• Autor: Anônimo
  • Fonte: Site “Una Fides, One Faith” (http://net2.netacc.net/~mafg/)
  • Tradução: Carlos Martins Nabeto

Pode parecer que essa pergunta seja tola, mas você já a considerou seriamente? A maioria dos cristãos (católicos e não-católicos) parece simplesmente aceitar que a Bíblia é inspirada sem pensar duas vezes. Mas é porque os seus pais e professores lhe disseram que era? Ou é porque quando você lê as Escrituras se sente inspirado por elas? Ou, ainda, é porque as próprias Escrituras afirmam pra você que “toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para reprovar, corrigir e treinar em retidão, para que todos os que pertencem a Deus sejam proficientes, equipados para toda boa obra” (2Timóteo 3,16-17)?

Se você realmente tiver tempo para pensar sobre isso, [concluirá que] nenhuma dessas razões é suficiente para construirmos o nosso sistema de crenças. Considere as seguintes declarações: Pais e professores não possuem prova direta ou autoridade [própria] para nos ensinar que a Bíblia é inspirada; isto provém das suas próprias tradições! Também o sentimento de inspiração que alguém obtém da leitura das Escrituras não garante que elas sejam inspiradas. Por fim, muitos outros livros religiosos afirmam ser inspirados, como o Alcorão e o Livro de Mórmon.

Então, como sabemos que a Bíblia é realmente inspirada?

A perspectiva católica é mais ou menos assim: primeiro, não presumiremos que a Bíblia é inspirada, mas a examinaremos estritamente a partir de uma perspectiva histórica. Podemos apoiar facilmente a precisão histórica do Novo Testamento a partir de numerosos outros escritos à nossa disposição. Visto que sabemos que isso é historicamente preciso, sabemos que um homem chamado Jesus realmente existiu, realizou numerosos milagres durante a sua vida e afirmou ser o Filho de Deus. A partir disso, podemos fazer duas declarações sobre Jesus: ou Ele era quem disse ser que era ou era louco. Se Ele era louco, como explicar os muitos milagres, os testemunhos oculares da sua ressurreição e as numerosas pessoas dispostas a morrer por Ele [ao longo da História]? Não há explicação! Muito pelo contrário, esses fatos realmente permitem concluir que Jesus era quem disse ser: o Filho de Deus!

Pois bem: se era o Filho de Deus, sabemos que Ele realizaria tudo o que disse que realizaria. E uma das coisas que Ele disse que realizaria foi fundar a sua Igreja: “E eu te digo: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a MINHA Igreja e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e tudo o que ligares na terra será ligado no céu; e tudo o que desligares na terra será desligado no céu” (Mateus 16,18-19).

Então temos agora uma Igreja fundada pelo próprio Jesus, à qual conferiu autoridade para ligar e desligar.

Mas e quanto à Bíblia?

Nos primeiros anos da Igreja, não havia um Novo Testamento. De fato, foi apenas por volta do ano 400 d.C. que a versão final dos livros da Bíblia foi realmente compilada. Como sabemos então que esses livros da Bíblia realmente representam a Palavra de Deus? A resposta agora fica muito simples: não depende dos nossos pais ou professores e de suas tradições; ou dos nossos sentimentos [pessoais]; ou, ainda, de uma declaração na Bíblia reivindicando a sua própria inspiração. Sabemos que a Bíblia é inspirada porque a Igreja que Cristo fundou fez uso da autoridade de ensino que Cristo lhe conferiu para discernir quais Escrituras eram inspiradas e quais não eram!

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