Editora: Objetiva (Rio de Janeiro-RJ)
Ano: 2001
Páginas: 231 pp.
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Juan Arias é um jornalista que pretende apresentar um Jesus diferente, mero profeta judeu, analisado como homem simplesmente revolucionário não violento.
O livro não cita o Evangelho (capítulo e versículos) uma só vez, nem indica as fontes precisas das quais extrai seus dizeres mais significativos. Além do mais, comete erros de história, que evidenciam não ser o autor um profissional abalizado, mas sim um cronista leviano, que escreve de maneira acessível ao grande público despreparado para ler tal obra.
Juan Arias propõe um tecido de afirmações gratuitas, mal documentadas e preconceituosas, que visam negar a Divindade de Jesus, chamado por Arias “o profeta judeu”. O autor nega a veracidade dos Evangelhos, mas na base desse texto “pouco fidedigno” tece considerações sobre Jesus exorcista, fariseu, essênio, pacifista, revolucionário, relacionado com mulheres, como se o Evangelho relatasse fatos históricos – o que é incoerente. Juan Arias ignora as mais recentes descobertas de papiros devidas a José O’Callaghan e Carsten Peter Thiede, que muito aproximam de Jesus a redação dos Evangelhos, reforçando assim a credibilidade dos mesmos.
Em suma, o livro de Juan Arias tem pouco valor científico. É jornalismo sensacionalista mal informado.