Eis por que repito com insistência: a pesquisa e o diálogo inter-religioso e intercultural não são uma opção, mas uma necessidade vital para o nosso tempo. (Discurso do Papa Bento XVI aos Membros da Fundação para a Pesquisa e o Diálogo Inter-Religioso e Intercultural)
Por isso, o anúncio [cristão] precisa tornar-se necessariamente um processo dialógico. Não estamos revelando ao outro algo completamente desconhecido, mas desvendando a profundidade oculta do que ele já experimentou em sua própria fé. (RATZINGER, Joseph. A Igreja, Israel e as Religiões do mundo, in TESSORE, Dag. Bento XVI Questões de fé, ética e pensamento na obra de Joseph Ratzinger, São Paulo: Ed. Claridade, 2005, p. 63.)
Se quisermos conhecer a opinião de uma pessoa a respeito de um determinado assunto, precisamos saber o que essa pessoa falou e/ou escreveu sobre o assunto em questão. É claro que essa pessoa pode falar (ou escrever) uma coisa e, interiormente, pensar de modo diverso, ou até de forma oposta ao que disse (como o Dom Manuel Bueno, de Miguel de Unamuno). Mas é razoável supor que quando uma pessoa manifesta a sua opinião, é isso mesmo que ela pensa. Se não considerarmos as coisas dessa forma, viveremos numa eterna desconfiança, não acreditando em nada nem ninguém, procurando interesses escusos por trás de tudo que é dito.
Em se tratando de ninguém menos que o Sumo Pontífice, acreditar no que ele diz é não só razoável, mas praticamente um dever, sobretudo (ou pelo menos) para o fiel católico, pois não fazê-lo equivaleria a considerar o Papa um farsante, um rematado mentiroso (peço perdão a Deus só por pensar nessa hipótese!). Evidentemente, acreditar naquilo que o Papa diz não significa aplicar o princípio da infalibilidade a toda e qualquer declaração que o Papa fizer, e sim levar a sério o que o Papa fala, ou seja, considerá-lo um homem de palavra. Em suma, não só podemos como devemos tomar tudo aquilo que o Papa diz ou escreve como a mais pura expressão do seu próprio pensamento, como aquilo que o Papa efetivamente pensa e quer manifestar ao mundo. Nós simplesmente não podemos achar que algo que o Papa venha a dizer ou escrever pode não corresponder exatamente àquilo que ele pensa, sob pena de incorrermos em pecado. Se um mero fiel, pelo simples fato de ser cristão (o que, pelo menos em tese, implica o compromisso com a verdade), é digno de nossa confiança, quanto mais o Papa!
Depois de compreendermos que a honestidade do Papa não pode ser objeto de dúvida, precisamos considerar um outro ponto, igualmente imprescindível, se quisermos saber o que o Papa efetivamente pensa a respeito de um assunto. Esse segundo ponto consiste em levar em consideração o conjunto da obra do Papa, o que significa não pinçar uma ou outra declaração de acordo com esse ou aquele interesse. Em outras palavras, devemos tomar todo o cuidado para não adotarmos uma postura protestante em relação ao Papa, ou seja, não adotarmos o princípio protestante do livre exame. Segundo esse princípio, o crente não só pode como deve examinar livremente a Escritura Sagrada e, seguindo a (sua própria) razão e aquilo que ele acredita ser a orientação do Espírito Santo, buscar o que o Texto Sagrado verdadeiramente quer dizer. Acontece que esse princípio necessária e irremediavelmente desemboca no subjetivismo, na medida em que o crente que o adota sempre vai seguir aquilo que lhe pareça ser razoável (e mesmo que, saindo um pouco do subjetivismo puro e simples, o crente adote a interpretação desta ou daquela corrente dentro do protestantismo, como, por exemplo, o luteranismo ou o calvinismo, ainda assim o subjetivismo permanecerá, com a única diferença de que o sujeito em questão já não será o próprio indivíduo, mas sim Lutero ou Calvino…). E esse subjetivismo muitas vezes impede que a pessoa enxergue o que está diante dos seus olhos, pois o olhar, direcionado e pré-programado, só enxerga o que quer. Voltando à análise do pensamento do Papa, infelizmente há quem selecione esta ou aquela citação, isolando-a do conjunto da obra do Sumo Pontífice e com isso desvirtuando o seu verdadeiro sentido, adaptando-o a conveniências ou preferências pessoais (exatamente como fazem os protestantes com relação à Sagrada Escritura e à totalidade da Revelação cristã…).
De posse desses dois princípios básicos, a saber, 1) respeitar a honestidade intrínseca do Papa e 2) levar em consideração o conjunto de sua obra (e não somente pedaços dela escolhidos de acordo com preferências pessoais), passemos agora a investigar, ainda que de forma sucinta, o que Bento XVI, nosso atual Papa, pensa a respeito do diálogo.
Para sermos bem diretos e objetivos, nem é necessário ser um grande conhecedor da obra de Bento XVI (ou Joseph Ratzinger) para que se perceba não só o apreço, mas também o compromisso do Papa (assim como o teólogo Joseph Ratzinger) com o diálogo. E tal compromisso baseia-se no fato de que Bento XVI é um homem que sabe o valor da razão para uma fé madura e autêntica. O Papa sabe que a fé não pode ser imposta mediante o uso de argumentos forçados e muito menos da violência. Ao contrário, devemos expor racionalmente a nossa fé, cientes de que é pelo confronto com objeções e opiniões divergentes que a fé se consolida e a nossa identidade se (re)afirma.
E não podemos deixar de ressaltar que o diálogo, não só para Bento XVI mas na própria acepção normal do termo, não é (ou pelo menos não deve ser) sinônimo de contemporização, transigência ou pusilanimidade. Dialogar não significa, de modo algum, abrir mão daquilo que cremos e sabemos ser verdade apenas para evitar indisposições ou para não ferir suscetibilidades. Como o mesmo Papa que condenou veementemente o relativismo poderia entender o diálogo como contemporização? É óbvio que o diálogo só ganha um sentido negativo e pejorativo na mente daqueles que, ensimesmando-se, procuram fugir do contato com o mundo e com a diversidade que lhe é inerente. Por outro lado, é necessário salientar também que há pessoas mal-intencionadas, que confundem, propositadamente, diálogo com relativismo, como se dialogar fosse necessariamente abrir mão de qualquer pretensão de verdade. Contra essa falácia, o Papa também já se manifestou diversas vezes, ensinando-nos o correto sentido do diálogo.
Bento XVI, além de ser o Papa, é um dos pensadores mais geniais da atualidade (e eu ousaria dizer de todos os tempos!). Indubitavelmente um defensor do Concílio Vaticano II, Bento XVI já deu e continua dando inúmeras e inequívocas demonstrações de seu apreço pelo diálogo, pelo debate franco, pela exposição racional das idéias, pelo aprendizado e pelo enriquecimento mútuos que só o diálogo, corretamente compreendido, pode proporcionar. Sendo um intelectual experimentado e dos mais hábeis, Bento XVI sabe que a verdade não pode ser escondida (cf. Lc 8,16) nem imposta de forma autoritária e arrogante, pelo contrário, deve ser exposta de forma consistente, racional, franca e respeitosa.
Mas cremos já ter falado demais. Para sabermos realmente o que o Papa pensa com relação ao diálogo, nada melhor do que ouvirmos/lermos o próprio Bento XVI. Seguem, abaixo, apenas alguns extratos de textos e discursos do Papa, os quais, embora constituam uma ínfima amostra de sua extensa obra, são suficientes para que não paire sombra de dúvida a respeito da importância do diálogo no pensamento, na obra e no pontificado de Bento XVI.
Em caso nenhum a verdade pode representar a propriedade de alguém; o relacionamento com ela deve ser sempre de adesão humilde, no temor de desmerecê-la. Eu não posso gabar-me, como se fosse algo meu, do dom recebido; é preciso, pelo contrário, saber colocá-lo responsavelmente a serviço dos demais. (RATZINGER, Joseph. A caminho rumo a Jesus, in TESSORE, Dag. Bento XVI Questões de fé, ética e pensamento na obra de Joseph Ratzinger, São Paulo: Ed. Claridade, 2005, p. 28.)
“Graças a Deus, na nossa pastoral não nos comportamos como o mercador ciumento que precisa menosprezar a mercadoria dos outros para fazer os compradores confluírem na sua loja.” (RATZINGER, Joseph. Viver com a Igreja, in TESSORE, Dag. Bento XVI Questões de fé, ética e pensamento na obra de Joseph Ratzinger, São Paulo: Ed. Claridade, 2005, p. 63.)
Desta forma podemos progredir no diálogo inter-religioso e intercultural, diálogo hoje necessário como nunca: um diálogo verdadeiro, respeitador das diferenças, corajoso, paciente e perseverante, que baseie a sua força na oração e se alimente da esperança que habita em todos os que crêem em Deus e que depositam n’Ele a sua confiança. (Discurso do Papa Bento XVI aos Membros da Fundação para a Pesquisa e o Diálogo Inter-Religioso e Intercultural)
Com todos os homens de boa vontade, nós desejamos a paz. Eis por que repito com insistência: a pesquisa e o diálogo inter-religioso e intercultural não são uma opção, mas uma necessidade vital para o nosso tempo. (Discurso do Papa Bento XVI aos Membros da Fundação para a Pesquisa e o Diálogo Inter-Religioso e Intercultural)
“A Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo convida-nos, de modo particular, a rezar intensamente e a agir com convicção pela causa da unidade de todos os discípulos de Cristo. O Oriente e o Ocidente cristãos encontram-se muito próximos entre si, e já podem contar com uma comunhão quase completa, como recorda o Concílio Vaticano II, farol que guia os passos do caminho ecuménico. Portanto, os nossos encontros, as visitas periódicas e os diálogos em curso não são simples gestos de cortesia, ou tentativas de alcançar compromissos, mas o sinal de uma comum vontade de fazer o possível para chegarmos quanto antes àquela plena comunhão, implorada por Cristo na sua oração ao Pai, depois da última Ceia: ‘Ut unum sint’.” (Angelus, 29 de Junho de 2007 olenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo)
“A recente celebração do 40º aniversário da Declaração do Concílio Vaticano II, Nostra aetate, aumentou o nosso desejo comum de nos conhecermos uns aos outros e de promovermos um diálogo que se caracterize pelo respeito mútuo e pelo amor. Com efeito, os judeus e os cristãos possuem um rico património conjunto. Isto distingue de muitas formas o nosso relacionamento como singular entre as religiões do mundo. A Igreja nunca pode esquecer o povo eleito com o qual Deus estabeleceu uma santa aliança (cf. Nostra aetate, 4). (Saudação do Papa Bento XVI à Comissão Judaica Americana, Quinta-feira, 16 de Março de 2006)
Se hoje o diálogo inter-religioso, especialmente depois do Concílio Vaticano II, se tornou património comum e irrenunciável da sensibilidade cristã, Francisco pode ajudar-nos a dialogar autenticamente, sem cair numa atitude de indiferença em relação à verdade ou à atenuação do nosso anúncio cristão. O facto de ser um homem de paz, de tolerância e de diálogo nasce sempre da experiência de Deus-Amor. Não por acaso, a sua saudação de paz é uma oração: “O Senhor te conceda a paz” (2 Test 23: FF 121). (Visita Pastoral do Papa Bento XVI a Assis – Discurso do Santo Padre aos jovens na Praça diante da Basílica de Santa Maria dos Anjos, Domingo, 17 de Junho de 2007)
Certamente, o caminho da indulgência e do diálogo, que o Concílio Vaticano II felizmente empreendeu, deve ser sem dúvida prosseguida com uma constância firme. Mas este caminho do diálogo, tão necessário, não deve fazer esquecer o dever de reconsiderar e de evidenciar sempre com igual força as linhas-mestras e irrenunciáveis da nossa identidade cristã. Por outro lado, é necessário ter bem presente que esta nossa identidade exige força, clareza e coragem face às contradições do mundo em que vivemos. (Audiência Geral, Quarta-feira, 11 de Outubro de 2006)
Por isso, o anúncio [cristão] precisa tornar-se necessariamente um processo dialógico. Não estamos revelando ao outro algo completamente desconhecido, mas desvendando a profundidade oculta do que ele já experimentou em sua própria fé. (RATZINGER, Joseph. A Igreja, Israel e as Religiões do mundo, in TESSORE, Dag. Bento XVI Questões de fé, ética e pensamento na obra de Joseph Ratzinger, São Paulo: Ed. Claridade, 2005, p. 63.)
O diálogo teológico é necessário, o aprofundamento das motivações históricas de opções feitas no passado também é indispensável. Mas o que é mais urgente é aquela “purificação da memória”, tantas vezes recordada por João Paulo II, a única que pode predispor os ânimos ao acolhimento da plena verdade de Cristo. É diante d’Ele, supremo Juiz de cada ser vivo, que cada um de nós se deve apresentar, na autoconsciência de que um dia Lhe deve prestar contas por tudo o que fez ou não em relação ao grande bem da plena e visível unidade de todos os seus discípulos.
O actual Sucessor de Pedro deixa-se interpelar em primeira pessoa por esta exigência e está disposto a fazer tudo o que estiver em seu poder para promover a fundamental causa do ecumenismo. No seguimento dos seus Predecessores, ele está plenamente determinado a cultivar todas as iniciativas que possam parecer oportunas para promover os contactos e o entendimento com os representantes das diversas Igrejas e Comunidades eclesiais. Aliás, envia também a eles nesta ocasião a saudação mais cordial em Cristo, único Senhor de todos. (Primeira Mensagem de Sua Santidade Bento XVI no Final da Concelebração Eucarística com os Cardeais Eleitores na Capela Sistina)
O verdadeiro diálogo entretece-se onde não existe apenas a palavra, mas também a escuta, e onde na escuta tem lugar o encontro, no encontro o relacionamento, e no relacionamento a compreensão entendida como aprofundamento e transformação do nosso ser cristãos. Portanto, o diálogo diz respeito não somente ao campo do saber e àquilo que nós somos capazes de realizar. Ele faz falar sobretudo a pessoa do crente, aliás, o próprio Senhor no meio de nós. (Mensagem do Papa Bento XVI aos Delegados e Participantes na III Assembleia Ecuménica Europeia Realizada Em Sibiu [Roménia])
Por isso, é ainda mais importante a necessidade de um diálogo que possa ajudar as pessoas a compreenderem as suas próprias tradições em relação às dos outros, a desenvolverem uma maior consciência diante dos desafios que se apresentam à sua identidade e, deste modo, a promoverem a compreensão e o reconhecimento dos valores humanos genuínos, no contexto de uma perspectiva intercultural. Em vista de enfrentar estes desafios, é urgentemente necessária uma justa igualdade de oportunidades, de forma especial no campo da educação e da transmissão do saber. Infelizmente a educação, de modo particular a nível primário, continua a ser dramaticamente insuficiente em numerosas regiões do mundo. (Mensagem do Papa Bento XVI à Presidente da Pontifícia Academia das Ciências Sociais por Ocasião da VIII Sessão Plenária)
Prosseguindo na mesma linha, o empenho eclesial de anunciar Jesus Cristo, « caminho, verdade e vida » (Jo 14,6), hoje também encontra ajuda na prática do diálogo inter-religioso, que certamente não substitui, mas acompanha a missio ad gentes, graças àquele « mistério de unidade », de que « resulta que todos os homens e mulheres que foram salvos participam, embora de maneira diferente, no mesmo mistério de salvação em Jesus Cristo por meio do seu Espírito ». Este diálogo, que faz parte da missão evangelizadora da Igreja, comporta uma atitude de compreensão e uma relação de recíproco conhecimento e de mútuo enriquecimento, na obediência à verdade e no respeito da liberdade. (Declaração “Dominus Iesus” sobre a Unicidade e a Universalidade Salvífica de Jesus Cristo e da Igreja)
Encontramo-nos assim novamente diante da questão: o que é que podemos esperar? É necessária uma autocrítica da idade moderna feita em diálogo com o cristianismo e com a sua concepção da esperança. Neste diálogo, também os cristãos devem aprender de novo, no contexto dos seus conhecimentos e experiências, em que consiste verdadeiramente a sua esperança, o que é que temos para oferecer ao mundo e, ao contrário, o que é que não podemos oferecer. (Carta Encíclica Spe Salvi do Sumo Pontífice Bento XVI aos Bispos aos Presbíteros e aos Diáconos às pessoas consagradas e a todos os fiéis leigos sobre a esperança cristã)
A missão ad gentes, também no diálogo inter-religioso, « mantém hoje, como sempre, a sua validade e necessidade ». Com efeito, « Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade (1 Tim 2,4): quer a salvação de todos através do conhecimento da verdade. A salvação encontra-se na verdade. Os que obedecem à moção do Espírito de verdade já se encontram no caminho da salvação; mas a Igreja, a quem foi confiada essa verdade, deve ir ao encontro do seu desejo e oferecer-lha. Precisamente porque acredita no plano universal de salvação, a Igreja deve ser missionária ». O diálogo, portanto, embora faça parte da missão evangelizadora, é apenas uma das acções da Igreja na sua missão ad gentes. A paridade, que é um pressuposto do diálogo, refere-se à igual dignidade pessoal das partes, não aos conteúdos doutrinais e muito menos a Jesus Cristo que é o próprio Deus feito Homem em relação com os fundadores das outras religiões. A Igreja, com efeito, movida pela caridade e pelo respeito da liberdade, deve empenhar-se, antes de mais, em anunciar a todos os homens a verdade, definitivamente revelada pelo Senhor, e em proclamar a necessidade da conversão a Jesus Cristo e da adesão à Igreja através do Baptismo e dos outros sacramentos, para participar de modo pleno na comunhão com Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Aliás, a certeza da vontade salvífica universal de Deus não diminui, antes aumenta, o dever e a urgência do anúncio da salvação e da conversão ao Senhor Jesus Cristo. (Declaração “Dominus Iesus” sobre a Unicidade e a Universalidade Salvífica de Jesus Cristo e da Igreja)
Ao agradecer o vosso compromisso no estudo de caminhos concretos para o progresso do diálogo entre católicos e ortodoxos, garanto-vos a minha oração fervorosa. (Discurso do Papa Bento XIV à Comissão Mista Internacional para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa)
Estou persuadido de que os vossos colóquios hão-de dar frutos abundantes para o progresso do diálogo e o incremento da compreensão e da cooperação entre católicos e baptistas. (Discurso do Papa Bento XVI aos Membros de uma Delegação da Aliança Baptista Mundial)
Desta forma, os orantes das várias religiões puderam mostrar, com a linguagem do testemunho, como a oração não divide mas une, e constitui um elemento determinante para uma pedagogia eficaz da paz, baseada na amizade, no acolhimento recíproco, no diálogo entre os homens de diversas culturas e religiões. Temos como nunca necessidade desta pedagogia, especialmente olhando para as novas gerações. (Mensagem do Papa Bento XVI no 20º Aniversário do Encontro Inter-Religioso de Oração pela Paz Convocado Por João Paulo II)
“A fé que nos foi doada não foi feita para um mundo fechado; ela sempre foi dada para a humanidade. E isto não significa intolerância por nossa parte, mas exercício da responsabilidade que temos em relação aos outros: de anunciar-Ihes essa possibilidade de cura no Senhor. Precisamos de nova coragem, é necessário termos a convicção de que temos os meios para curar os homens, que é nosso dever dar-Ihes essa palavra de Salvação, e que ela é realmente tão necessária assim para o homem. É preciso um novo impulso missionário. Não gostamos mais de falar em conversão, mas a realidade é essa mesma: nós temos uma responsabilidade universal, não podemos nos esquivar. Seria confortável, se fosse possível, mas, pelo contrário, temos de oferecer aos outros o que o Senhor nos deu para oferecer”. (RATZINGER, Joseph. Entrevista no Spetacle du monde, n. 464, janeiro 2001, in TESSORE, Dag. Bento XVI Questões de fé, ética e pensamento na obra de Joseph Ratzinger, São Paulo: Ed. Claridade, 2005, p. 63.)
Abaixo, algumas matérias [que podem ser] colhidas na Internet sobre a postura pública de Bento XVI com relação ao diálogo:
- Bento XVI favorável a um “diálogo sincero” com o Islã
- Bento XVI pede diálogo cristão-muçulmano inspirado na confiança
- Bento XVI prossegue diálogo ecumênico com Anglicanos
- Bento XVI frisa compromisso com diálogo entre religiões
- Bento XVI: convite ao diálogo
- Papa acolhe apelo muçulmano por diálogo inter-religioso
- Papa celebra diálogo entre muçulmanos e cristãos
- Bento XVI vai à Assembléia da ONU defender os direitos humanos
- Na ONU, Papa pede diálogo e multilateralismo em solução de conflitos
- Diálogo inter-religioso para evitar confronto entre culturas
- Bento XVI aos líderes religiosos: “Sociedade unida pode surgir da pluralidade”
- Bento XVI: é necessário reforçar diálogo entre ciência e fé e chamar humanidade aos “valores altos”
- Bento XVI propõe resolver crise do Tibet com diálogo
- O mundo de hoje precisa do diálogo entre cristãos e muçulmanos, advertiu Bento XVI falando aos diplomatas de paises de maioria muçulmana, acreditados junto da Santa Sé, convidando ao mesmo tempo a lutar contra a violência e a intolerância.
- Papa renova diálogo com representantes de outras religiões no Brasil
- Bento XVI de novo em Roma. Para o Papa o diálogo é um dever, disse em Istambul antes de deixar a Turquia. A viagem foi também um contributo para ajudar á compreensão entre as religiões.
- Papa diz que o diálogo tem uma proposta: buscar a verdade
- Papa quer continuar diálogo inter-religioso
- Papa estimula diálogo com mundo ortodoxo
- Declaração conjunta do Papa Bento XVI e do arcebispo de Canterbury, Rowan Williams
- Diálogo inter-religioso é “uma necessidade vital”
- Bento XVI está convicto de que «a pesquisa e o diálogo inter-religioso e intercultural não são uma opção, mas uma necessidade vital para o nosso tempo».
- Bento XVI convida representantes muçulmanos para um encontro no Vaticano
- Bento XVI exorta ao respeito recíproco no diálogo entre cristãos e muçulmanos
- Quem exerce o poder não seja altivo, pediu Bento XVI na Audiencia Geral. Um longo aplauso acolheu as palavras do Papa recordando o Padre André Santoro,sacerdote romano morto na Turquia. “Que o seu sacrificio contribua para o diálogo e a paz entre os povos”
- Bento XVI recebe delegação de muçulmanos iranianos em colóquio no Vaticano
- Papa convida os povos ao diálogo na véspera da celebração da Páscoa
- Fonte: Veritatis Splendor