A colonização e evangelização da américa

O Papa Bento XVI no seu discurso de abertura do V CELAM falou da importância da evangelização da América Latina que começou com Cristóvão Colombo em 12 de outubro de 1492. Cristóvão Colombo, que era católico, pediu a Nossa Senhora em seu altar na Catedral de Sevilha na Espanha, a graça de conseguir as três Caravelas que precisava para a viagem às Índias, navegando pelo Ocidente, inspirado nos conhecimentos do genovês Marco Pólo. Era uma cartada muito difícil.

Colombo já tinha recebido um “não” dos reis de Portugal e também da Espanha. Mas depois desta prece a Nossa Senhora, ele conseguiu com os reis católicos da Espanha, Fernando e Isabel, os recursos para fazer a grande viagem que deu início ao começo da nossa história. Os reis católicos tinham acabado de vencer os muçulmanos em Granada.

Não foi à toda que Colombo deu o nome à sua Nau Capitânea de “Santa Maria”. As outras, Pinta e Nina. Assim, sob a proteção de Nossa Senhora, e guiada por ela, a nau de Colombo, a Santa Maria tocava pela primeira vez o solo americano em 12 de outubro de 1492. Maria veio na frente. Graças a Deus. Todos nós latino americanos temos esta grande dívida para com Deus e com Nossa Senhora. Não fosse isso, esta América Latina não seria o maior Continente católico do mundo; e, como disse João Paulo II e Bento XVI, o “Continente da esperança”. Todas as vezes que vou a Portugal e Espanha para pregar Retiros agradeço àqueles povos por nos terem dado a maior riqueza do mundo: a fé de Cristo e da Igreja.

Os índios astecas e maias que aqui viviam eram sanguinários e ofereciam milhares de jovens em sacrifícios cruéis a seus deuses, rapazes e moças virgens, numa carnificina horrível que acontecia nas pirâmides dos deuses. Graças à evangelização dos espanhóis e dos missionários que com eles vieram, esta prática bárbara foi vencida. Após as aparições de Nossa Senhora de Guadalupe ao índio já então convertido, hoje o Beato Juan Diego, os missionários espanhóis conseguiram, então, batizar mais de sete milhões de indígenas, e livra-los da barbárie.

Muito ao contrário do que dizem as más línguas, não foi um processo violento e destruidor, foi a maior libertação que esses povos nativos, bárbaros e sanguinários poderiam receber. Os reis da Espanha e Portugal eram verdadeiramente católicos e queriam obedecer o Evangelho de Cristo que manda: “Ide a todos os povos, pregai o Evangelho a todas as nações, ensinando-as a observar tudo o que eu vos prescrevi” (cf.Mt 28,20; Mc 16,14). É duro ter que dizer que os reis católicos de então eram mais evangelizadores do que muitos falsos missionários que temos hoje.

Lamentavelmente esses fatos são encobertos pela imprensa e por alguns dentro da própria Igreja, que novamente criticaram o Papa Bento XVI por ele ter dito essas palavras:

“O anúncio de Jesus e de seu Evangelho não supôs, em nenhum momento, uma alienação das culturas pré-colombianas, nem foi uma imposição de uma cultura estranha”.

“Para os povos pré-colombianos, a evangelização significou conhecer e acolher a Cristo, o Deus desconhecido que seus antepassados, sem sabê-lo, procuravam em suas ricas tradições religiosas. Cristo era o Salvador que desejavam silenciosamente”.

“Significou também ter recebido, com as águas do batismo, a vida divina que os fez filhos de Deus por adoção; ter recebido, além disso, o Espírito Santo que veio a fecundar suas culturas, as purificando e desenvolvendo os numerosos germens e sementes que o Verbo encarnado tinha posto nelas, as orientando assim pelos caminhos do Evangelho”.

“A utopia de voltar a dar vida às religiões pré-colombianas, separando as de Cristo e da Igreja universal, não seria um progresso, a não ser um retrocesso. Em realidade seria uma involução para um momento histórico ancorado no passado”. O Papa tem toda razão.

A propósito publico a seguir um artigo de WILLIAM A. HAMILTON, escritor e colunista de jornais; escreveu este artigo para “USA Today”.

Astecas eram escravocratas e genocidas

“A turma politicamente correta quer desprezar Colombo e os conquistadores espanhóis, relegando-os à de assassinos e ladrões que impuseram uma religião estrangeira sobre os inocentes nativos que encontraram. Inocentes nativos? As grandes sociedades asteca e maia foram construídas com base na conquista de povos não-astecas e não-maias, com a mão-de-obra escrava e o assassinato ritual daqueles escravos, quando ficavam esgotados ou simplesmente por diversão.

Seus elogiados canais e magníficos templos foram construídos por escravos. Estas culturas man¬tiveram sua coesão baseada no medo, ingrediente central de sua crença religiosa. Quem se indispusesse com os sacerdotes, pagos pelo Estado; tinha seu coração arrancado fora. Numa única cerimônia os astecas cortaram fora os corações de 10 mil virgens obtidas com o seqüestro de moças e meninas dos povoados vizinhos.

Se esta visão da cultura pré-co¬lombiana, a atual menina dos olhos dos multiculturalistas politi¬camente corretos, causa espanto, é só porque as cruentas práticas dos maias e astecas são acoberta¬das, enquanto as práticas predatórias dos exploradores espanhóis são anunciadas aos quatro ventos.

Na véspera de uma palestra em Casper, Wyoming, minha mulher e eu descobrimos um bom plane¬tário que oferecia um programa sobre os feitos dos astecas e maias no campo da astronomia. Enquan¬to as proezas astronômicas destes povos recebiam seu devido e me¬recido reconhecimento, o assassi¬nato ritual e rotineiro de milhões de pessoas foi coberto em apenas um breve parágrafo e um slide tão pouco nítido que era difícil detec¬tar que um alto sacerdote estava cortando fora o coração de vítima, com uma faca de pedra pouco afiada.

Já a chegada de Fernando Cortez em 1521 e os esforços dos conquistadores para converter os povos indígenas ao cristianismo foram tratados com detalhes. O programa afirmava que as culturas maia e asteca eram superiores à civilização ocidental, ou pelo menos moralmente equivalentes a ela. Nada mau como truque, quando se compara a religião asteca, que conseguiu assassinar milhões de índios, com o cristianismo que apenas “comemora” o assassinato ritual de seu fundador.

O Museu de História Natural de Denver mostra uma exposição de arte asteca, e os artistas pagos pelo Estado da cultura pré-colombiana mostram que realmente le¬vavam jeito para desenho decorativo. Mas o mesmo pode ser dito da “arte” na Alemanha na¬zista. Outro hábito que remete aos nazistas era a prática de esfolar e utilizar a pele para decoração.

Não se trata de criticar a cultura pré-colombiana. Mas não deve¬mos desprezar os conquistadores, considerando-os menos civilizados do que os nativos que encontra¬m. Eles acabaram com os sacrifícios humanos rituais em massa. Eles levaram o trigo, a cevada, o gado, cavalos e ovelhas a povos que ainda não tinham feito uso prático da roda. E também leva¬ram doenças venéreas, é verdade, que os nativos lhes devolveram sob uma forma mais virulenta que quase dizimou a Europa. A vingança de Montezuma.

Assim nas comemorações pela Descoberta da América; tome seu vinho com orgulho e procure não pensar no que era tomado nas festas astecas.”

 

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