A igreja católica aprova as conversões forçadas?

– A Igreja Católica aprova as conversões forçadas? (Anônimo)

Não. Em sua Encíclica “Mystici Corporis Christi”, o Papa Pio XII declarou:

“É absolutamente necessário que a conversão provenha da livre escolha, já que nenhum homem pode crer exceto por sua vontade. […] A fé, sem a qual é impossível agradar a Deus, deve ser a perfeita e livre homenagem do intelecto e da vontade. […]

Poderia, por isso, a qualquer momento ocorrer que, ao contrário do que invariavelmente ensina esta Sé Apostólica, uma pessoa fosse compelida a abraçar a fé católica contra a sua vontade; não podemos, em consciência, reter a nossa censura.”

O Decreto sobre a Liberdade Religiosa (“Dignitatis Humanae”), do Vaticano II, reafirmou esse ensinamento:

“Ainda que na vida do Povo de Deus, que peregrina no meio das vicissitudes da história humana, houve por vezes modos de agir menos conformes e até contrários ao espírito evangélico, a Igreja manteve sempre a doutrina de que ninguém deve ser coagido a acreditar” [DH 12].

Os católicos têm sempre praticado o que foi pregado sobre esta matéria? Não. Existem católicos hiper-zelosos que tentam fazer conversões usando não apenas a palavra, mas também a vara.

Mas os protestantes também têm sido culpados de nem sempre respeitar a liberdade de consciência (apenas um exemplo: em Genebra, João Calvino mandou queimar Miguel Servet na estaca). Mesmo ateus e secularistas têm usado a força para obter conversões às suas posições. Recorde-se de milhões de pessoas que foram assassinadas ou sofreram nas mãos dos comunistas no século XX.

O Cristianismo sempre pregou a liberdade de consciência, ainda que cristãos nem sempre tenham vivido este ensinamento. O ateísmo e o secularismo, por negarem a existência de Deus, afirma que não há ninguém para quem responder e, portanto, nada a ser respondido.

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