Mal se passaram dois meses, e já podemos sentir os efeitos do Motu Proprio Summorum Pontificum, do Papa Bento XVI, este grande passo rumo à extirpação dos abusos que tanto ofendem a Sagrada Liturgia e a Deus.
Com efeito, em muitos lugares surgiram sacerdotes e Bispos dispostos a implementar o Motu Proprio em suas paróquias e Dioceses; seminaristas se interessam por esta belíssima tradição; também o povo de Deus (a despeito da incompreensão de alguns, imbuídos de atitudes modernistas em relação à liturgia) está cada vez mais ciente da beleza da Liturgia Tridentina, de nossa responsabilidade por fazer valer o Motu Proprio e de restaurar a tradição litúrgica tridentina, tão rica, um verdadeiro patrimônio de nossa cultura católica.
Mas se existe uma maior compreensão em relação ao dever de restaurar a tradição litúrgica antiga, se mostra cada vez mais patente o dever de velar também pela Liturgia atual, pedindo de nossos pastores a celebração eucarística seguindo rigorosamente as rubricas do Novus Ordo Missae, para assim evitar abusos e heresias litúrgicas provenientes de criatividades e aberrações modernistas.
Uma maior atenção à Missa Nova, longe destas criatividades, como já pedira o Papa João Paulo II (Enc. Ecclesia de Eucharistia, n. 52), é efeito claríssimo do recente e histórico Motu Proprio do Papa Bento XVI.
Nós sentimos esta reviravolta em nossa paróquia, na Diocese de Campina Grande.
Lá desempenhamos a função de acólito, e víamos certos abusos litúrgicos que, após o Motu Proprio de Bento XVI, desapareceram completamente! Isto é algo maravilhoso, pelo qual devemos nos rejubilar! E aposto como estes efeitos puderam ser vistos também em outras paróquias e Dioceses pelo Brasil afora.
Com efeito, nas Santas Missas em nossa paróquia, muitas vezes o celebrante substituía o Ato Penitencial por uma música; agora, após o Motu Proprio, o Ato Penitencial é recitado como ordena o Missal, e como sempre deveria ter sido. Também o Credo antes era susbtituído por uma música, o que é algo seríssimo, visto que nada susbtitui essa solene Profissão de Fé; agora, após o Motu Proprio, está sendo rezado como sempre deveria ter sido, da forma que a Igreja sempre rezou e como está ordenado no Missal. E o pároco, que antes não costumava entregar a Comunhão pessoalmente, deixando esta honra aos ministros extraordinários da Eucaristia (o que, salientamos de passagem, é um abuso gravíssimo), passou a entregá-la pessoalmente aos fiéis (por vezes ainda permite aos ministros fazerem isso sozinhos, mas se pode notar que estão sendo raras).
A celebração ficou mais bela, mais respeitosa. Mais solene.
Isto demonstra que a restauração da Missa de S. Pio V trará inúmeros benefícios à Missa de Paulo VI. A influência da Missa de S. Pio V fará com que se dê uma atenção maior e renovada às rubricas do Novus Ordo Missae. Efetivamente, a harmonia entre estas formas litúrgicas, ambas do mesmo Rito, se comprova, pois a restauração de uma, faz com que se restaure também o respeito às normas na outra. Isso é magnífico!