04: Creio em Deus Pai todo-poderoso

Fonte: Livro “Curso de Catequesis” do Editorial Palavra, España

Traduzido por Pe. Antônio Carlos Rossi Keller

CREIO EM DEUS, PAI TODO PODEROSO

Introdução.

As primeiras palavras que dizemos no credo são: “Creio em Deus, Pai todo poderoso” (Símbolo dos Apóstolos), ou “Creio em um só Deus, Pai todo poderoso” (Símbolo de Nicéia-Constantinopla). Nossa profissão de fé cristã começa por Deus, por que Deus é o princípio e o fim de todas as coisas. E começa por Deus Pai, por que Deus Pai é a primeira pessoa da Santíssima Trindade.

Deus cuida com a sua providência de todas as coisas, mas especialmente cuida do homem. É nosso Pai do céu; em conseqüência, somos seus filhos: somos filhos de Deus! E para que o recordássemos constantemente, Jesus nos ensinou a rezar: “Pai Nosso, que estás no céu” (Mateus 6,9). Esta maravilhosa verdade cristã deve nos entusiasmar. Vejamos quem é Deus, esse Pai que está no céu.

Idéias principais.

1. Creio em um só Deus.

Esta é a grande verdade, a verdade absoluta: Deus é um e único, não há mais de que um só Deus. Iahwéh já o tinha manifestado ao povo de Israel: “Escuta Israel: o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua força” (Deuteronômio 6,4-5), sendo Aquele que preside toda a história.

Também para nós, a fé em um único Deus nos move a voltarmo- nos a Ele como a nossa origem e nosso último fim; e a preferi-Lo acima de todas as coisas. A revelação de Jesus Cristo completará aquela do Antigo Testamento, e pelo ensinamento do Filho de Deus sabemos que o Deus único em essência  existe em três pessoas divinas: Pai, Filho e Espírito Santo.

2. O nome de Deus.

Moisés quis saber o nome de Deus ao contemplar a sarça ardente no monte Horeb, e Deus revelou Seu nome: “Eu sou o que sou” (Êxodo 3,14), Iahwéh. Quer dizer, Deus é, Deus é o que existe por si mesmo, sem depender de ninguém, princípio sem princípio, razão de ser de tudo o que é, origem de tudo, causa de tudo, fonte de todo ser, ser soberano, ser supremo: Deus!
 Em outras ocasiões, Deus se revela como rico em amor e fidelidade, aproximando-se ao homem para atrai-lo para Si, ao mostrar-lhe sua benevolência, sua bondade, seu amor. Podemos dizer, pois, que Deus é um ser espiritual, eterno, misericordioso e clemente, infinitamente sábio e bom, onipotente e justo, o ser por excelência, e o sumo amor. Jesus Cristo é quem revelou o conteúdo deste Nome, com um sentido novo: Deus Pai.

3. Deus Pai.

A afirmação da paternidade divina é o primeiro artigo do Símbolo e inicia a confissão da fé no Mistério Trinitário. O Símbolo é a confissão do Mistério da Trindade: Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo, único Deus, única essência, em três pessoas realmente distintas. Junto com a confissão da fé em Deus Uno e Trino, proclamam-se também o Mistério da Encarnação, que é realizado pelo Filho de Deus, para redimir os homens, e o Mistério da Santificação, que se atribui ao Espírito Santo.

4. Deus Pai todo poderoso.

Das muitas perfeições que podemos assinalar em Deus, o Símbolo nos recorda a onipotência, posto que vai falar da criação, que é obra de poder e se atribui ao Pai. Mas também o Filho e o Espírito Santo são onipotentes como o Pai, já que a essência divina é única e as três pessoas são iguais em perfeição.

É muito necessária a confissão da onipotência de Deus porque com freqüência chegam ao homem as provas da fé, através da dor e do mal, que não entendemos e nos custa aceitar. Mas Deus é Deus, onipotente e clemente, que está próximo de nós com Sua Providência, para ajudar-nos.

5. Pai Nosso.

A revelação da paternidade de Deus no mistério inefável da Trindade de pessoas na única essência, nos facilita o caminho para compreender que Deus é também nosso Pai. Mas jamais o teríamos imaginado, se Deus não nos tivesse revelado. Foi o Senhor Jesus Cristo quem o disse a Seus discípulos: “Vós, porém, orai assim:  Pai Nosso” (Mateus 6,9), e é uma noticia que está presente em todo o Novo Testamento. É evidente que a filiação do Filho de Deus e a nossa são diferentes. Jesus é o Filho de Deus por natureza, da mesma natureza do Pai, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; nossa filiação em relação a Deus é por adoção, mediante o dom sobrenatural da graça que Deus nos infunde no Batismo. Por  isso, ainda que seja grande a dignidade da criatura humana, feita à imagem e semelhança de Deus na ordem natural, não se pode comparar com a dignidade da graça, que nos faz filhos adotivos de Deus.

6. Propósitos de vida cristã.

* Fazer muitos atos de adoração a Deus, durante o dia, dizendo: ?Deus Todo Poderoso, eu Te adoro e Te bendigo?.

* Rezar o Pai Nosso com pausa, entendendo o que digo.

* tratar sempre os outros com respeito, pensando que são filhos de Deus.

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