SANTÍSSIMA TRINDADE

Esta festa celebra o mistério da Trindade divina, una na substância e três nas Pessoas, e cai no primeiro domingo depois de Pentecostes. Alcuíno compôs uma missa em honra da Trindade como missa votiva; Estêvão, bispo de Liège, no século VIII, instituiu a festa em sua cidade e compôs o ofício que se recita ainda hoje; todavia, ainda no século XII, o papa Alexandre III reprovava essa celebração, que foi reconhecida e confirmada pelo papa João XXII, no início do século XIV. A Trindade é um mistério insondável e assim continua sendo, para além de todas as argumentações teológicas. É o mistério por excelência da fé cristã e encontra suas raízes veterotestamentárias no Deuteronômio, que afirma a unicidade de Deus: “Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é UM SÓ!” (Dt 6,4), e em Isaías que o confirma: “Eu sou o Senhor e não há outro, fora de mim não existe Deus” (Is 45,5).
O Novo Testamento é explícito na afirmação trinitária, por meio das próprias palavras do Ressuscitado: “…fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19) e desde o início de sua concepção, pouco a pouco em outras etapas de seu caminho terreno. Além disso, o apóstolo Paulo e João expressam-na em fórmulas trinitárias de oração e de fé: “Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito” (1Cor 12,4). “A graça do Senhor Jesus Cristo e a caridade de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós” (2Cor 13,13). “Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim e vós também testemunhareis porque desde o princípio estais comigo” (Jo 15,26).

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