Precisamos de tí elisabeth

        Elisabeth converteu-se ao catolicismo. É sueca e durante um ano estudou no Instituto Zalima, obra corporativa do Opus Dei em Córdoba (Espanha). Agora, voltou ao seu país para estudar Enfermagem.

        Chegou a Córdoba em Setembro e rapidamente se expressou no genuíno dialeto cordobês, e uma medalha com a imagem de São Rafael, no seu pescoço, indica que algo lhe aconteceu durante a sua estadia entre nós.

        E o que lhe aconteceu foi a sua conversão ao catolicismo. Logo após ter chegado teve a oportunidade de assistir em Roma, a 6 de Outubro, à canonização de São Josemaría Escrivá: “Não sei porque fui, mas aquilo impressionou-me, porque estava a ser testemunha de algo muito grande”. Logo, na cadeira de Filosofia, assuntos como a origem do homem, o sentido transcendente da vida? despertaram na sua alma a luz das perguntas. E aí começou o caminho. “Nunca tinha visto na prática o que é uma vida cristã, vinha quase sem formação religiosa”, reconhece.

Em busca

        Por meio da formação, da convivência e da participação, Elisabeth empreendeu o caminho da busca: no princípio, como mera espectadora, em atos como a Missa ou a oração do rosário: “como podem haver católicos ? interroga-se ? que digam que o rosário é um aborrecimento?”

        Pouco a pouco, uma série de casualidades foram abrindo o caminho: “Eu notava no meu interior que tinha de fazer algo porque Deus me pedia”. A princípio teve medo, e reconhece-o: “Quando comecei a pensar em tornar-me católica recordava que no meu país os católicos são somente nove por cento, e a igreja católica mais próxima é a 55 quilômetros da minha casa; mas também notava que Deus me pedia, e eu não queria dizer não”.

        No coração de Elisabeth estava a germinar a semente? Na Semana Santa a jovem, com a decisão tomada mas ainda sem a formalizar, regressa a Roma: lá participa num encontro internacional de estudantes universitários e assiste a audiências com o Papa e com D. Javier Echevarría, prelado do Opus Dei. A este último conta-lhe a sua experiência pessoal e a sua decisão de abraçar a fé católica. D. Echevarría responde-lhe com uma grande afirmação, e termina dizendo: “Nós precisamos de ti, Elisabeth, nós precisamos de ti, que Deus te abençoe”. A pergunta e a resposta estão guardadas, desde então, num pequeno livrinho que Elisabeth leva no seu bolso.

        A 29 de Abril, em duas simples cerimônias, faz em Zalima a profissão pública da fé católica – os protestantes não necessitam de se batizar , a sua primeira confissão e a sua primeira comunhão: “A confissão é maravilhosa; eu desde sempre soube que Deus perdoa, mas descobri que Cristo administra o seu perdão e a sua misericórdia a cada pessoa, através do sacramento da Penitência”.

        Elisabeth diz que o que mais a atraiu ao catolicismo foi a confissão, a figura da Virgem Maria e também a referência moral: “O catolicismo é concreto e prático, deixa muito claras as coisas tanto na fé como na moral, porque delimita o que está bem e o que não está”.

        Elisabeth já está na sua cidade, que se chama Höor e fica a 650 quilômetros de Estocolmo. Nas alturas nórdicas da Suécia, uma medalha de prata com a imagem de São Rafael lhe recordará o ano que passou em Córdoba e o novo rumo que a sua vida tomou na nossa cidade.

Facebook Comments

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.