Ainda a “semente divina”

Os editores do Veritatis Splendor receberam uma carta de um simpatizante da Associação Cultural Montfort – a quem já respondi pessoalmente – cujo conteúdo afirmava que minha exposição sobre o tema da “semente divina” – minha “defesa de que a tese da semente divina pertence à doutrina perene da Igreja Católica” – daria razão ao professor Fedeli, uma vez que reconhecia a possibilidade de várias interpretações para a expressão. A carta, que segue abaixo, como anexo II, trazia trecho da Bula Auctorem Fidei, de Pio VI (que segue em anexo), que aparentemente condena a Gaudium et Spes, ao afirmar a necessidade de uma escrita “clara e límpida” nos documentos magisteriais, sobremaneira, nos documentos de um Sínodo. Ademais, a carta mencionava a criação do Instituto Bom Pastor como prova de que o Concílio teve ambigüidades. A missiva apenas ratifica o erro metodológico do prof. Fedeli, como passo a expor.

 

Primeiramente, não foi defendida a tese de que “a semente divina pertence à doutrina perene da Igreja Católica”, porque não existe isso de uma “doutrina da semente divina”. Eu mostrei como essa expressão, no contexto da Gaudium et Spes, refere-se à “imagem de Deus” no homem. Não é possível, a partir da leitura do documento, como eu demonstrei exaustivamente – o professor Fedeli projeta sua tese na expressão, e não a analisa no contexto do texto conciliar, e cria uma ficção na qual crê – interpretar a “semente divina” no sentido da “centelha divina” gnóstica. Não há nenhuma ambigüidade, no sentido de querer dar a entender o sentido visto pelo professor.

 

A doutrina da “semente divina” da Gaudium et Spes é a doutrina do homem criado “à imagem de Deus”, e isso não poderia ser aceito por um gnóstico. Só um teósofo, brâmane ou esotérico que aplicasse a mesma hermenêutica equivocada do prof. Fedeli ficaria satisfeito com o ensinamento conciliar. Se eles se pusessem a ler o documento, ficariam decepcionados: “ah, mas a Igreja é fogo!, quer nos atrair com essa metáfora da ‘semente divina’ para depois vir com esse papo de criação, pecado, necessidade de redenção, etc.”.

 

Minha argumentação apenas tencionou mostrar como a lógica do professor Fedeli, de se fixar na dicotomia “graça santificante” x “centelha divina”, não é apropriada para compreender a expressão, como se ela só pudesse significar uma coisa ou outra. Em abstrato, ela pode significar várias coisas. No contexto da Gaudium et Spes, entretanto, a expressão significa claramente a “imagem” divina no homem. Ambigüidade haveria se o texto não nos permitisse conhecer com exatidão esse sentido. Uma expressão em si mesma não é nada. O Concílio de Trento fala que a Missa “representa” o sacrifício de Cristo. Na filosofia clássica esse termo significa “tornar presente”, sem acrescentar nada ao representado, a não ser a presença do mesmo. Mas e se eu o interpreto a partir do empirismo ou do sentido vulgar desse termo? Teremos que Trento afirmou a heresia de que a Missa é um “símbolo” do augusto Sacrifício da Cruz… Dentro do contexto (da filosofia usada pelo Concílio) de Trento, e dentro do contexto (da doutrina) da Gaudium et Spes, as expressões não deixam “espaço ao perigo de controvérsia” (Auctorem Fidei) – o que Pio VI está chamando de “uma expressão clara e límpida que não deixe espaço a controvérsias” não se refere, evidentemente, a cada termo ou expressão atomizados, como se depreende perfeitamente do texto da bula; apenas uma opinião prévia de que há heresias no Concílio, e um uso abusivo da bula de Pio VI, pode condenar a Gaudium et Spes a partir da Auctorem Fidei. Quem quisesse que a “semente divina” da Gaudium et Spes tivesse significado gnóstico, não poderia ter deixado margem alguma para compreender com absoluta certeza o sentido ortodoxo que a expressão tem no contexto da constituição pastoral.

 

A condenação de Pio VI, na Auctorem Fidei, é a condenação da ambigüidade enquanto que esta porta um possível sentido herético. Já vimos que o caso da Gaudium et Spes não é de ambigüidade, porque a expressão “semente divina”, como metáfora que é, não pode ter seu sentido determinado fora do contexto. Em todo caso, veja-se os termos em que Pio VI, na mesma bula Auctorem Fidei, condena certas teses jansenistas ambíguas: “se tal proposição ‘x’ é entendida de modo ‘y’, é herética”. Ou seja, condenou-se a interpretação herética, e não a ambigüidade enquanto tal, como se tivesse dito: “em qualquer caso, tal afirmação, por ser ambígua, é herética”. Na hipótese – a ser provada, o que não é o caso dos exemplos do prof. Fedeli, como eu mostrei caso a caso – de que houvesse textos verdadeiramente ambíguos no CVII – textos dos quais não se pudesse afirmar, com toda segurança, o sentido ortodoxo, no contexto dos documentos conciliares – essa bula serviria para a defesa do Concílio, na medida em que é exemplo da possibilidade de condenar tão somente um eventual sentido herético de um texto, e não o texto enquanto tal.

 

A tática dos modernistas, denunciada na Pascendi por S. Pio X é “mesclar” um ensinamento ortodoxo com um heterodoxo:

 

“Nos seus escritos e discursos parecem, não raro, sustentar ora uma ora outra doutrina, de modo a facilmente parecerem vagos e incertos. Fazem-no, porém, de caso pensado; isto é, baseados na opinião que sustentam, da mútua separação entre a fé e a ciência. É por isto que nos seus livros muitas coisas se encontram das aceitas pelo católicos; mas, ao virar a página, outras se vêem que pareceriam ditadas por um racionalista. Escrevendo, pois, história, nenhuma menção fazem da divindade de Cristo; ao passo que, pregando nas igrejas, com firmeza a professam. Da mesma sorte, na história não fazem o menor caso dos Padres nem dos Concílios; nas instruções catequéticas, porém, citam-nos com respeito”.

 

O modernista utiliza essa tática, similar à do Bispo Nestório denunciada pelo Papa S. Celestino e lembrada por Pio VI, que é bem diferente do que acontece no texto da Gaudium et Spes. Nesse, a expressão “semente divina” não afirma, por si mesma, nenhuma tese heterodoxa, que estaria “escondida” sob a doutrina correta exposta posteriormente, e isso porque a expressão, em e por si mesma, não expressa doutrina alguma! Ela é uma mera metáfora, que vai sendo determinada à medida que a Gaudium et Spes apresenta a doutrina sobre o homem, e esclarece o sentido daquela expressão (como “imagem” de Deus no homem). A confusão do prof. Fedeli, entre metáfora e doutrina – bem como aquela outra que realiza, ao tratar da Igreja, entre analogia e definição –, é inadmissível na exegese de um texto e inviabiliza sua compreensão, pois saber discernir metáforas e conceitos é um ponto crucial para uma leitura correta; e isso só demonstra o quanto a habilidade historiográfica do professor não é suficiente para a interpretação de textos teológicos.

 

A criação do Instituto Bom Pastor para “criticar positivamente” o Concílio Vaticano II só mostra que há dificuldades para interpretá-lo, da parte dos tradicionalistas – da parte dos progressistas não há intenção de interpretar o Concílio, mas apenas de deturpá-lo e, infelizmente, os tradicionalistas assumem suas teses, ao invés de sustentar, simplesmente, que o Concílio não pode ter ensinado algo distinto da Tradição anterior (devido a seu caráter pastoral) –, e que é legítimo pedir e receber explicações, a quem compete, que é a Sé Romana, do significado da doutrina conciliar.

 

 

Anexo: excerto da Auctorem Fidei (com os destaques do missivista)

 

“Eles [os Papas nossos predecessores, os Bispos, e certos Concílios Gerais] conheciam bem a arte maliciosa própria dos inovadores, os quais, temendo ofender os ouvidos dos católicos, se esforçam por encobrir sob fraudulentos jogos de palavras os laços das suas astúcias, afim de que o erro, escondido entre sentido e sentido (São Leão Magno., Carta 129 da edição Baller), se insinue mais facilmente nos espíritos e aconteça que — alterada a verdade da sentença por meio de um curtíssimo acréscimo ou variante — o testemunho que devia dar a salvação, em conseqüência de uma sutil modificação, conduza à morte. Se esta indesejável e falaz maneira de dissertar é viciosa em qualquer manifestação oratória, de nenhum modo deve ser praticado num Sínodo, cujo primeiro mérito deve consistir no adotar no ensino uma expressão de tal modo clara e límpida que não deixe espaço ao perigo de controvérsias. Porém, se no falar se engana, não se pode admitir aquela subdola defesa que se costuma aduzir e pela qual, quando tenha sido dita alguma expressão dura demais, se se encontra a mesma explicada mais claramente em outra passagem, ou ainda corrigida, como se esta desenfreada licença de afirmar e de negar a bel prazer, que sempre foi uma fraudulenta astúcia dos inovadores como cobertura do erro, não tivesse que valer antes para denunciar o erro mais do que para justificá-lo: como se às pessoas particularmente despreparadas a afrontar casualmente esta ou aquela parte de um Sínodo exposto a todos em língua vulgar estivessem sempre presentes as outras passagens a contrapor, e que ao confrontá-las cada um dispusesse de tal preparo a reconduzi-las sozinho, a tal ponto de evitar qualquer perigo de engano que eles difundem erroneamente. É danosíssima esta habilidade de insinuar o erro que Nosso Predecessor Celestino (São Celestino, Carta 13, n. 2, in Coust) descobriu nas cartas do Bispo Nestório de Constantinopla e condenou com duríssimo apelo. O impostor, descoberto, repreendido e alcançado por tais cartas, com o seu incoerente multilóquio envolvia o verdadeiro com o obscuro e, confundindo de novo uma coisa com outra, confessava aquilo que havia negado ou se esforçava em negar aquilo que tinha confessado.


Contra tais insídias, apesar de tudo renovadas em toda época, não foi colocada obra melhor em ação do que aquela de expor as sentenças que sob o véu da ambigüidade envolvem uma perigosa discrepância de sentidos, assinalando o perverso significado sob o qual se acha o erro que a Doutrina Católica condena” (Pio VI, Bula Auctorem Fidei, de 29 de Agosto de 1794).

 

 

Anexo II: Carta recebida pelo VS

 

Carta aberta aos senhores responsáveis pelo site Veritatis,

 

Quero comentar a defesa feita por vocês a tese da “semente divina” como pertencente a doutrina perene da Igreja Católica. Peço, por favor, que comentem outro trecho de um trabalho feito pelo professor Orlando onde ele prova que teólogos que influenciaram os textos do Vaticano II e consequentemente da Gaudium et Spes publicaram em seus livros crer no princípio da imanência divina no homem. Leiam o que escreveu professor Orlando sobre isto:

 

“Se esta semente fosse algo substancial — entendida como alguma coisa da substância divina, o germe divino — causaria no homem — em todos os homens — a necessidade natural do divino. Deste modo, a revelação não seria um ato sobrenatural gratuito, mas, pelo contrário, um movimento puramente natural. Deste modo, desapareceria a distinção entre a ordem natural e a ordem sobrenatural.

 

Sobre este ponto, a encíclica Pascendi explica que existiam dois tipos de modernistas: os ‘moderados’ e os ‘integralistas’:

 

‘Para os ‘moderados’, a imanência divina causaria na natureza humana não apenas uma ‘certa capacidade, ou conveniência, para com a ordem sobrenatural (o que os apologetas católicos, com as necessárias restrições, sempre demonstraram), mas que haveria também uma estrita e verdadeira exigência. Para dizê-lo em modo mais exato, diremos ainda que esta exigência da religião católica é sustentada pelos modernistas mais moderados. Porque aqueles que podem ser chamados de integralistas pretendem que se deve mostrar, ao homem que ainda não crê, como se acha latente dentro dele o germe que estava na cosnciência de Cristo, e que Cristo transmitiu aos homens’ (Pio X, Pascendi, 37. O negrito é meu).

 

Para Jacob Boehme, a Divindade teria colocado no homem alguma coisa divina, que faz com que ele deseje Deus e a eternidade (Cfr. Alexander Koyré, La Philosophie de Jacob Boehme, Vrin, Paris, 1971, p. 454).

 

Moehller, autor tão estimado pelos modernistas, diz, ele também, que Deus colocou um germe divino no homem:

 

‘A Tradição católica se vê, por um ato de intuição imediata, na identidade de seus estados sucessivos.Germe divino colocado primitivamente por Deus no seio da humanidade, ele, pouco a pouco, desenvolve as suas virtualidades. Assim, o catolicismo nos torna ‘presente’ o cristianismo original. Todo o resto é heresia, e se acha fora desta corrente vital de onde ele saiu’ (Edmond Vermeil, A . Moehller et l’École Catholique de Tubingen, A .Collin, 1913, p. 35. Apud Gusdorff, op. cit., Vol. I, p. 712).

 

Não diz coisa muito diferente o Padre Henri de Lubac no seu famoso livro Le Mystère du Surnaturel, onde ele dá uma citação reveladora de Rahner:

 

‘O Padre Karl Rahner (…) escreveu que o espírito possui uma ‘transcendência ilimitada’, que dá ao horizonte humano ‘um caráter infinito’, e esta espécie de infinitude constitui precisamente a definição de homem e a sua ‘fronteira’ (H. deLubac, Le Mystère du Surnaturel, Aubier, Paris, 1965, p. 141).

 

Isto quer dizer  — sem dizê-lo claramente — exatamente em modo ‘neo-teológico’, que o homem é, de fato, Deus.

 

Diante disso, causa perplexidade o texto da Gaudium et Spes que diz:

 

‘Por isto, proclamando a vocação altíssima do homem e afirmando existir nele uma semente divina, o Sacrossanto Concílio oferece ao gênero humano a colaboração sincera da Igreja para o estabelecimento de uma fraternidade universal que corresponda a essa vocação’ (Vaticano II, Gaudium et Spes, n 0 3. O negrito é meu).

 

Quem não vê que  esta afirmação ambígua sobre a ‘semente divina’ pode ser bem aceita pela Gnose de todos os gêneros e especialmente pela Gnose maçônica já que se faz referência à  ‘Fraternidade Universal’? Que teósofo, que brâmane, que esotérico diria que recusa esta doutrina da Gaudium et Spes sobre a ‘semente divina’ no homem?

 

Um Concílio pode exprimir-se desse modo tão ambíguo?

 

Tyrrell, o bem conhecido filósofo modernista, sublinhava que ‘a revelação não é uma afirmação, mas uma experiência'( G. Tyrrell, Through Scylla and Charybdis, p. 285). E ainda: ‘A revelação pertence mais à categoria da impressão do que da expressão’ (G. Tyrrell, idem, p. 280).

 

Contra tudo isso, o senhor o sabe muito bem, se pronunciou a Santa Igreja exigindo, no Juramento Anti Modernista, que se pensasse o contrário”.

 

Até aqui o professor Orlando. Este trabalho completo pode ser encontrado no endereço

http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cadernos&subsecao=religiao&artigo=vaticano2b&lang=bra

 

Assim caros editores do Veritatis, baseado nestas palavras do professor Orlando, quero fazer minha a pergunta feita por ele e peço-lhes que me respondam: quem não vê que  esta afirmação ambígua sobre a ‘semente divina’ pode ser bem aceita pela Gnose de todos os gêneros e especialmente pela Gnose maçônica já que se faz referência à  ‘Fraternidade Universal’? Que teósofo, que brâmane, que esotérico diria que recusa esta doutrina da Gaudium et Spes sobre a ‘semente divina’ no homem? Um Concílio pode exprimir-se desse modo tão ambíguo?

 

Portanto, se se reconhece que o sentido de um texto possui várias interpretações, como o Veritatis reconheceu ao responder esta questão, então porque não reconhecer também que tal texto tem “sabor de heresia” e deve ser condenado, de acordo com o que escreveu Pio VI, pois a Igreja Católica sempre condenou a tática dos hereges de procurar introduzir erros sob aparência de verdade através de fórmulas ambíguas, como ensinado pelo Papa Pio VI ao condenar o Sínodo de Pistoia:

 

“Eles [os Papas nossos predecessores, os Bispos, e certos Concílios Gerais] conheciam bem a arte maliciosa própria dos inovadores, os quais, temendo ofender os ouvidos dos católicos, se esforçam por encobrir sob fraudulentos jogos de palavras os laços das suas astúcias, afim de que o erro, escondido entre sentido e sentido (São Leão Magno., Carta 129 da edição Baller), se insinue mais facilmente nos espíritos e aconteça que — alterada a verdade da sentença por meio de um curtíssimo acréscimo ou variante — o testemunho que devia dar a salvação, em conseqüência de uma sutil modificação, conduza à morte. Se esta indesejável e falaz maneira de dissertar é viciosa em qualquer manifestação oratória, de nenhum modo deve ser praticado num Sínodo, cujo primeiro mérito deve consistir no adotar no ensino uma expressão de tal modo clara e límpida que não deixe espaço ao perigo de controvérsias. Porém, se no falar se engana, não se pode admitir aquela subdola defesa que se costuma aduzir e pela qual, quando tenha sido dita alguma expressão dura demais, se se encontra a mesma explicada mais claramente em outra passagem, ou ainda corrigida, como se esta desenfreada licença de afirmar e de negar a bel prazer, que sempre foi uma fraudulenta astúcia dos inovadores como cobertura do erro, não tivesse que valer antes para denunciar o erro mais do que para justificá-lo: como se às pessoas particularmente despreparadas a afrontar casualmente esta ou aquela parte de um Sínodo exposto a todos em língua vulgar estivessem sempre presentes as outras passagens a contrapor, e que ao confrontá-las cada um dispusesse de tal preparo a reconduzi-las sozinho, a tal ponto de evitar qualquer perigo de engano que eles difundem erroneamente. É danosíssima esta habilidade de insinuar o erro que Nosso Predecessor Celestino (São Celestino, Carta 13, n. 2, in Coust) descobriu nas cartas do Bispo Nestório de Constantinopla e condenou com duríssimo apelo. O impostor, descoberto, repreendido e alcançado por tais cartas, com o seu incoerente multilóquio envolvia o verdadeiro com o obscuro e, confundindo de novo uma coisa com outra, confessava aquilo que havia negado ou se esforçava em negar aquilo que tinha confessado.
Contra tais insídias, apesar de tudo renovadas em toda época, não foi colocada obra melhor em ação do que aquela de expor as sentenças que sob o véu da ambigüidade envolvem uma perigosa discrepância de sentidos, assinalando o perverso significado sob o qual se acha o erro que a Doutrina Católica condena” (Pio VI, Bula Auctorem Fidei, de 29 de Agosto de 1794. Os destaques são meus).


Esta aí o texto que condena o Vaticano II, pois que o próprio Veritatis reconheceu que a “semente divina” pode gerar várias interpretações, inclusive a gnóstica. Como ensinou o professor Orlando em outro trabalho, “foi exatamente essa a tática usada pelos peritos modernistas do Vaticano II, que Schillebeeckx teria confessado. A condenação da ambigüidade, especialmente em documentos do Magistério, feita por Pio VI condena o Vaticano II. Porque o Vaticano II foi bem ambíguo. Discute-se o que o Vaticano II ensinou. Discute-se como ele ensinou. Discute-se se ensinou, dogmática ou pastoralmente. E o ambíguo termo “pastoral” que caracterizou o Concílio, foi, segundo confessou o insuspeito René Laurentin, o Cavalo de Tróia que introduziu na fortaleza da Igreja os erros do Modernismo, através dos véus da ambigüidade”.

 

http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=papa&artigo=espirito_vaticano_ii&lang=bra

 

E a criação do Instituto do Bom Pastor para criticar o Concílio mostra que ele realmente foi ambíguo em muitos pontos.

 

Aguardando, me despeço,

Sandro de Pontes

 

 

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