A mulher e o dragão

A Mulher e o Dragão

Para bem nos situarmos, será bom relembrar, em síntese, a mensagem com a qual estamos a nos encontrar sempre de novo: Não devemos nos desesperar diante das dificuldades, por maiores que sejam. Não devemos perder a confiança. De fato, o Cristo venceu o mal e essa vitória é definitiva. Se o mal parece estar vencendo, é que ainda não se manifestou o domínio completo de Deus. Ainda não chegamos à manifestação completa de sua vitória. Estamos assistindo aos últimos esforços inúteis do mal.

Do capítulo 12 ao capítulo 14, versículo 5, encontramos uma nova e mais completa apresentação dessa mensagem. Teremos inicialmente a reatirmação da vitória divina conseguida uma vez por todas, depois, a dramática continuação da luta no plano do tempo em que vivemos, finalmente um epílogo com a separação final depois do tempo das decisões.

A MULHER E SEU FILHO

    “Em seguida, um grande sinal apareceu no céu: uma mulher revestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça. Estava grávida e gritava de dores, aflita para dar à luz.
    E apareceu um outro sinal no céu: um grande dragão, vermelho, com sete cabeças e dez chifres e nas cabeças sete diademas. A sua cauda varreu uma terça parte das estrelas do céu e as atirou à terra. E esse dragão parou diante da mulher que estava para dar à luz, a fim de, quando ela desse à luz, devorar o seu filho. Ora, ela deu à luz um filho, um menino, que fora destinado a reger todas as nações com cetro de ferro.
    Mas seu filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono. A mulher fugiu então para o deserto, onde tinha um lugar preparado por Deus, para aí ser sustentada por mil duzentos e sessenta dias”
    (12,1-6).

João escreve o que está vendo lá no alto, nos ares, não no céu-habitação de Deus. Descreve o aparecimento de dois “sinais”, de duas figuras extraordinárias que chamam a atenção e têm um significado. Duas figuras que, pela sua beleza ou pelo horror que inspiram, vão simbolizar o combate entre o bem e o mal, entre Deus e o demônio.

A primeira figura é a de uma mulher, cheia de glória e de beleza, brilhante como o sol, vestida de luz e de esplendor. É uma figura de majestade tão grande, que a lua não passa de um apoio para seus pés. Está marcada pela esperança e pela vitória, pois que se apresenta coroada com doze brilhantes estrelas.

Quem é essa mulher?

Muitas vezes no AT o povo de Deus foi comparado com uma mulher (Is 50,1; 54,6; 62,4; 66,7; Jer 2,2; 3,1; Ez 16 e 23; Os 2,21-22); também em o NT (1 Cor 11a), e em alguns livros apócrifos. Encontramos até passagens em que o povo de Deus é comparado com uma mulher que está para dar à luz. Temos por exemplo no profeta Miquéias (4,10): “Filha de Sião, tu sofres e gemes como uma mulher com as dores de parto, porque agora irás sair da cidade e morar nos campos e serás levada até Babilônia”. Ou, então, em Isaías (26,17): “Como a mulher grávida se contorce e grita de dores quando chega a hora do parto, assim estamos nós longe de ti, Senhor!”.

Diante disso, podemos dizer que a mulher descrita por João simboliza o povo de Deus, o povo formado por todos os que aceitaram as promessas de Deus. É o povo de Deus do Antigo e do Novo Testamento. Povo que traz em si as marcas da esperança e do sofrimento. A mulher estava revestida do sol e coroada de estrelas: imagem do povo de Deus enriquecido com todos os bens, adornado de todas as promessas, revestido da glória dos filhos de Deus. Mas a mulher também estava em dores de parto, como o povo de Deus esteve sempre e sempre estará cercado de sofrimentos e tribulações. O Messias prometido deveria nascer do povo judeu; mas, até que chegasse esse momento, era preciso que fosse purificado de todas as suas misérias e infidelidades. Era preciso que tomasse consciência de toda a sua fraqueza, para que não pusesse em si mesmo a esperança de salvação. Até a vinda do Messias, a nação escolhida estaria em dores de parto. Destinada a trazer ao mundo o Salvador, seria inevitável que sofresse todo o peso da oposição humana e pagasse o preço de sua missão.

Praticamente se pode dizer o mesmo do novo povo de Deus, a Igreja do Cristo. Continuamente está como que a dar à luz a salvação, no meio de perseguições e sofrimentos. Continuamente ansiando pela manifestação completa da força do Deus que salva.

Dizendo que a mulher vestida de sol representa o povo de Deus, estamos seguindo também uma tradição muito antiga da Igreja e, ao mesmo tempo, levamos em conta um outro dado importante: a continuidade entre a Igreja de agora e todas as gerações passadas. Não foi de repente que Deus resolveu salvar os homens; desde o começo esteve sempre presente a sua força de salvação. Nesse sentido podemos dizer que a Igreja existiu desde os primeiros tempos da humanidade.

Na continuação do texto, João mostra-nos o porque dessa contínua oposição enfrentada pelo povo de Deus:

    “E apareceu um outro sinal no céu: um grande dragão, vermelho, com sete cabeças e dez chifres e nas cabeças sete diademas…” (12,3-6).

Aí está: é do demônio, é do poder do mal que vêm todos os esforços dos inimigos de Cristo.

Seguindo um modo tradicional de falar, João nos apresenta o demônio como uma serpente monstruosa, um dragão, símbolo da morte, do mal e da destruição. As sete cabeças do dragão mostram a sua força e a sua resistência; os chifres e as coroas simbolizam o seu poder. Do mesmo modo podemos entender a frase: “A sua cauda varreu uma terça parte das estrelas do céu”. Isto é: apenas com sua cauda, sem empregar toda a sua força. Pode ser também que essa frase seja uma referência à vitória do mal quando conseguiu levar à revolta uma parte dos anjos, dos espíritos criados por Deus. Ou, talvez João esteja fazendo uma alusão ao poder do demônio que consegue seduzir até mesmo muitos cristãos, até mesmo pessoas de grande responsabilidade na Igreja.

Pois bem, é o demônio, o poder do mal, que está sempre tentando impedir a salvação que vem de Deus. É por isso que João diz que o dragão estava diante da mulher, pronto a devorar seu filho tão logo nascesse.

Que o filho da mulher, que representa o povo de Deus, seja o Messias, quanto a isso não há dúvida. Basta ler a frase seguinte: “Ela deu à luz um filho, um menino, que fora destinado a reger todas as nações com cetro de ferro. Mas, seu filho foi arrebatado para lunto de Deus e do seu trono” (12,5).

Essa passagem está repleta de lembranças do AT, que apresentava o Messias como um rei poderoso. A vara de ferro, que ele tem na mão como um cetro, é o símbolo do poder com o qual irá quebrar todas as resistências do mal. Ao poder do Cristo o demônio não pode resistir. Para tornar isso mais claro, João nos lembra que o Salvador, esperado no meio de tantos sofrimentos, à primeira vista, é apenas um homem fraco, mas tem, na verdade, o poder de Deus. Nós não estamos abandonados. O poder decisivo está nas mãos do Cristo, ainda que isso nem sempre apareça claramente. O demônio pode fazer todas as ameaças. Não importa. O “filho da mulher” está à direita de Deus.

    “A mulher fugiu então para o deserto, onde tinha um lugar preparado por Deus, para aí ser sustentada por mil duzentos e sessenta dias” (12,6).

O deserto tinha um significado muito especial para o povo judeu. Era ao mesmo tempo lugar de sofrimentos, mas também de refúgio e de esperança. No livro do Êxodo podemos ver quanto o povo sofreu naqueles anos em que vagou à procura da terra prometida. O deserto foi para eles o lugar da purificação, que deles exigia uma fé muito grande nas promessas de Deus que os fizera abandonar a tranqüilidade do Egito.

O deserto era o lugar de refúgio. Podemos ler no 1º livro dos Macabeus (2,29-30), como o povo perseguido pelos reis da Síria fugiu. “Então, muitos que queriam se manter fiéis à justiça e à Lei, desceram para o deserto para ali morar. Levaram seus filhos, suas mulheres e seus rebanhos. Isso porque a desgraça se tinha abatido sobre eles”.

Depois que o povo tinha conquistado a terra prometida, depois que tinha organizado sua vida social, política e econômica, nem sempre se manteve fiel à lei de Deus. Deixou-se dominar pelo orgulho, pela injustiça, pela procura desenfreada da riqueza e do bem estar. Nesse ambiente, os profetas e muitos que se mantinham fiéis ao Senhor, começaram a ter saudades da vida simples do povo no deserto, totalmente entregue nas mãos de Javé. É o que podemos ler no profeta Jeremias (2,2): “Assim fala Javé: ‘Eu me lembro do afeto de tua juventude, do amor dos teus tempos de noivado, quando me acompanhavas pelo deserto… naquele tempo o povo de Israel era o bem sagrado de Deus…'”.

Diante disso podemos compreender o que João nos quer ensinar quando diz que a mulher fugiu para o deserto. O povo de Deus, a Igreja, diante da perseguição vai procurar refúgio no deserto, isto é, vai entregar-se completamente nas mãos de Deus. Vai ser esse um tempo difícil, de renúncias e sacrifícios, mas será a oportunidade para que volte ao fervor dos primeiros tempos. Aliás, foi o que aconteceu através de toda a história. Quanto maiores foram as perseguições, tanto mais poderosamente cresceu a comunidade dos discípulos, tanto mais aprendeu a colocar sua esperança no poder de Deus. Os tempos de paz, de tranqüilidade, de proteção por parte dos poderosos, esses tempos sempre foram um perigo de amolecimento para a comunidade cristã.

Segundo João, no deserto a mulher será alimentada por Deus. E uma lembrança do maná do deserto. Já sabemos o que significam os mil duzentos e sessenta dias: três anos e meio ou três dias e meio. É um breve tempo de tribulações. A duração exata das perseguições, isso continua sendo sempre um segredo da sabedoria de Deus. Não compete a nós marcar o momento para a manifestação da libertação. O que devemos é continuar esperando contra toda a esperança.

O DRAGÃO JA FOI DERROTADO

    “Houve uma batalha no céu: Miguel e seus anjos tiveram que lutar contra o dragão; o dragão e seus anjos travaram combate, mas não prevaleceram, e já não houve lugar no céu para eles. E foi precipitado o grande dragão, a serpente antiga, que se chama diabo ou satanás, o sedutor do mundo inteiro; ele foi precipitado na terra, e com ele os seus anjos” (12,7-9).

Os antigos imaginavam que a morada dos poderes do mal era nos abismos debaixo da terra e também nos ares, bem abaixo do trono de Deus e na morada dos anjos bons. É nessas regiões, nos ares, que João coloca a batalha que manifesta a vitória de Cristo sobre o mal e o pecado. Não está querendo nos ensinar nada sobre a condenação e a expulsão dos anjos revoltados. Pelo menos é o que podemos supor.

Podemos notar que o Messias glorificado, o filho da mulher vestida de sol, não enfrenta pessoalmente o dragão. Ele o faz, enviando o exército de seus anjos chefiado por Miguel. O nome desse anjo quer dizer “Quem como Deus?”. É o mesmo anjo que aparece no livro de Daniel (10,21 e 12,1) como o protetor do povo judeu. Aqui o encontramos como o protetor do novo povo de Deus.

O dragão é identificado com “a antiga serpente”. É uma alusão ao livro do Gênesis (3,1-5), onde o demônio que leva o homem para o pecado aparece como uma serpente. Seu nome é Diabo ou Satanás. Em hebraico “Satan” significa “Adversário”, “Inimigo”, “Acusador”. Esse nome foi traduzido para o grego como “Diabolos”, que quer dizer “Acusador”, “Caluniador”, “Perturbador”.

O dragão e seus anjos foram lançados para a terra, para fora de sua morada nos ares. Isso mostra, ao mesmo tempo, sua derrota diante do Cristo e o poder que ainda lhes resta para continuarem criando dificuldades para os homens, até a derrota definitiva.

Todo o sentido dessa batalha celeste é expresso claramente nas palavras de um canto de vitória:

    “E eu ouvi no céu uma voz forte que dizia: ‘Eis que chegou agora a salvação, o poder, e o reino do nosso Deus, e a força do seu Cristo, porque foi precipitado o acusador de nossos irmãos, que os acusava dia e ncite, diante do nosso Deus. Mas estes venceram-no por causa do sangue do Cordeiro e da palavra do seu testemunho, e desprezaram suas vidas até ao ponto de aceitarem a morte. Por isso alegrai-vos, ó céus, e todos que aí habitais; mas ai da terra e do mar, porque o diabo desceu para vós cheio de grande ira, sabendo que pouco tempo lhe resta” (12,10-12).

Podemos ter confiança. Foi vencido o poder do dragão. Começou o reinado do poder de Deus. É fácil perceber essa mensagem nas palavras desse canto celeste de vitória. Há porém uma frase que pode parecer estranha: “Foi precipitado o acusador de nossos irmãos, que os acusava dia e noite diante do nosso Deus”. Vamos, então, lembrar que o dragão se chama “Satanás” ou “Diabo”. Já vimos que esses nomes em hebraico e em grego significam “acusador”, “caluniador”. É levado por esse significado que João escreve como se o demônio, antes da vitória de Cristo, estivesse diante de Deus como um promotor de acusação, tentando conseguir a condenação dos homens, caluniando e tentando perturbar a execução do plano divino. Esse modo de imaginar o papel do demônio já aparece no livro de Jó (1,6) e no profeta Zacarias (3,1).

Dizendo que o demônio “estava dia e noite acu- sando”, João quer nos fazer compreender que todos os esforços do dragão tinham por finalidade levar-nos para o mal e para a condenação. Todo esse esforço, porém, se torna inútil: o demônio já não tem poder de nos prejudicar realmente. Podemos vencê-lo. A vitória está em nossas mãos porque o Cristo morreu para nos salvar. Basta que estejamos prontos a aceitar a morte antes de abandonar a nossa fidelidade ao Senhor.

O canto de vitória e de esperança termina de uma maneira estranha, como anúncio de um terceiro “ai” que se irá abater sobre o mundo: “mas ai da terra e do mar, porque o diabo desceu para vós, cheio de grande ira, sabendo que pouco tempo lhe resta” (12,12). Essa frase serve de introdução para a última parte do capítulo doze. Na primeira parte tivemos a apresentação dos protagonistas do drama: o Cristo, seu povo e o dragão. Na segunda, tivemos a vitória que dá começo ao reinado de Deus. Na terceira, encontramos a explicação para as dificuldades que a Igreja continua encontrando mesmo depois da vitória de Cristo.

O DRAGÃO VENCIDO CONTINUA TENTANDO

    “E o dragão, quando viu que foi precipitado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho, o menino. Mas à mulher foram dadas duas asas da grande águia, a fim de voar para o deserto, para o lugar onde, longe da serpente, devia ser alimentada por um tempo, tempos e metade de um tempo” (12,13-14).

Partindo dos elementos que já conhecemos, é fácil compreender o sentido dessa passagem. O poder do demônio foi vencido pelo poder de Cristo. Enquanto, porém, durar este tempo em que vivemos, o demônio procurará fazer todo mal que puder ao povo de Deus. Encontrará meios, mesmo se for preciso usar a força do império romano, ou de outros impérios humanos. Se, por um lado, Deus não permite que a Igreja seja vencida pela tempestade, mesmo assim ela, muitas vezes, terá que procurar refúgio no “deserto”, posta à margem da sociedade, sem poder influenciar diretamente nem na política, nem na economia, nem na vida social.

Para fugir para o deserto, a mulher recebeu as asas da grande águia. Poder voar, é o modo mais rápido de fugir ao inimigo. Há, porém, um outro motivo para João usar esse modo de falar. É que no livro do Êxodo (19,4), Deus assim fala ao povo: “…Vistes como eu tratei os egípcios, como eu vos carreguei sobre as asas da águia e vos trouxe para mim…”. Certamente que João estava se lembrando dessa passagem. Ou, então, de uma outra do profeta Isaias (40,31): “Aqueles que esperam no Senhor terão suas forças renovadas, terão asas como as da águia”. As asas, pois, que a mulher recebe para fugir do dragão simbolizam a proteção que a Igreja receberá do poder de Deus.

João usa outra comparação para mostrar a sanha do inimigo contra o povo de Deus:

    “A serpente lançou da boca, como que um rio de água atrás da mulher, para que fosse arrebatada pela corrente. Mas a terra acudiu à mulher, abrindo a boca para engolir o rio que o dragão vomitara” (12,15-16).

Muitas vezes no AT as tribulações são comparadas com um rio que se derrama sobre as pessoas que sofrem, como que a afogá-las. Aliás, nós mesmos costumamos dizer que estamos afogados de tristeza ou de trabalhos, não é mesmo? Pois bem, João fala como se o dragão tentasse um recurso desesperado para prejudicar a Igreja, como se estivesse recorrendo à força das águas que ninguém pode conter. A comparação era também sugerida pelas enxurradas que de vez em quando se formam no deserto, arrastando tudo que encontram. De nada, porém, adianta o esforço do dragão. O rio, a torrente que ele lança contra a mulher desaparece na terra como as enxurradas desaparecem na areia do deserto.

Nem por isso o dragão descansa. Mesmo sem poder destruir o povo de Deus, vai continuar com os seus ataques:

    “E o dragão irritou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua descendência, aos que guardam os mandamentos de Deus e dão testemunho de Jesus” (12,17).

Essa frase recoloca-nos exatamente no ambiente em que viviam os cristãos do primeiro século, cercados de perseguições e perigos. Se tanto sofriam, isso não significava que fossem vãs as promessas e garantias de vitória dadas pelo Cristo. E o mesmo se aplica a nós e ao nosso tempo. Ainda vivemos num tempo em que a comunidade cristã e cada um dos fiéis devem, de certo modo, passar pelos mesmos combates enfrentados e vencidos pelo Senhor. Será bom lembrar aqui uma passagem do evangelho de João (16,20). Despedindo-se dos seus, diz Jesus: “…chorareis e gemereis, ao passo que se alegrará o mundo. Vós estareis na tristeza; mas vossa tristeza se converterá em alegria…”. Mais adiante, no versículo 33, lemos: “No mundo tereis aflições. Tende confiança, porém: eu venci o mundo!”.

O capítulo doze termina com uma frase que pode parecer muito misteriosa:

    “E ele (o dragão) se estabeleceu na areia do mar” (12,18).

Mas não há nenhum mistério. É simplesmente uma frase de transição para o que vem a seguir. Para continuar sua luta contra a “mulher vestida de sol” e seus filhos, o dragão vai recorrer à força e à maldade do império que ficava do outro lado do mar. Colocado na praia, o dragão como que chama dos abismos um novo monstro: Roma e seus loucos imperadores que queriam ser considerados como deuses.

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