Quem detém a chave do reino? jesus ou pedro?

Apocalipse 3,7 prova que Cristo é o único que detém a chave de Davi, não Pedro. Isaías profetiza a vinda de Cristo e sua autoridade, e não a de Pedro. Mateus 16,18 não tem nada a ver com isso (Anônimo).

Como filho real de Davi, Cristo é o titular da chave de Davi, mas isto não significa que Ele não possa entregar a Pedro, como seu "primeiro ministro", as chaves do seu reino celeste.

Na passagem a que Apocalipse 3,7 alude – Isaías 22,20-23 – Eliaquim é escolhido mestre do palácio, um cargo quase equivalente ao de primeiro ministro. Como braço direito do rei, ao mestre do palácio é entregue a "chave da Casa de Davi".

As chaves simbolizam a autoridade; então entregar a Eliaquim a chave da Casa de Davi é equivalente a conferir-lhe autoridade sobre o reino, como representante do rei devidamente nomeado.

Apocalipse 3,7 fala de Jesus como o "titular da chave de Davi". Alguns argumentam que isto significa que Ele cumpre o papel de Eliaquim prefigurada em Isaías 22,20-23. E concluem que isto exclui a aplicação profética deste texto a Pedro nas palavras de Cristo registradas em Mateus 16,18-19.

Mas não há problemas com este argumento. Em Isaías 22, Eliaquim é o mestre do palácio; o rei não. Eliaquim possui a chave do reino não como seu proprietário, mas como um delegado para acompanhar os assuntos do rei. Se nós aplicarmos isto a Cristo, então teremos que concluir que Ele não é o verdadeiro rei messiânico, mas apenas o seu primeiro ministro, o principal representante do Messias!

Embora Jesus seja chamado "titular da chave de Davi" em Apocalipse 3,7, Ele não a detém como Eliaquim a detinha. Como Filho de Davi, Jesus é o herdeiro do trono de seu ascendente (Lucas 1,32-33). Ele na verdade é o rei, não o mestre do palácio do rei, como era o caso de Eliaquim. Como rei, Jesus é livre para conceder as chaves do seu reino a quem Ele quiser, sem perder a autoridade que estas chaves representam.

A posição católica é que o que Jesus faz em Mateus 16,18-19 é precisamente isso. Pedro identifica Jesus como o Messias, o que significa – entre outras coisas – reconhecer a sua realeza. Cristo então mostra a sua autoridade real concedendo a Pedro algo que apenas o rei poderia entregar: as chaves do reino do Céu. Desta maneira, faz de Pedro o equivalente messiânico de Eliaquim.

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