O batismo infantil é errado porque as crianças não podem expressar a fé?

– Um fundamentalista e eu estávamos discutindo sobre o batismo infantil. Ele citou Marcos 16,16, afirmando que alguém deve crer primeiro para depois ser batizado, o que não é possível com o batismo infantil. Ele também alega que João 3,5 emprega a palavra "homem" (KJV) e, portanto, também não corrobora o batismo infantil. Como devo refutar isto? (Anônimo)

Os fundamentalistas apontam Marcos 16,16 para demonstrar a necessidade da fé para se alcançar a salvação, mas páram aí, no meio do caminho. Essa passagem diz que, para se salvar, é necessário que se creia. A Igreja Católica ensina isso também, mas acrescenta a esse crer a [necessidade do] batismo – algo que os fundamentalistas que citam a passagem convenientemente passam por cima.
 
Embora Marcos 16,16 ensine a necessidade absoluta da fé, muitos fundamentalistas não crêem realmente nisto. Eles fazem exceções, por exemplo, para as crianças que morrem sem ter expressado a fé em Cristo.

Ora, se a fé não é necessária para um criança ser salva, por que seria necessária para uma criança ser batizada? A Igreja Católica ensina que a fé é pré-requisito para um adulto receber o sacramento do Batismo; porém, sendo a criança incapaz de professar por si mesma um ato de fé, por que seria necessário exigí-lo [para batizá-la]?

Quanto a João 3,5, a palavra grega "tis" (traduzida como "homem" na Versão do Rei Tiago [KJV]) é um pronome indefinido, que significa "alguém" ou "uma certa pessoa", ou seja: um ser humano. Visto que as crianças são seres humanos, elas estão incluídas aqui.

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