O vaticano e os homossexuais

Caros irmãos

Li pela manhã os comentários que fizeram na página de O Globo sobre o documento da Igreja Católica sobre a união civil de homossexuais. Gostaria de fazer umas observações sobre o porquê de a Igreja assim se posicionar.

Desde já, digo que não é minha intenção forçá-los a aceitar a posição do Papa e/ou a minha. Como o documento lembra, as relações homossexuais são reprovadas pelas Escrituras por desvirtuarem a intenção unitiva e procriativa do ato sexual moral e natural. Sendo assim, não é porque os tempos mudaram, como muitos proclamam, que o Cristianismo tem que rever seus ensinamentos, até porque nenhuma religião do mundo é democrática, senão não seria religião; em nenhum lugar, os fiéis ditam o que querem e o que não querem fazer, aceitar o crer. Todas as pessoas foram criadas por Deus e são livres para decidirem o que quiserem de suas vidas.

No entanto, aos cristãos não cabe os modismos que ferem sua visão de mundo e de homem baseada no Evangelho de Jesus Cristo e ensinado pelos Apóstolos. A Igreja sempre ensinou que o ato sexual foi feito para ser praticado dentro do matrimônio e esse sacramento é recebido somente por um homem com uma mulher. Sendo assim, como a Igreja pode omitir a seus fiéis seu ensinamento sobre a sexualidade humana? Como pode deixar de orientá-los sobre como devem proceder diante dessa situação? De forma alguma está incitando o preconceito. No documento, não se lê nenhuma maldição, nenhum incentivo à violência, nenhum estímulo a mágoas ou a ofensas.

A declaração da Sagrada Congregação da Doutrina da Fé não é novidade e mais cedo ou mais tarde iria aparecer, causando a mesma polêmica. Não é porque um ou milhares não gostaram do que leram ou ouviram nos jornais que o Vaticano e os católicos vão deixar de dizer o que pensam, até porque é um direito nosso. O documento é um ensino oficial e serve para orientar o fiéis contra costumes contrários aos ensinamentos de Cristo. Nas Escrituras, vemos João Batista morrer porque denunciou o pecado de Herodes que desposara a mulher de seu irmão! Hoje, quantos falsos cristãos fazem promessa a São João ignorando sua moral radical! A Igreja faz o mesmo que João: denuncia o que é impróprio para os cristãos.

A Igreja não pode mudar de opinião sobre assuntos de fé e moral, porque não foi ela quem os criou: recebemos nossa doutrina do próprio Deus e somos guiados pelo Seu Espírito. Isso é ser obsoleto, atrasado, retrógrado? Que seja! Mas ninguém dirá que traímos nossa fé! Se há padres e religiosos com tendências homossexuais, nossa posição não mudará! Até porque isso não faz com que nossa doutrina se abale.

Repito a Igreja não é democrática, graças a Deus, e não depende de homens nosso ensinamento. Muita gente anda dizendo que Jesus acolhia as pessoas, não oprimia, mas, se lerem as Escrituras, verão que ele denunciava o pecado, como condenou o divórcio, a avidez pelo dinheiro e a frieza na fé. Jesus é Deus encarnado e não compactua com a imoralidade. Outros dizem que a Igreja é corrupta, mas não sabem que ela é Corpo de Cristo, o qual tem como Cabeça o próprio Cristo: fazemos o que pensa a Cabeça! Se erramos na Idade Média (e continuaremos errando), é porque somos pecadores, mas, libertados da culpa do passado, não renunciaremos à Vida no Espírito Santo, que é o nosso modo de pensar e viver, contrário ao que o mundo ensina hoje! Para que remoer o que ficou para trás?! Os homossexuais não são encarados como condenados, amaldiçoados, endemoniados pela Igreja ? o documento não diz isso. Ao contrário, ela nos ensina a acolhê-los com amor e os convida à castidade, como convida também os heterossexuais! O pecado é a sodomia e a felação! Melhor dizendo: o ato sexual fora do matrimônio!!! Ninguém é obrigado a seguir isso: Jesus não obrigou ninguém a viver o Evangelho, nem vai obrigar. Porém, os que se consideram cristãos não podem compactuar com novas formas de ver o mundo e de nele viver, porque correm o risco de perder a salvação.

As Escrituras contém a verdade sobre a Vida no Espírito e a Igreja, continuadora da missão salvífica de Jesus, deve alertar os cristãos sobre como devem posicionar-se diante dos costumes modernos!!! Expulsar padres e freiras homossexuais da Igreja não é uma atitude saudável para corrigir quem errou! Primeiro, chamamos a atenção desses que erraram, pedindo que se arrependam dos seus erros e pedimos que se corrijam! Se insistirem no erro, terão um rigor maior na correção! E é falsa a afirmação de que forem expulsos, a Igreja não terá gente suficiente para ensinar sua doutrina: muito não-clérigos, como eu, com certeza, iluminados pelo Espírito Santo, não se omitirão diante das inverdades e das injustiças. Como João Batista e como Jesus Cristo, o Deus eterno, somo chamados a morrer pelo que cremos e defendemos: fora da Igreja não há salvação!!! Quem quiser sair dela pode sair! Se muitos saem, é porque usam a liberdade que Deus lhes deu!!! No entanto, muitos diariamente encontram consolo, refúgio, abrigo e proteção, nessa que hoje está, como sempre, sendo apredejada!!! Os apredejadores passam e ela fica!!!

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