Devemos interpretar a bíblia literal ou simbolicamente?

– Às vezes eu não sei o que pensar sobre a Bíblia. Deveríamos interpretá-la literal ou simbolicamente? (Anônimo)

Depende da intenção do autor bíblico em particular. Se a sua intenção foi escrever alguma coisa para ser considerada literalmente, então deveremos considerá-la literalmente. Se ele queria que fosse considerada simbolicamente, então deveremos considerá-la simbolicamente. Embora este princípio seja fácil de ser declarado, nem sempre é fácil de ser aplicado.

Algumas coisas na Bíblia, como as paráboldas de Jesus, são claramente simbólicas, mas o que dizer de outras coisas, tais como as palavras de Cristo sobre a Eucaristia? Devem ser interpretadas literal ou simbolicamente? Católicos, Ortodoxos Orientais, muitos Luteranos e ainda muitos Anglicanos consideram-nas literalmente. Evangélicos, fundamentalistas e outros protestantes não.

Mesmo assim, todos os cristãos afirmam que as palavras de Cristo, bem como o conteúdo do Novo Testamento, fundamentam as suas respectivas crenças e todos eles reinvindicam saber o que Cristo intencionava ensinar quando falou para eles. Como sabemos quem está certo?

Baseados nas análises literária e histórica, pesquisadores muitas vezes conseguem determinar como certo escritor bíblico pretendia que as suas palavras fossem interpretadas. Assim, pelo estudo da Bíblia podemos nos familiarizar com o seu fundo literário e histórico.

Entretanto, os estudiosos somente não conseguem resolver todos os nossos problemas de interpretação. Há eruditos, por exemplo, que afirmam a Real Presença de Cristo na Eucaristia; e há outros que a negam. Há também aqueles que pensam que o Novo Testamento ensina distintivamente doutrinas católicas e aqueles que pensam que não.

Em razão da possibilidade (e frequência) de tais impasses dos estudiosos, a Igreja Católica insiste que Cristo estabeleceu o Magistério – a autoridade de ensinar da Igreja – para propor a verdade bíblica infalivelmente. A explicação autêntica da mensagem bíblica não foi deixada nem às nossas próprias habilidades interpretativas, nem às finitas habilidades exegéticas dos eruditos, mas foi preservada pelo próprio Deus.

Facebook Comments

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.