9º parágrafo

(1) “O apóstolo João viu no céu uma multidão de salvos que não professavam ter tido alguma religião, mas cantavam porque suas “vestiduras haviam sido branqueadas pelo sangue de Cristo”. (2) Amigo leitor, não confie na religião que você pratica, mas confie em Jesus Cristo, o Salvador vivo, aceite-O hoje como seu Salvador pessoal3.”

  1. Schubert se refere a Ap 7,14, mas ao contrário do que afirma, a multidão tinha uma religião: todos eram cristãos (o Cristianismo é uma religião!), isto é acreditavam em Jesus e obedeciam seus ensinamentos, motivo pelo qual suas vestes eram brancas. Basta recuar um pouquinho na leitura e encontraremos em Ap 6,9.11: “E quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que tinham sido imolados (=mortos) por causa da palavra de Deus e do testemunho que haviam dado. E foi dada uma veste branca a cada um deles e lhes disseram que repousassem ainda um pouco, até que se completasse o número dos companheiros e irmãos que estavam para ser mortos como eles”. Mais adiante, em Ap 7,9-10a, temos : “Depois disso, vi uma grande multidão de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas. Ninguém conseguia contá-la. Todos estavam de pé diante do trono e do Cordeiro. Trajavam roupas brancas e levavam palmas nas mãos. E eles gritavam bem alto: ‘A salvação é de nosso Deus, que está sentado no trono, e do Cordeiro”. Veja portanto, como a religião é necessária porque somente por meio dela é que se toma conhecimento do Cordeiro (=Jesus), culminando em fé e obras. Infelizmente, alguns tentam cobrir o sol com a peneira…
  2. (2) Esta última afirmação do autor lembra as passagens onde o Diabo, no deserto, tenta afastar Jesus de Deus (cf. Lc 4,1-13). Não escute este apelo, pois o objetivo do Schubert também é afastá-lo de Deus. O povo de Deus sempre precisou de lideranças para garantir a unidade, desde a expulsão do homem do Paraíso. Foi assim que o Antigo Testamento reconhece a liderança de Abraão, Moisés, Davi, Salomão, etc. e o Novo Testamento, após Jesus reconhece a autoridade dos apóstolos (Pedro, Tiago, Paulo…). E foi com a mesma autoridade dos apóstolos que a Igreja católica chegou até os nossos dias. O mesmo não se pode falar das igrejas protestantes, surgidas durante o séc. XVI (por volta de 1518), sendo uma boa maioria fundada neste século XX. Que autoridade possuem seus líderes? Com sua livre interpretação da Bíblia conseguiram fundar mais de 20 mil denominações, cada qual com algum ponto doutrinário diferente das outras, mas todas elas se apoiando no mesmo falso princípio de que foi fundada por orientação do Espírito Santo. Você acredita que o Espírito Santo seja incoerente, suscitando centenas de interpretações para uma mesma passagem bíblica? Se você respoder que sim, estará cometendo um pecado contra o Espírito Santo, que jamais será perdoado (“Se alguém disser alguma palavra contra o Filho do Homem, isso poderá ser perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, isto não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no vindouro” – Mt 12,32). Você quer se salvar? Pois bem, antes de se proclamar católico, seja cristão: ame a Deus e ao teu próximo; creia em Jesus e aja como Maria, que aponta para ele dizendo: “Façam tudo aquilo que Ele vos mandar” (Jo 2,5). Jesus afirmou que seus irmãos são aqueles que cumprem a vontade do Pai, como sua Mãe e parentes (cf. Mt 12,50). E então você descobrirá que todo verdadeiro católico também é verdadeiro cristão!
(A. Schubert) – autor do artigo “É suficiente ser Católico?”
  • Carlos M. Nabeto – refutação do artigo “É suficiente ser Católico?”

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