(1) “A pergunta também poderia ser: é suficiente ser evangélico? (2) Com este folheto, não quero atacar a religião de ninguém nem mencionar as diferenças entre católicos e evangélicos. (3) Não é esse meu objetivo. (4) Somente quero chamar a atenção para um erro muito comum, que me comove e entristece.”
- Note como aqui o autor finge que não está preocupado somente com os católicos. Ele admite que a pergunta também pode ser dirigida aos evangélicos. Logo os evangélicos também não podem cantar que estão salvos! Como veremos mais abaixo, Cristo garantiu a salvação para todo o gênero humano, desde que o homem seja um autêntico cristão. Mas pergunte a um evangélico: “você está salvo?” e ele responderá afirmativamente, como se já estivesse salvo, como se o futuro pudesse se antecipar para o presente. Mas a salvação (evento futuro) depende de duas coisas (eventos que se realizaram no passado, realizam-se no presente e deverão, no futuro, continuar a ser realizadas até o fim): fé e obras. Sendo cristãos, cremos na pessoa e na palavra de Cristo (fé) e o seguimos fazendo tudo aquilo que ele nos ordenou (obras).
Tendo o autor admitido que também não basta ser evangélico (apenas para poder se aproximar mais, demonstrando uma certa simpatia pelo leitor católico), neste ponto também promete que: (a) não atacará a religião de ninguém; (b) não mencionará as diferenças entre católicos e protestantes. Existem meias verdades em suas promessas: para o item (a), ele não mencionará explicitamente a religião católica, nem as outras, mas em contra partida, apresentará a teologia protestante, que vai na contra mão da fé católica. Trata-se, portanto, de um ataque disfarçado, indireto; já para o item (b), o autor realmente não explica as diferenças entre o catolicismo e o protestantismo, contudo, ao final do artigo, indicará um livro (chamado “Os Fatos sobre o Catolicismo Romano”) que se encarregará de apresentar, sob a ótica protestante (é claro!), as diferenças entre o catolicismo e o protestantismo. Perceba como Schubert, autor do artigo, tenta introduzi-lo no protestantismo sem mostrar suas reais intenções.
Como vimos, o autor tem razão ao afirmar que seu objetivo não é atacar religião ou mencionar diferenças. Seu objetivo mesmo é o proselitismo, é carregá-lo para uma comunidade protestante qualquer (já que existem milhares!) e afastá-lo da fé católica. Isso faz-nos lembrar o Livro de Jó, que nos mostra Satanás tentando Jó com o único objetivo de afastá-lo de Deus (cf. Jó 1,12; 2,7).
Trata-se de uma mera desculpa para poder introduzi-lo na doutrina protestante, a partir do segundo parágrafo. Será através dessa “inocente” desculpa que o autor começará a espalhar seus erros ao leitor do folheto.
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