A Virgem de Guadalupe

Quando se fala da Virgem de Guadalupe, faz-se referência a uma imagem de elevada beleza, venerada no México. De acordo com o relato originariamente escrito em língua azteca, em dezembro de 1531, o índio Juan Diego, enquanto ia na Cidade do México, para comprar remédios para o tio gravemente enfermo e rezar por ele na missão francis-cana de Tratelolco, teve uma visão de Nossa Senhora. Juan Diego procurou, segundo o pedido da Virgem, o Bispo do México, Juan de Zumárraga, para relatar-lhe o pedido da Mãe de Deus de que se edificasse um templo, no monte Tepeyac. O Bispo não deu crédito ao índio e pediu-lhe provas.

Não foi sem surpresa que, dias mais tarde, Juan Diego voltava trazendo como provas em seu pobre poncho de cacto, grosseiramente confeccionado, rosas frescas de Castela, impossível de florescerem naquele lugar e em pleno inverno mexicano. Logo que entreabriu o manto, as rosas se esparramaram no chão, e a imagem da Virgem se achava gravada sobre o tecido do poncho. Imagem que está, e se guarda hoje no seu templo, no lugar denominado Cerro de Tepeyac, em língua azteca, ou Guadalupe, em língua espanhola. Ora, o nosso interesse está centrado na análise científica da imagem estampada no poncho. O relato da tradição nos importa relativamente, mas a imagem é algo que podemos pesquisar e estudar.

Pesquisa Científica

Corresponde à ciência a verificação e a análise dos fenômenos que ocorrem em nosso mundo. Antes do estudo não se pode nem negá-los, nem afirmá-los.

a) A duração – O tecido de cacto é perecível. Sua duração, exposto ao tempo, é estimada ao redor de 20 anos. Foram feias várias experiências sobre a durabilidade do tecido, chegando-se à conclusão de que não poderia, por natureza, durar 450 anos, pois só recentemente passou a ser protegido. As emanações de salitre do lago salgado vizinho, que corroem até prata, ouro e bronze, não causaram até hoje, o mínimo dano à pintura. Por descuido, nela foi entronado ácido nítrico que não lhe causou nenhuma corrosão. Está intacta, apesar de desprotegida completamente de 1531 a 1647, e também depois deste período várias vezes, e apesar de nela terem tocado milhões de objetos duros e “estampados” milhões de beijos e toques de mãos. Não obstante tentarem opor-lhe “melhoramentos”, estes desapareceram, como, por exemplo, os anjos pintados nas nuvens. O ouro aplicado posteriormente sobre os raios de sol, está caindo. Uma poderosa bomba explodiu no altar onde é venerado: tudo nele foi destruído ou atingido, menos a tela.

b) O tecido – O tecido da tela é de vegetal grosseiro, tão frouxo e irregular como estopa. Tão ralo que, através dele, se pode ver o povo e a nave, como através de um filó.

c) As tintas – O professor alemão Richard Kun, Prêmio Nobel de Química, analisou uma amostra da pintura e chegou à conclusão que as tintas da imagem de Guadalupe “não pertencem ao reino vegetal, animal ou mineral”. Manuel Garibi, um perseverante examinador da pintura, resume assim a estranheza do dourado que aparece no perfil do vestido, nas 46 estrelas, nos arabescos e nos 129 raios do sol: “O dourado é transparente e sob este se vêem os fios do poncho… este dourado, de transparência, não pode ser obra hu-mana”.

d) Análise com raios infravermelhos – O Dr. Callagan, da equipe da NASA, e o professor Jody B. Smith depois de uma série de estudos com os raios infravermelhos deram, em 1979, estas conclusões:

– O tecido carece de qualquer preparação, sendo inexplicável, à luz dos conhecimentos humanos, que os corantes impregnem e conservem uma fibra tão frágil ;

– Não houve esboços prévios ;

– Não foi usado pincel. A técnica empregada é desconhecida na história da pin-tura.

( A Kodak do México, anteriormente, tinha afirmado que o quadro se parece mais com um processo fotográfico do que com uma pintura. Mas fotografia não era, porque, em 1531, não havia nem câmeras, nem fotografias.)

e) As imagens de Sanson-Purkinje – Os olhos da Senhor refletem a luz como se estivessem vivos. Partindo deste surpreendente fato, um oftalmologista peruano, o Dr. Aste Tousmann e também a NASA, examinaram a pupila e procederam à digitalização dos olhos. É sabido que a córnea do olho humano reflete o que está sendo visto no momento. ( Este fenômeno leva o nome de seus descobridores: Sanson e Purkinje). Ora, a íris da Virgem de Guadalupe reflete exatamente a cena des-crita pela tradição como ocorrida no pátio da casa do Bispo Zumárraga: um índio no ato de desdobrar sua túnica cheia de rosas na frente de um franciscano; o pró-prio fran-ciscano e as várias outras pessoas, índios e europeus, adultos e crianças, entre eles uma negra. Todos aqueles que testemunharam a cena estão na íris da Virgem. Seria impossível a um miniaturista pintá-la em espaço tão pequeno como a córnea de um olho. Foi necessário dividi-la em 27.778 vezes e cada quadrinho teve de ser ampliado 2000 vezes para que ele pudesse ser detalhada. A preservação da tela original de Nossa Senhora de Guadalupe, o tecido, as tintas, as imagens nos olhos, são, pelo menos, “inexplicáveis”.

CONCLUSÃO:

Os vários fatos extraordinários, sobrenormais, apresentados, rigoroamente verificados à luz da ciência, estão comprovando que não é vã a crença em manifestações divinas na história do homem. E que os milagres ocorrem, única e exclusivamente, em um contexto religioso-divino.

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