O cânon – roma locuta causa finita est

Nada melhor do que a frase de Santo Agostinho para definir o que foi a definição do Cânon Bíblico. Houveram tempos em que a Igreja  tinha as Sagradas Escrituras mas não possuía a definição de quais livros eram Sagrados. Estes tempos duraram aproximadamente 4 Séculos, durante este período a de se perguntar;

Qual era a autoridade na Igreja?

Dizem os protestantes que a autoridade na Igreja sempre foram as Sagradas Escrituras, porém nos 4 primeiros Séculos os Cristãos não possuíam a Bíblia definida e sim somente centenas de livros que eram atribuídos aos Apóstolos e personagens Bíblicos. Antes da definição do Cânon Bíblico as autoridades da Igreja eram a tradição e o magistério. Depois da definição passaram a ser a tradição , o magistério e as Sagradas Escrituras. A tradição e o magistério foram de fato os instrumentos de definição do cânon, dos Deuterocanônicos e os Apócrifos.

Utilizando-se da Tradição e do Magistério a Igreja definiu 27 livros para o NT e 46 para o AT. Até hoje a Igreja Católica conserva as três fontes de autoridade que possui. Porém no Século XVI com a revolta Protestante surgiu uma nova Igreja estabelecida com uma única autoridade de Fé; Somente as Sagradas Escrituras. É bom lembrar que está doutrina não foi formulada pelo herege Lutero  e sim já vinha sendo idealizada pela heresia Cátara e que hereges como Wiclef e Huss a defenderam.

Partindo-se do principio de que a Igreja definiu o Cânon Bíblico utilizando-se das fontes acima descritas, o próprio Cânon (Bíblia) testemunha em favor da tradição e do magistério da Igreja Católica. Sendo a Bíblia a única autoridade em questões de Fé ela deveria responder a primeira das perguntas que nos é feita em questões de Fé:

Quais são os livros Sagrados para que eu tenha certeza de que estou seguindo a regra da Fé?

Na Bíblia não se encontra o número e o nome de livros Sagrados em qual eu devo crer mas pela tradição e pelo discernimento do magistério em comunhão com o Espírito Santo a Igreja definiu os livros da Bíblia. De forma que a Bíblia sozinha não é e nunca foi a única autoridade em questões de Fé sua própria existência testemunha a validade da Tradição e do Magistério da Igreja.

O que dizer aos Protestantes?

Podemos dizer – lhes algo semelhante ao que disse Santo Agostinho quando disse ;

“Acreditei no Evangelho graças a pregação da Igreja Católica.”

Assim ficaria está frase dita aos Protestantes:

“Renegais a tradição e o magistério, mas acreditais nas Sagradas Escrituras graças a Igreja Católica que se utilizou daquilo que vós mesmos rejeitais para definir o que aceitais em comunhão com o Espírito Santo.”

A definição do Cânon foi uma das muitas questões em que Roma falou e a encerrou.

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!

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