3º período: 1562 – finalização do Concílio

CONCÍLIO ECUMÊNICO DE TRENTO

Finalização do Concílio Ecumênico de Trento

I. Que os decretos do Concílio devam ser recebidos e observados:

Tem sido tão grande a calamidade destes tempos e tão arraigada a malícia dos hereges que não houve acerto de nossa fé, por mais claro, constante e certo que tenha sido, aos que instigados pelo inimigo da linhagem humana, contaminado com algum erro. Devido a isso, o Sagrado Concílio procurou ante todas as coisas condenar a excomungar os principais erros dos hereges de nosso tempo, e explicar e ensinar a doutrina verdadeira e católica, como efetivamente condenou e excomungou e definiu.

Como não poderiam ficar ausentes de suas igrejas por muito tempo sem grave dano e perigo à grei que lhes foi destinada, os Bispos convocados de várias províncias do rebanho cristão, e não restando mais qualquer esperança de que os hereges, convidados tantas vezes, ainda que com o Salvo-conduto que exigiram, e esperados por tanto tempo, venham a concorrer a esta cidade, e assim se torna necessário atualmente se chegar ao fim deste sagrado Concílio.

Resta agora, que sejam admoestados, como o faz, no Senhor, a todos os Príncipe para que prestem seu auxílio, de modo a que não seja permitido que os hereges corrompam ou violem o que o mesmo Concílio decretou mas sim, que estes e todos o recebam com respeito e o observem com exatidão.

E se sobrevir alguma dificuldade ao recebe-lo, ou ocorrerem algumas coisas que peçam (o que não se acredita) , declaração ou definição, alem de outras medidas estabelecidas neste Concílio, confia o mesmo que cuidará o Beatíssimo Pontífice Romano de concorrer, pela gloria de Deus e pela tranqüilidade da Igreja, às necessidades das províncias, ou chamando destas, em especial naquelas que haja suscitado a dificuldade, pessoas que tiver por conveniente para esclarecer aqueles pontos, ou celebrando outro concílio geral, se o julgar necessário, ou de qualquer outro modo que lhe parecer mais oportuno.

II. Que os decretos do Concílio feitos no tempo dos Pontífices Paulo III e Júlio III sejam recitados nesta Sessão:

Como foi estabelecido neste sagrado Concílio muitas matérias, tanto dogmáticas como sobre a reforma de costumes, e em diversas épocas, nos Pontificados de Paulo III e Júlio III, de feliz memória, quer o santo Concílio que todas essas matérias sejam lidas e agora se recitarão.

III. Do fim do Concílio, e que se peça ao Papa sua confirmação

Ilustríssimos Senhores e Reverendíssimos Padres: Concordais em que, com a gloria de Deus Onipotente, se ponha fim a este sacrossanto e ecumênico Concílio? E que os Legados e Presidentes da Sé Apostólica peçam, em nome do mesmo santo Concílio, ao Beatíssimo Pontífice Romano, a confirmação de todas e cada uma da matérias que tenham sido decretadas e definidas nele, tanto na época dos Pontífices Romanos Paulo III e Júlio III, de feliz memória, como neste de nosso santíssimo Padre Pio IV?

Todos responderam: “Assim o queremos.”

Como conseqüência disto, o Ilustríssimo e Reverendíssimo Cardeal Morón, primeiro Legado e Presidente disse, deixando sua benção ao Santo Concílio: “Depois de dar graças a Deus, ide em paz, Reverendíssimos Padres”.

Todos responderam: “Amém”.

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