13: a vida pública de jesus

Fonte: Livro “Curso de Catequesis” do Editorial Palavra, España

Traduzido por Pe. Antônio Carlos Rossi Keller

13: “A VIDA PÚBLICA DE JESUS”


INTRODUÇÃO:

Nós cristãos "temos de meditar a história de Cristo, desde seu nascimento em um presépio, até sua morte e sua ressurreição (…). É necessário conhecer bem a vida de Jesus, para que tenhamos tudo gravado na mente e no coração, de modo que, em qualquer momento, sem necessidade de nenhum livro, fechando os olhos, possamos contempla-la como em um filme (…). Assim, nos sentiremos unidos à sua vida. Porque não se trata só de pensar em Jesus, de representar em nossa mente aquelas cenas. É preciso entrar de cheio nelas, ser atores. Seguir a Cristo tão de perto como Santa Maria, sua Mãe, como os primeiros doze, como as santas mulheres, como aquelas multidões que se ajuntavam a seu redor. Se fazemos assim, se não colocamos obstáculos, as palavras de Cristo entrarão até o fundo da alma e nos transformarão" (Bem aventurado Josemaria Escrivá de Balaguer, "É Cristo que passa", n. 107).

Estas palavras, escritas por um sacerdote santo que amou muito a Jesus Cristo, podem ajudar-nos a conhecer um pouco melhor a vida de Cristo e assim, ama-lhe cada dia mais e melhor.

IDÉIAS PRINCIPAIS:

1. Os mistérios da vida pública de Jesus

Dos muitos acontecimentos dos três anos de vida pública de Jesus podem ser destacados o batismo no Jordão, as tentações no deserto, a pregação sobre o Reino de Deus, a transfiguração no monte Tabor, a subida a Jerusalém, sua entrada triunfal como Messias na Cidade Santa e os mistérios finais da Paixão e morte para redimir a humanidade.

2. O Batismo de Jesus no Jordão

Com o batismo começa a vida pública do Senhor. O Precursor resiste a batiza-lo, mas Jesus insiste e João Batista o batiza. Foi o momento da manifestação de Jesus ante o povo de Israel como o Messias prometido do Antigo Testamento e como o Filho de Deus, igual ao Pai. O batismo de Cristo nos recorda nosso batismo.

3. As tentações de Jesus no deserto

Depois de ser batizado por João, Jesus dirigiu-se ao deserto, para rezar, permitindo ser tentado pelo diabo. As respostas ao tentador põem de manifesto a identificação filial com o desígnio de salvação querido por Deus, seu Pai. A Igreja celebra a cada ano a quarentena de Jesus no deserto, vencendo, para dar-nos o exemplo, com sua penitência as tentações do diabo.

4. A pregação sobre o Reino de Deus

Jesus veio ao mundo para pregar o Reino de Deus e fundar a Igreja. Desta pregação são especialmente significativos o Sermão da Montanha e as parábolas, confirmando sua missão com a santidade de vida e os milagres. Desde o começo da vida pública, Jesus escolheu doze Apóstolos para estar com Ele e associa-los à sua missão.

5. A transfiguração de Cristo no monte Tabor

Jesus se transfigurou na presença de seus discípulos prediletos: Pedro, Tiago e João, para fortalecer a fé dos Apóstolos ante a proximidade da Paixão. Segundo a tradição, a transfiguração aconteceu no monte Tabor.

6. A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém

Jesus sobe a Jerusalém voluntariamente, disposto a morrer, pois sabia que ali iria consumar-se – pelo sacrifício da cruz – a salvação da humanidade. A entrada triunfal como Messias em Jerusalém, que celebramos no Domingo de Ramos, manifesta a vinda do Reino que o Rei Messias – recebido em sua cidade pelas crianças e pelos humildes de coração – vai levar a cabo com sua morte e ressurreição.

7. Do Cenáculo à Cruz

"Vendo Jesus que chegará a sua hora de passar deste mundo ao Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim" (João 13,1). Assim introduz São João o relato dos últimos acontecimentos da vida do Senhor antes de padecer; de fato, estes momentos revelam o quanto sofreu e até que ponto nos amou. Enviou a dois discípulos para que preparassem a Páscoa, e Jesus com os Apóstolos se reuniram em um salão que a tradição designa como o Cenáculo.

Então, desafogou seu coração em um longo discurso, que serve de marco à lavagem dos pés, dando-lhes um exemplo de humildade e de serviço; ao mandamento novo de amor, que lhes confia; à instituição da Eucaristia e do sacerdócio ("Fazei isto em minha memória" João 22,19); à promessa do Espírito Santo; à oração sacerdotal, que abre a perspectiva da glória da cruz, onde se restaura a glória do Pai e se abrem aos homens as portas do céu.

Frente a tantos padecimentos – e não foi menor a traição de Judas e as negações de Pedro – , Deus Pai glorificou a seu Filho com a ressurreição e ascensão ao céu, onde está sentado à direita do Pai.

8. Conhecer a vida de Jesus

Cada cristão deve conhecer e reproduzir em si mesmo a vida de Jesus Cristo; muito lhe ajudará o ler e o meditar a Sagrada Escritura, de onde tirará contínuas lições para o seguimento de Jesus, que nos marca o caminho da santidade na vida ordinária da família e do trabalho.

9. Propósitos de vida cristã

· Ler diariamente o Santo Evangelho, meditando o que se leu por uns minutos.

· Jesus é nosso modelo: imitar a vida de Cristo em nossas relações com as pessoas.
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