Até quando teremos que aturar padres sem batina ou sem clergyman? Sacerdotes que, em vez de ostentar sua incorporação a Cristo pelo sacramento da Ordem, escondem-se do povo, disfarçando-se de leigos?
Até quando teremos que aturar Missas que em nada nos indicam seu caráter ontologicamente sacrifical? Palmas ritmadas acompanhando músicas de melodia, harmonia e ritmo absolutamente inadequados, com uma pobreza infantil nas letras? Manifestações desmedidas de alegria quase profana durante a atualização do Calvário? Padres que não vestem os paramentos corretos, sem casula, sem cíngulo, sem amito, substituindo-os por um simplório conjunto de túnica e estola? Clérigos, até Bispos, que desprezam o latim, o canto gregoriano, a polifonia sacra, o órgão, o incenso? Que identificam Missa em latim com o rito antigo? Que, ademais, têm como que um ódio mortal a esse rito antigo, e mesmo ao novo celebrado de acordo com as rubricas? Sacerdotes e fiéis que preferem as passageiras e profanas novidades às sadias tradições? Que rechaçam as normas que chegam de Roma, e desobedecem descaradamente, fazendo celebrar a Missa do jeito que querem?
Até quando teremos que aturar procissões que mais parecem passeatas políticas? Bandeiras políticas no lugar nos estandartes das antigas confrarias? Discursos da moda em vez de um sermão sobre coisas espirituais?
Até quando teremos que aturar o Conselho Indigenista Missionário que não catequiza os índios? A Comissão Pastoral da Terra que, em vez de pregar a Doutrina Social da Igreja, insufla o MST e outros grupelhos comunistas safados a atacar a propriedade privada? A Pastoral da Juventude, que nada mais é do que célula avançada do PT e do PSOL nas fileiras de nossos grupos de jovens?
Até quando teremos que aturar o sumiço da teologia católica, destronada por uma péssima formação em nossos seminários, verdadeiras fábricas de comunistas? Que se preocupam mais em ensinar sociologia religiosa do que doutrina? Relativização da verdade do que autêntica filosofia? Bagunça na Missa do que liturgia correta? Boff do que Tomás de Aquino? Küng do que patrística? Teólogos duvidosos e politicamente corretos do que o Magistério?
Até quando teremos que aturar a troca da caridade pelo assistencialismo politicamente esquerdista? E as irmãs de caridade se converterem em assistentes sociais? E as irmãs contemplativas abandonarem seus conventos e afrouxarem no cumprimento da regra?
Até quando teremos que aturar a Campanha da Fraternidade nublando a Quaresma? Reflexões políticas em vez de práticas piedosas? Cânticos socialistas ao invés da clássica hinologia católica? Via Sacra sendo corrida por orações imbecis?
Até quando teremos que aturar os documentos que chegam de Roma serem ignorados ou distorcidos, enquanto análises de conjuntura e discursos vazios sobre a água, as florestas, os amigos, a paz, os coelhinhos e o arco-íris são promovidos em nossos púlpitos como se doutrina católica fossem?
Até quando teremos que aturar desobediências ao Papa promovidas por freiras, frades, padres, Bispos, e líderes do laicato?
Até quando teremos que aturar defesas do aborto, das práticas homossexuais, da Teologia da Libertação, do socialismo, da insubordinação, feitas por membros da Igreja?
Até quando teremos que aturar nossas lindas igrejas e altares serem profanados pela feiúra e pelo iconoclasmo?
Até quando teremos que aturar o sentimentalismo e o relativismo tomarem de assalto o lugar que era próprio da razão e da fé objetiva?
Até quando teremos que aturar a Fé Católica seqüestrada por quem deveria ser seu defensor?
Até quando?