A evidência histórica da existência de jesus

As pessoas frequentemente duvidam da existência de Jesus, o chamado Jesus histórico, mas poucos estudiosos hoje discordam que um homem chamado Jesus viveu entre os anos 2 a.c (ou 4 a.c) e 33 d.c. A história escrita documenta que este homem não era um mito, mas uma pessoa real, e as evidências a seu favor são muito boas. Por exemplo, o historiador romano Tácito, aproximadamente entre 115 d.c. narra os eventos que cercaram o imperador  Nero em julho de 64 d.c. Nero foi responsabilizado pelo incêndio que destruiu parte da cidade:

?Por isso, para livrar-se de tal evidência, Nero prendeu os culpados e infligiu as piores torturas a uma classe odiada pela população, devido suas abominações, os cristãos. Cristo, de onde veio a denominação daquele povo, sofreu duras penas sob o reinado de Tiberíades, pelas mãos de um dos nossos procuradores, Pôncio Pilatos, e então uma superstição maligna, a da ressurreição de Cristo, dado a chegada do momento, despertou não somente na judéia, a fonte de todo mal, mas também em Roma, onde todas as coisas repugnantes e abomináveis, escondidas de cada parte, encontraram sua razão e se tornaram populares? (Betterson, p.2)


Flávio Josefo

Em aproximadamente 112 d.c. o governador romano do que é agora a Turquia do norte escreveu ao imperador Trajano a respeito dos cristãos em seu distrito:

?Eu não estive presente em nenhum julgamento dos cristãos; conseqüentemente eu não sei quais são as penalidades ou as investigações habituais, e quais os limites observados. Se aqueles que desistirem devem receber o perdão…ou se pela simples denominação, mesmo inocentes do crime, devem ser punidos, ou somente os crimes que os unem a esse nome. Por enquanto, esta é a postura que eu adotei para aqueles trazidos a mim como cristãos: eu pergunto se são cristãos. Se o admitirem eu repito a pergunta uma segunda e terceira vez, ameaçando a punição; se persistirem, sentencio-os à morte. Não tenho dúvidas de que, independente do tipo de crime que confessam, sua tenacidade e sua obstinação inflexíveis devem ser rigorosamente punidas. O fato de eu conduzir o caso com as perguntas aumentou o número de acusações e uma variedade grande de casos foi trazida diante de mim. Um panfleto anônimo foi emitido, contendo muitos nomes. A todos que negaram que são ou haviam sido cristãos eu considerei a absolvição, porque sob minhas ordens começaram a fazer reverência aos deuses. .e especialmente porque amaldiçoaram Cristo, uma coisa que os chamados cristãos genuínos não poderiam ser induzidos a fazer?. (Bettenson, P. 3) .

Estas passagens indicam que o cristianismo se difundiu largamente no império romano após 80 anos da morte de Cristo. Estes são testemunhas oculares, e não historiadores.

O famoso historiador Will Durant, ele mesmo não-cristão, escreveu sobre a veracidade de Cristo: ?a negação dessa existência parece nunca ter ocorrido mesmo aos oponentes gentios ou judeus, os mais amargos ao cristianismo nascente? (Durant, p.555). E também: ?que alguns homens simples devam, em uma geração, ter inventado tão poderosa personalidade, tão grandiosa e ética, de tamanha inspiração de uma visão da fraternidade humana, seria um milagre muito mais incrível do que alguns escritos nos Evangelhos? (Ibid., P. 557).

É algo substancial um historiador que dedica sua vida considerando os fatos históricos afirmar a realidade da existência de Cristo assim como o rápido crescimento de seu movimento.

O historiador judeu Flávio Josefo, escrevendo para o governo romano em 70 d.c. relata algumas coisas incidentais a respeito de Cristo e da Igreja. Confirma que João Batista morreu pelas mãos de Herodes (assim como nos Evangelhos) da mesma forma que a morte do ?irmão de Jesus, chamado Cristo, cujo o nome era Tiago…Entregue para ser apedrejado? (Josefo, Antiguidades judaicas, livro XVIII, cp. V, p. 20; Livro XX, cp. IX, p. 140). Novamente vemos fontes externas à Bíblia demonstrando a confiabilidade histórica do texto. Josefo, que estava provavelmente vivo durante a época de Cristo, está atestando a realidade de sua existência. O que isto também nos diz é que em cerca de 40 anos após a morte de Cristo, o conhecimento de quem Ele era estava tão difundido que Josefo poderia pesquisá-lo e esperar que seus leitores soubessem exatamente de quem estava falando.

Betterson Henry Documents In Early Church History 1986 Oxford University Press Will Durant, a história da civilização, Vol. 3, P. 555

Facebook Comments

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.