AO PARTIR O PÃO – 3º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Ciclo A)

A liturgia de hoje nos dá uma lição de geografia e história israelita antiga.

No Evangelho de hoje, Mateus menciona a profecia de Isaías, que aparece na 1ª Leitura. Ambas as citações procuram recordar a aparente queda do reino eterno prometido a Davi (cf. 2Samuel 7,12-14; Salmo 89; Salmo 132,11-12).

Oito séculos antes de Cristo, a parte do reino onde as tribos de Zebulon e Neftali viviam foi atacada pelos assírios e seus habitantes foram levados para o cativeiro (cf. 2Reis 15,29; 1Crônicas 5,26).

Isto marcou o início do final do reino, que terminou por desmoronar no século VI a.C., quando Jerusalém foi conquistada pela Babilônia e as tribos que restavam foram levadas para o exílio (cf. 2Reis 24,14).

Isaías profetizou que Zebulon e Neftali, as primeiras terras que foram degredadas, seriam também as primeiras a ver a luz da salvação de Deus. Hoje, Jesus cumpre essa profecia, anunciando a restauração do reino de Davi, exatamente ali onde [o reino de Davi] começou a ruir.

Seu Evangelho do Reino inclui não apenas as doze tribos de Israel como também todas as nações, simbolizadas na “Galileia das nações”. Ao chamar seus primeiros discípulos – dois pescadores do Mar da Galileia – destina-os a serem “pescadores de homens”.

Segundo São Paulo nos diz na Epístola de hoje, os discípulos pregarão o Evangelho para unir todos os povos sob um mesmo pensar e sentir, em um Reino mundial de Deus.

Através da Sua pregação, a profecia de Isaías foi proclamada: um mundo de trevas viu a Luz; o jugo da escravidão e do pecado, suportado pela humanidade desde o início dos tempos, foi destruído.

Como cantamos no Salmo de hoje, já somos capazes de habitar na Casa do Senhor; de adorá-Lo na terra dos viventes.

– Fonte: http://www.salvationhistory.com
– Tradução Livre: Carlos Martins Nabeto

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