A Igreja Católica e as indulgências: o céu em liquidação: Resposta ao CACP – Parte II

RESPOSTAS CATÓLICAS “IGREJA CATÓLICA E AS INDULGÊNCIAS O CÉU EM LIQUIDAÇÃO” PARTE II

Artigo do CACP

INDULGÊNCIAS

Não satisfeita com a sua “galinha dos ovos de ouro” do Purgatório, agora a Igreja Católica, no ano de 2000, verá seus cofres recheados com dinheiro da visita de milhões de pessoas ao Vaticano, as quais entrarão pela porta de São Pedro para receber esse favor católico das “INDULGÊNCIAS”.

A Igreja Católica define como indulgência . . .a remissão da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, remissão que a Igreja concede fora do Sacramento da Penitência.

Assim, ensinando que o papa é o vigário de Cristo e o cabeça da Igreja, pode ele sacar do ?Tesouro da Igreja? os bens de que ela é depositária.

A IC constrói a sua doutrina sobre Mt 16.19, onde se lê: … o que ligares na terra, terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra, terá sido desligado no céu.

O papa sustenta que tem poder de outorgar qualquer destas indulgências a toda a Igreja ou a qualquer membro da Igreja, individualmente. Em 1903, o papa delegou autoridade a outros sacerdotes, permitindo aos cardeais outorgarem indulgência por duzentos dias, cada um em sua própria diocese; aos arcebispos, por cem dias; aos bispos, por cinqüenta dias, cada um em sua própria diocese.

Nossa Resposta

Como já demonstramos na primeira parte da nossa resposta, a missão em favor dos mortos não é a “galinha dos ovos de ouro” da Igreja, porque elas não são pagas. A “galinha dos ovos de ouro” exite nas seitas pentecostais e neo-pentecostais que cobram ilegitimamente o dízimo das almas de boa fé.

O CACP afirma que as indulgências são a remissão da pena temporal (falamos sobre pena temporal na primeira parte desta resposta) que a Igreja concede fora do Sacramento da Penitência. Esta doutrina não é da Igreja Católica, mas sim da caricatura que eles fizeram da Igreja Católica.

Sobre as indulgências assim diz o Catecismo da Igreja Católica:

“X. AS INDULGÊNCIAS

A doutrina e a prática das indulgências na Igreja estão estreitamente ligadas aos efeitos do sacramento da Penitência.” (Catecismo da Igreja Católica, cân. 1471)

A turma do CACP mal sabe ler o Catecismo da Igreja, quanto o que não diremos então da Sagrada Escritura?

Como o próprio Catecismo diz, indulgência está estritamente ligada ao Sacramento da Penitência, e não ao contrário como diz o CACP.

Mais uma vez o CACP difama a Igreja gratuitamente, afirmando que a vista dos fiéis à Praça de São Pedro trará lucro para o Vaticano por causa das indulgências, como se estas fossem cobradas, ou como se fosse preciso pagar para ir à Praça de São Pedro.

Artigo do CACP

O PODER DE “LIGAR E DESLIGAR”

O poder de “ligar e desligar”, dado a Pedro, só pode ser exercido segundo as condições que o próprio Jesus estabeleceu: por meio da pregação do Evangelho. O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho. (Mc 1.15)

Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e ao terceiro dia ressuscitasse dos mortos. E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão de pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. (Lc 24.46- 47)

Arrependimento e fé, eis as condições imutáveis mediante as quais o perdão é oferecido ao pecador e pode ser recebido por ele. Pedro, em suas mensagens, pregou-as e insistiu nelas (At 2.38; 3.19; 10.43).

Nossa Resposta

Cristo deu o poder de “ligar e desligar” à Sua Igreja para que Ela possa agir por Ele, enquanto Ele que é o seu Senhor não vem.

Este trecho do artigo do CACP está correto e em nada contradiz a ministério do Papa. Ele concede ou não a remissão dos pecados, pregando o Evangelho (cf. Jo 20,22-23).

Este poder de “ligar e desligar” é da Igreja legítima e não das seitas. Sobre isto ver nosso artigo https://www.veritatis.com.br/article/2447.

Artigo do CACP

HISTORIA

A Bíblia estabelecia para os israelitas O Ano do Jubileu. Diz a Bíblia:

E santificareis o ano qüinquagésimo, e apregoareis liberdade na terra a todos os seus moradores; ano de jubileu vos será, e tomareis cada um à sua possessão, e tornareis, cada um à sua família. O ano qüinquagésimo vos será jubileu (Lv 25.10-11). Com base no jubileu bíblico, os católicos estabeleceram o primeiro jubileu relacionado com as peregrinações à Roma. Foi instituído por Bonifácio VIII, em 1300, tomando a forma de indulgência plenária, outorgada a todos os fiéis que visitassem as basílicas romanas de São Pedro, São Paulo, Santa Maria Maior e São João Latrão, e recebessem os Sacramentos da Penitência e da Eucaristia.

Os jubileus católicos, a princípio eram celebrados de cem em cem anos, porém, em 1350, os cidadãos de Roma pediram ao papa Clemente VI que declarasse aquele ano santo, ano do jubileu. Assim, o intervalo entre um jubileu e outro passou a ser de cinqüenta anos. Posteriormente, os jubileus foram reduzidos para 33 anos por Urbano VI, em 1389, e a 25 anos, por Paulo II, em 1470. Diz o ensino católico: O Jubileu, que ordinariamente se concede todos os 25 anos, é uma indulgência plenária, à qual estão anexos muitos privilégios e concessões particulares, como o poder de obter-se a absolvição de alguns pecados reservados e de censuras, e a comutação de alguns votos.

Nossa Resposta

Vejam novamente como a turma do CACP é péssima em ler e entender textos. Primeiro leram o Catecismo da Igreja Católica e disseram que as indulgências são concedidas fora do Sacramento da Penitência, o que desmentimos usando o próprio Catecismo. Agora o trecho acima, novamente confirma o que dissemos, pois o Papa exigiu que as indulgências só fossem recebidas por aqueles que “recebessem os Sacramentos da Penitência e da Eucaristia”.

Quanto ao ano do Jubileu, pelo que parece, eles afirmam que a Igreja Católica alterou o período do Jubileu para arrecadar mais. Ela não arrecada mais, pois como já dissemos as indulgências não são cobradas e nunca foram, como veremos mais adiante.

A Igreja é a nova herdeira da autoridade que outrora foram dos Fariseus e Escribas (que eram os sucessores de Moisés (cf. Mt  23,2)). E como detentora do Magistério Divino, tem toda autoridade para determinar o que vale ou não para os Cristãos (cf. At 16,4), pois recebeu de Cristo o poder de “ligar e desligar” (cf. Mt 16,19).

A decisão da Igreja de diminuir o intervalo entre um Jubileu e outro, beneficia os cristãos, que necessitam ter suas culpas remidas. A Igreja age em benefício de seus filhos e não de si própria.

Qualquer um que estude a memória cristã, isto é, os Escritos dos Santos Padres da Igreja, verá que a autoridade apostólica de governar e legislar na Igreja nunca morreu com os apóstolos, mas sim se perpetuou no ministério dos Bispos da Igreja que são seus legítimos sucessores.

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