Li no espaço do leitor nosso caro Irmão Dr. Rafael Vitola respondendo a refutação de um leitor o VS. Tenho a certeza que um irmão cristão deve sempre tratar o outro com respeito e com amor, o que não aconteceu quando o Dr Rafael respondeu a refutação do nosso irmãozinho leitor, veja “Apenas reproduzi a voz da Igreja. Os incomodados…” o Dr Rafael insinua se o leitor estiver incomodado que ele se retire, mesmo o leitor tendo afirmado ser freqüentador assíduo do VS. Isto no meu ponto de vista Cristão é inadmissível, Vocês são formadores de opinião, não podem dar um exemplo tão ruim assim, tratando o próximo com desrespeito e grosseria (Apenas reproduzi a voz da Igreja. Os incomodados…) Acho que o Dr Rafael deve um pedido desculpa ao nosso leitor. E eu também penso que o Dr Rafael defendeu um ponto Pessoal dele em sua matéria. A CNBB nunca se manifestou diretamente contra o PT. Não percam a credibilidade que vcs conquistaram publicando matérias semelhantes a esta do Dr Rafael. Se lhes faltei em algo, peço minhas sinceras desculpas.
Caríssimo Sr. Diogo, estimado em Jesus Cristo,
O irmão tem razão quando fala que devemos tratar os demais com respeito e amor. A caridade é a rainha das virtudes, a única que, segundo São Paulo, nunca passará, pois, chegado o porvir não haverá mais razão de ser para a fé (estaremos vendo o Senhor face a face) e a esperança (eis que já teremos alcançado o que esperamos, o céu).
Todavia, custo a entender em quê minha resposta faltou com a caridade. Pelo contrário, só respondi motivado por amor a Deus e ao próximo. Tantos que se perdem por não conhecerem a doutrina! É nosso dever de caridade colocar um pouco de luz no meio das trevas. Ensinar os ignorantes, no melhor sentido do termo, é uma obra de misericórdia, e o apostolado é a forma mais excelsa de caridade.
A dureza não é necessariamente incompatível com a caridade. O Precursor do Salvador, São João Batista, foi, por acaso, faltante com a caridade quando lançava suas conhecidas admoestações? “Raça de víboras”, “sepulcros caiados”. E Nosso Senhor, quando confeccionou um chicote para expulsar os vendilhões do Templo? Faltaram o Batista e Cristo com a caridade por causa da dureza?
O que fiz, simplesmente, foi responder a um leitor que se mostrava indignado com minha descrição no artigo contra o PT. Aliás, o consulente que tanto me exige um pedido de desculpas deu-se ao trabalho de ler o tal artigo? Pois se o leu, verá que quase nada lá é meu: está composto o libelo de trechos do Magistério da Igreja, ao qual devemos nossa fé! O leitor que protestou contra ele mostrou-se, desse modo, contrário ao ensino da Igreja. E quem é contrário ao ensino da Igreja, claro é bem-vindo ao VS, até para aprender e, com humildade, confessar seu erro. O termo “retire-se” aplica-se ao grêmio da Igreja. Há plena liberdade religiosa no Brasil. Discordando da fé católica alguns, por qual razão teimam em permanecer na Igreja que a defende? Não é possível dizer-se católico e crer em doutrinas não católicas!
E a doutrina social da Igreja faz parte do patrimônio da fé tanto quanto outros tratados teológicos!
Tenho meus erros, os quais trato com meu confessor e meu diretor espiritual. Ofendendo alguém, trato logo de rogar seu perdão.
Não foi o caso, entretanto. E portanto sigo firme no meu posicionamento. Caridade não deve ser confundida com uma postura romanceada e adocicada da fé, que tantos males tem gerado. Temos de parar com essa super-sensibilidade que não permite qualquer argumentação um pouco mais direta, talvez até ríspida quando necessário. Amor sempre, doçura às vezes, dureza também. Tudo depende do momento, das circunstâncias, do objetivo imediato a ser alcançado (pois o mediato é sempre a conversão do pecador e o ensino do leitor de nosso site).
É por causa dessa super-sensibilidade que muitos fogem ao debate. E fugindo ao debate deixam de aprender.
Ora, convenhamos, em nenhum momento a pessoa do interlocutor contrário a meu artigo sobre o PT foi desmerecida. Em nenhum instante, foi desprestigiada a sua fama. Houve, isso sim, uma argumentação um tanto mais consistente, veemente, deixando claras as opções: abjuração do erro ou persistência neste. Abjurando-se, a Igreja recebe a todos como o pai na parábola do filho pródigo. Persistindo no erro (no caso, a adesão ao PT e outros modos de socialismo), deve-se tomar o caminho mais coerente para que a Igreja mantenha sua própria fidelidade.
Quanto à CNBB, pouco importa que ela não tenha se manifestado. Uma conferência episcopal não tem poder de governo senão quanto aos que pode ser delegado pela Santa Sé. Também não tem poder de ensino. A função da CNBB é simplesmente coordenar o trabalho pastoral dos Bispos, servir como veículo de comunhão entre eles, e executar algumas tarefas de governo que foram delegadas pela Santa Sé (tradução dos livros litúrgicos, por exemplo). Nada mais. Não compete à CNBB pronunciar-se sobre o PT. Se dá um parecer e ele é coerente com a doutrina da Igreja, ótimo. Se a contraria, por não possuir autoridade de governo ontológica nem de ensino, deve ser recusado seu pronunciamento, AINDA QUE SEJA DE UMA CONFERÊNCIA DE BISPOS. Importa obedecer ao Papa antes que à CNBB. O papado é instituição fundada por Cristo. O episcopado também. A CNBB não! Com isso não se quer desmerecer a conferência. Ela tem seu papel. Mas NÃO é substituir o Magistério da Igreja.
Ainda que a CNBB não tenha se manifestado sobre o PT, a Igreja se manifestou, mediante INÚMEROS pronunciamentos dos Papas, sobre o socialismo. Ora, se o caro consulente LEU o artigo contra o PT, verá que este partido é socialista. Se é socialista, e o socialismo foi condenado pela Igreja, logo o PT também o é. É uma questão de lógica.
Por favor, os que não leram o artigo, parem de ficar um tanto “nervosos”. Leiam, estudem-no. E mais: se quiserem contrariá-lo, façam-no com lógica: ou provem que a Igreja NÃO condenou o socialismo, ou que o PT NÃO é socialista. Do contrário, serão palavras estéreis. Entre o que cada um de nós (eu ou o leitor em questão) PENSA e o que a Igreja ENSINA vai um enorme abismo. Fiquemos com esta última, pois as portas do inferno sobre ela não prevalecerão.
Em Cristo,