Sobre a existência do critério da sucessão apostólica

A Igreja Católica é a única que pode provar sua origem apostólica, graças à sucessão apostólica. A História registrou os papas que ocuparam a cátedra de São Pedro e os cristãos, desde o princípio, têm nesta sucessão ininterrupta a certeza da fé que professam, pois o próprio Cristo havia profetizado que sua Igreja permaneceria até o seu retorno, no final dos tempos.

Por isso, não é possível estar em comunhão com a Igreja de Cristo sem estar, ao mesmo tempo, em comunhão com o papa, legítimo sucessor de São Pedro.

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“Já que seria demasiado longo enumerar os sucessores dos Apóstolos em todas as comunidades, nos ocuparemos somente com uma destas: a maior e a mais antiga, conhecida por todos, fundada e constituída pelos dois gloriosíssimos apóstolos Pedro e Paulo. Mostraremos que a tradição apostólica que ela guarda e a fé que ela comunicou aos homens chegaram até nós através da sucessão regular dos bispos, confundindo assim todos aqueles que querem procurar a verdade onde ela não pode ser encontrada. Com esta comunidade, de fato, dada a sua autoridade superior, é necessário que esteja de acordo toda comunidade, isto é, os fiéis do mundo inteiro; nela sempre foi conservada a tradição dos apóstolos. […] [Pedro e Paulo] confiaram a Lino o ministério do episcopado. […] A Lino sucedeu Anacleto. A seguir, Clemente; Clemente vira os apóstolos, conversara com eles e ainda tinha ouvido sua pregação. […] A Clemente sucedeu Evaristo, e a Evaristo, [sucedeu] Alexandre. Depois, em sexto lugar após os apóstolos, veio Xisto, e, a seguir, Telésforo. Depois, Higino, Pio e Aniceto. Sotero sucedeu Aniceto. Agora, Eleutero, em décimo-segundo lugar, possui a herança do episcopado após os apóstolos” (Ireneu de Lião, +202, Contra as Heresias III,3,2-3).

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