Existe o diabo como ser?

[Leitor autorizou a publicação de seu nome no site] Nome do leitor: Julio Cesar Valdivino
Cidade/UF: São Paulo
Religião: Católica

Mensagem
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Pax et Bone.

Meus irmãos, O Diabo é uma “pessoa” ou a personificação do mal?
Eu leio muito sobre este assunto e encontrei três posições:
1º O Diabo é um ser ou seres.
2º O Diabo é a person. do mal
3º Existe mas é relativisado ( Não faz Diferênça )
O quê a Santa Igreja diz?
Que a Graça de Jesus C.N.S esteja com vocês.

Caríssimo sr. Julio César, estimado em Jesus Cristo,

O Catecismo da Igreja Católica é claro, ao dizer que “o Mal não é uma abstração, mas designa uma pessoa, Satanás, o Maligno, o anjo que se opõe a Deus. O ‘diabo’ (‘diabolos’) é aquele que ‘se atira no meio’ do plano de Deus e de sua ‘obra de salvação’ realizada em Cristo.” (Cat., 2851)

Além disso, nos fala:

“A Escritura atesta a influência nefasta daquele que Jesus chama de ‘o homicida desde o princípio’ (Jo 8,44) e que até chegou a tentar desviar Jesus da missão recebida do Pai. ‘Para isto é que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo’ (1Jo 3,9). A mais grave dessas obras, devido às suas conseqüências, foi a sedução mentirosa que induziu o homem a desobedecer a Deus.

Contudo, o poder de Satanás não é infinito. Ele não passa de uma criatura, poderosa pelo fato de ser puro espírito, mas sempre criatura: não é capaz de impedir a edificação do Reino de Deus. Embora Satanás atue no mundo por ódio contra Deus e seu Reino em Jesus Cristo, e embora a sua ação cause graves danos – de natureza espiritual e, indiretamente, até de natureza física – para cada homem e para a sociedade, esta ação é permitida pela Divina Providência, que com vigor e doçura dirige a história do homem e do mundo. A permissão divina da atividade diabólica é um grande mistério, mas ‘nós sabemos que Deus coopera em tudo para o bem daqueles que o amam’ (Rm 8,28).” (Cat., 394-395)

Também o Papa Paulo VI ensinou:

“Atualmente, quais são as maiores necessidades da Igreja? Não deveis considerar a nossa resposta simplista, ou até supersticiosa e irreal: uma das maiores necessidades é a defesa daquele mal, a que chamamos Demônio.

(…)

Encontramos o pecado, perversão da liberdade humana e causa profunda da morte, porque é um afastamento de Deus, fonte da vida (cf. Rm 5,12Rm 5,12: Por isso, como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim a morte passou a todo o gênero humano, porque todos pecaram…) e, também, a ocasião e o efeito de uma intervenção, em nós e no nosso mundo, de um agente obscuro e inimigo, o Demônio.

O mal já não é apenas uma deficiência, mas uma eficiência, um ser vivo, espiritual, pervertido e perversor. Trata-se de uma realidade terrível, misteriosa e medonha.” (Alocução Livrai-nos do Mal, em 15 de novembro de 1972)

Outrossim, o Magistério da Igreja assim sempre ensinou, com base na Tradição Apostólica e na Sagrada Escritura. E toda a tradição teológica e espiritual dos Santos Padres, dos Doutores, da liturgia, não só jamais deu abertura para pensarmos no diabo como um mero símbolo, como, antes, pelo contrário, forneceu provas inequívocas de que se trata de um ser, de um espírito, de uma criatura.

“Satanás ou o Diabo, bem como os demais demônios, são anjos decaídos por terem se recusado livremente a servir a Deus a seu desígnio. Sua opção contra Deus é definitiva. Eles tentam associar o homem à sua revolta contra Deus.” (Cat., 414)

Em Cristo,

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