões da lei da oração (lex orandi) da Igreja de maneira nenhuma levam a uma divisão na lei da oração ( lex orandi ) da Igreja, pois são dois usos do único Rito Romano" (Ibdem) (grifos meus).

O Motu Próprio ratifica a decisão do Vaticano II onde a Missa Nova é o Novus Ordo Missae, isto é, Novo Ordinário da Missa ou a expressão ordinária da lex orandi da Santa Igreja. Também afirma que a Missa Nova quanto a Missa Tridentina são duas formas do único Rito Romano. Porém, os “rad-trads” queriam a abolição da Missa Nova e consideram as duas formas do Rito Romano, como dois Ritos distintos. Logo, o Motu Proprio não repudia o que vocês repudiam, mas confirma exatamente o que é repudiado por vocês.

Agora vamos à Carta do Santo Padre que acompanha o Motu Proprio e que os sítios tão prezados por você se recusaram a publicar:

"Notícias e juízos elaborados sem suficiente informação criaram não pouca confusão. Há reações muito divergentes entre si que vão de uma entusiasta aceitação até uma férrea oposição a respeito de um projeto cujo conteúdo na realidade não era conhecido" (3) (grifos meus).

De quem será que o Papa falou? Será que foi dos verdadeiros tradicionalistas que amam a Tradição e aceitam Vaticano II? De quem veio “uma entusiasta aceitação até uma ferra oposição” em relação ao Motu Proprio? Por acaso não foi dos “rad-trads” e modernistas, respectivamente? Os dois grupos não acreditavam que o Motu Proprio corresponderia a uma revogação do Concílio? Toda a confusão veio destas duas pragas antagônicas que só destroem, cada a um a seu modo, a Unidade da Igreja. Logo, o Papa está acusando vocês e os modernistas de transtornarem a ordem na Igreja.

 

"Em primeiro lugar, há o temor de que seja aqui afetada a autoridade do Concílio Vaticano II e que uma das suas decisões essenciais – a reforma litúrgica – seja posta em dúvida. Tal receio não tem fundamento. A este respeito, é preciso antes de mais afirmar que o Missal publicado por Paulo VI, e reeditado em duas sucessivas edições por João Paulo II, obviamente é e permanece a Forma normal – a Forma ordinária – da Liturgia Eucarística. A última versão do Missale Romanum, anterior ao Concílio, que foi publicada sob a autoridade do Papa João XXIII em 1962 e utilizada durante o Concílio, poderá, por sua vez, ser usada como Forma extraordinária da Celebração Litúrgica. Não é apropriado falar destas duas versões do Missal Romano como se fossem «dois ritos». Trata-se, antes, de um duplo uso do único e mesmo Rito" (Ibidem) (grifos meus).

O receio que alguns Bispos tinham de que a reforma litúrgica querida pelo Vaticano II fosse “posta em dúvida” e que foi tão espetaculosamente especulada por determinados grupos “rad-trads”, disse Bento XVI que “não tem fundamento”. Logo o Papa também mandou um belo recado aos amantes de polêmica e especuladores de plantão: disse que suas análises NÃO TÊM FUNDAMENTO! Bravo! Viva Bento XVI! Mas, você prezado e caríssimo Leandro, que continuar a se fundamentar em análises espetaculosas e especulativas SEM FUNDAMENTO. Quando você deveria ter por fundamento o que a Igreja ensina.

"[…] Muitas pessoas, que aceitavam claramente o carácter vinculante do Concílio Vaticano II e que eram fiéis ao Papa e aos Bispos, desejavam contudo reaver também a forma, que lhes era cara, da sagrada Liturgia; isto sucedeu antes de mais porque, em muitos lugares, se celebrava não se atendo de maneira fiel às prescrições do novo Missal, antes consideravam-se como que autorizados ou até obrigados à criatividade, o que levou frequentemente a deformações da Liturgia no limite do suportável. Falo por experiência, porque também eu vivi aquele período com todas as suas expectativas e confusões. E vi como foram profundamente feridas, pelas deformações arbitrárias da Liturgia, pessoas que estavam totalmente radicadas na fé da Igreja" (Ibidem) (grifos meus).

O Papa disse que as “deformações da Liturgia [que chegaram] no limite do suportável” não foram responsáveis pela renovação litúrgica do Vaticano II. Disse o Papa que isto se deveu porque “em muitos lugares, se celebrava não se atendo de maneira fiel às prescrições do novo Missal”, “pelas deformações arbitrárias da Liturgia”. O Papa afirma exatamente o contrário daquilo que dizem os “rad-trads”.

"É verdade que não faltam exageros e algumas vezes aspectos sociais indevidamente vinculados com a atitude de fiéis ligados à antiga tradição litúrgica latina […]" (Ibidem) (grifos meus).

E, então vai acusar o Papa de ser perseguidor dos “tradicionalistas”? Os exageros referidos pelo Papa vieram dos verdadeiros tradicionalistas ou dos “rad-trads”? Quem acusa a Missa Nova de ser herética e antropocêntrica? É o grupo “rad-trad” que você acabou aderindo achando que está sendo católico por seguir seus preceitos.

"Aliás, as duas Formas do uso do Rito Romano podem enriquecer-se mutuamente: no Missal antigo poderão e deverão ser inseridos novos santos e alguns dos novos prefácios […]" (Ibidem) (grifos meus).

Responda-me como o Missal de S. Pio V poderá se enriquecer com o Missal de Paulo VI se este não tiver riquezas? Não são os “rad-trads” que afirmam ser o Novo Missal uma lástima? Não são eles que se recusam a reconhecer os novos santos da Igreja? Se os novos Santos não são Santos, então como pode o Papa dizer que “deverão ser inseridos” no Missal Tradicional? Logo o Papa não repudia o que vocês repudiam, mas confirma o que é repudiado por vocês.

"[…] A garantia mais segura que há de o Missal de Paulo VI poder unir as comunidades paroquiais e ser amado por elas é celebrar com grande reverência em conformidade com as rubricas; isto torna visível a riqueza espiritual e a profundidade teológica deste Missal" (Ibidem) (grifos meus).

O Papa diz que o Novo Missal possui “riqueza espiritual” e “profundidade teológica”, ao contrário do que dizem os “rad-trads”. Logo, o Papa não repudia o que vocês repudiam, mas confirma o que é repudiado por vocês.

"Não existe qualquer contradição entre uma edição e outra do Missale Romanum. Na história da Liturgia, há crescimento e progresso, mas nenhuma ruptura. Aquilo que para as gerações anteriores era sagrado, permanece sagrado e grande também para nós, e não pode ser de improviso totalmente proibido ou mesmo prejudicial. Faz-nos bem a todos conservar as riquezas que foram crescendo na fé e na oração da Igreja, dando-lhes o justo lugar. Obviamente, para viver a plena comunhão, também os sacerdotes das Comunidades aderentes ao uso antigo não podem, em linha de princípio, excluir a celebração segundo os novos livros. De fato, não seria coerente com o reconhecimento do valor e da santidade do novo rito a exclusão total do mesmo" (Ibidem) (grifos meus).

Dispensaria comentários se não estivéssemos tratando de alguém que está com uma enorme trave o olho.

Ao contrário do que afirmam os “rad-trads” o Papa diz que não existe contradição entre o Missal Tradicional e o Novo, que o Novo Missal mantém a sacralidade da Missa e que seu valor e santidade devem ser reconhecidos através da não exclusão do mesmo nas comunidades ligadas à antiga forma do Rito Romano. Logo o Papa não repudia o que é repudiado por vocês, mas confirma aquilo que vocês repudiam.

"Em conclusão, amados Irmãos, tenho a peito sublinhar que as novas normas não diminuem de modo algum a vossa autoridade e responsabilidade sobre a liturgia nem sobre a pastoral dos vossos fiéis. Com efeito, cada Bispo é o moderador da liturgia na própria diocese (cf. Sacrosanctum Concilium, n.º 22: «Sacræ Liturgiæ moderatio ab Ecclesiæ auctoritate unice pendet quæ quidem est apud Apostolicam Sedem et, ad normam iuris, apud Episcopum»)" (Ibidem).

Por fim o Papa que segundo a cegueira de alguns é um “ex-defensor do Vaticano II” faz referência exatamente a um documento do Concílio. Curioso que um “ex-defensor do Vaticano II” defenda tão fortemente o Vaticano II, não? Pois é, apesar do Sol ao meio-dia, no mundo “rad-trad”, como bem observou um amigo meu, “continua tudo como antes no país de Abrantes”.

Por respeito à paciência de nossos leitores e também por achar que é totalmente desnecessário, não vou comentar a entrevista do Papa Bento XVI à ACI (4) e nem a última declaração da Congr. da Doutrina para a Fé (5).

A meu ver está havendo um grande desespero daqueles que detestam a Igreja e tentam introduzir doutrinas e crenças que nunca fizeram parte da Santa Igreja Católica. O senhor infelizmente não está sozinho, pois como costumo participar do Orkut tenho visto muitos "católicos" estranharem o documento que diz ser a Igreja Católica a única Igreja de Cristo, antes do CVII não havia duvidas como esta, pelo menos não em larga escala como vem ocorrendo. Mas ao mesmo tempo também nunca foi tão grande o grito dos "radtrads" dizendo CHEGA DE HERESIAS como estamos vendo nos últimos anos. O número de jovens que querem o Rito Tridentino aumentou consideravelmente, em especial em países com sérios problemas de apostasia.

Pelo menos em alguma coisa os “rad-trads” têm razão: o modernismo tomou conta de grande parte do Clero. Você talvez tenha lido o caso de cursos paroquiais em Fortaleza-CE que ensinam que Adão e Eva são contos da Carochinha. É verdade que a Anti-Igreja dos modernistas deve ser combatida. O problema, caríssimo Leandro é jogar a água do banho com o neném dentro. Da mesma forma não se resolve o problema da ferida de um dedo arrancando a mão fora. Este é o problema dos “rad-trads” que infelizmente acabam causando tanto mal quanto os modernistas.

Uma pequena comparação para explicitar o que digo: os “rad-trads” se comportam como calvinistas e os modernistas como pelagianos. Quando deveriam todos ser agostinianos. Somente a medida da Igreja é correta, exata, precisa e segura. Se a Igreja diz que o “subsiste” significa “permanece” e que a Missa Nova é ortodoxa, nem podemos dizer que as seitas fazem parte da Igreja (como querem os modernistas) e nem que a Missa Nova é herética (como querem os “rad-trads”).

Sua resposta a mim naquela carta não trouxe nada de novo, era previsível e repetitivo.
Aliás, ela foi publicada pela metade, gostaria que o senhor a publicasse inteira, pois queremos a verdade não é mesmo?

Interessante que você não refutou um só ponto da minha resposta. Fez exatamente como fazem os protestantes, que ignoram totalmente tudo que lhes é contrário, mesmo sendo evidente a Verdade naquilo que lhes é apresentado. Previsível meu caro foi você que agiu como todos aqueles que estão no erro.

Quanto à publicação da sua carta pela metade, você escreveu a sua carta em mensagens diferentes. Eu recebo diariamente dezenas de emails, e vou respondendo-os à medida que vão chegando. Perdoe-me, mas não pude adivinhar que a sua carta não era uma carta, mas um livro de várias páginas. Entre uma página e outra do seu livro, recebi outras mensagens, que me impediram de perceber o tamanho da sua mensagem.

Infelizmente isso também aconteceu com outro leitor, o André.

Li também em suas repostas muitas opiniões pessoais e chutes, como quando o senhor deve a demora de dois anos na publicação do Motu Próprio ao "cuidado" do Vaticano de não dar razão aos "radtrads" (pode dizer onde e quem disse isto?).

Quem disse isso foi o Papa, você não leu? Comentei este trecho bem acima.

Quando o senhor é indagado por um internauta, assim como eu também indaguei, sobre usar trechos do Cardeal Ratzinger isoladamente e sem contexto, acaba apenas confirmando que é isto mesmo, usa trechos isoladamente acreditando estarem sendo ditos aos "radtrads" e logo em seguida diz "logo o quadro não é bem como eles pintam", ora! Então quer dizer que o senhor não tem certeza? Pergunto por que o senhor diz "não é bem como eles pintam" e isto significa que eles podem estar pintando certo!

Ora, caríssimo Leandro, as publicações da Igreja desde o último dia 07 de julho mostraram exatamente o que eu escrevi nesta ocasião referida por você: QUE A IGREJA RATIFICOU O VATICANO II, ao contrário das especulações espetaculosas dos “rad-trads”. Será que agora você viu que o quadro pintado pela Igreja é realmente diferente daquele pintado pelos “rad-trads”?

Tenho muitas outras indagações ao senhor, mas se não dermos um ponto final nesta discussão ela se prolongará "ad eternum".

Nossa discussão já terminou, pois se você se considera católico, não temos o que discutir. O que a Igreja ensina é ponto pacífico entre católicos. O que a Igreja ensina só se debate com não-católicos. Logo eu não tenho que debater a ortodoxia do Vaticano II com católicos.

Peço encarecidamente que o senhor comece a publicar textos condenando a  apostasia da fé vista diariamente nas comunidades carismáticas dos "relat-ecum" e deixe a nós meros "radtrads" em paz.

Espero que o véu de seus olhos se dissipe totalmente e não parcialmente na sua conversão ao Catolicismo.

Paz e Bem!

Leandro, caríssimo e amado em Cristo Jesus, eu continuarei defendendo a Verdade, inclusive contra os modernistas e contra os “rad-trads”.

Não sou eu que tenho véu nos olhos, pois eu sou fiel a tudo que ensina a Santa Igreja. Mas, é você que continua com aquela trave no olho que o impede de ser fiel à Igreja.

Entendo perfeitamente as tuas motivações, pois eu mesmo quase cedi a elas. Quase me deixei seduzir pela simpatia e carisma de um determinado Professor Doutor (pessoa esta pela qual ainda tenho um profundo amor filial, pois fui considerado por ele como quase um filho). Entretanto pessoas piedosas também erram quando desafinam com a Igreja.

Alguns antigos companheiros meus de apostolado acabaram cedendo às argumentações “rad-trads”. Não seguiram o conselho do sábio que disse "sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça" (Eclo 2,3).

Felizmente muitas pessoas oram por mim. Conto com as orações de muitos amigos e leitores por mim e pelo meu apostolado. Foi pela intercessão deles e da Mãe de Deus, que por um milagre eu não cedi às seduções “rad-trads”.

Ser católico, prezado Leandro é ter a Igreja como Mãe e Mestra. Ser católico é ser confirmado por Pedro (cf. Lc 22,31-32). Ser católico não é confiar no homem (cf. Jr 17,5), mas nos sucessores dos apóstolos (cf. 2Ts 2,15) já que somente através deles a Igreja Coluna e Fundamento da Verdade (cf. 1Tm 3,15) atravessa os tempos.

Que Nossa o ajude como me ajudou.

Em Cristo Nosso Senhor,

Prof. Alessandro Lima.

Notas

(1) LIMA, Alessandro. Apostolado Veritatis Splendor: Leitor contesta nossa defesa ao Vaticano II. Disponível em https://www.veritatis.com.br/article/4356. Desde 6/7/2007.

(2) BENTO XVI, Papa. Apostolado Veritatis Splendor: Carta Apostólica "Motu Proprio" SUMMORUM PONTIFICUM. Disponível em https://www.veritatis.com.br/article/4369. Desde 07/07/2007.

(3) BENTO XVI, Papa. Apostolado Veritatis Splendor: Carta que acompanha o M.P. Summorum Pontificum, a todos os Bispos. Disponível em https://www.veritatis.com.br/article/4372. Desde 07/07/2007.

(4) ACI DIGITAL. Apostolado Veritatis Splendor: Liberação de rito tridentino não afeta Igreja, Bispos e aceitação do Vaticano II. Disponível em https://www.veritatis.com.br/article/4370. Desde 7/7/2007.

(5) CONGREGAÇÃO DA DOUTRINA PARA A FÉ. Apostolado Veritatis Splendor: RESPOSTAS A QUESTÕES RELATIVAS A ALGUNS ASPECTOS A DOUTRINA SOBRE A IGREJA. Disponível em https://www.veritatis.com.br/article/4377. Desde 11/07/2007.

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