Leitor pergunta sobre “o que é a verdade?”

[Leitor autorizou a publicação de seu nome no site] Nome do leitor: luis fernando
Cidade/UF: cascavel-PR
Religião: Católica

Mensagem
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Porque Jesus não respondeu a Pilatos quando o mesmo o indagou com aquela pergunta:”O que é a verdade?”
Penso que há um grande mistério em Jesus não o ter respondido.
Obrigado!

Oi, Luis. Pax Christi. Irmão, é um prazer receber sua carta a nosso apostolado. Ore a Deus para que sejamos sempre úteis em Sua obra. Muito bem, sobre sua pergunta, que é muito relevante, devemos notar que aqui (Jo. 18.38) Pilatos terminou a entrevista e não esperou por uma resposta. Ele não precisou de nenhuma resposta, porque a verdade não lhe era de nenhum interesse particular. Ele estava mais interessado no que era politicamente conveniente. Esta, da mesma forma, foi exatamente a atitude de Caifás (Jo. 11.50) e dos inimigos comuns de Pilatos e Jesus, que tinham os pés nesse mesmo princípio de expediente político, que foi área de concordância na qual eles concordaram em crucificar o Senhor.

Por esta questão Pilatos manifestou sua ignorância e indiferença a respeito da doutrina do Senhor. O que Pilatos queria dizer era: “você trata da maior das questões, aquela por quem todos os homens em todas as épocas tem tratado mas nunca nenhum homem respondeu”. Esta famosa zombaria de Pilatos revelou então sua própria ignorância da verdade, pois ele estava diante da Verdade Encarnada (Jo. 14.6). Quid est veritas? A resposta em latim é Vir est qui adest como foi sucintamente dita pelo uso das mesmas letras.

Pilatos, depois desta pergunta, voltou para os judeus. Ele não buscava seriamente uma resposta: somente uma consciência desperta poderia ter essa resposta; e a graça, como produz o desejo no pecador, dá a resposta de Deus.

Resumindo, então, provavelmente esta pergunta foi feita com desprezo, e portanto Jesus não respondeu. Se a pergunta tivesse sido sincera, e Pilatos tivesse realmente feito como Nicodemus tinha feito (Jo. 3.1) Jesus não teria vacilado em lhe explicar a natureza de Seu reino. Eles agora estavam sós no Pretório (Jo. 18:33) e assim que Pilatos fez a pergunta, sem esperar por uma resposta, ele saiu. É evidente que ele estava satisfeito da resposta de Jesus (Jo. 18:36,37) que ele não era um rei no sentido no qual os judeus o acusaram. Provavelmente ele considerava Jesus um fanático – pobre, ignorante e iludido, contudo inocente e não perigoso. Portanto ele buscou libertá-lo; e assim, com desprezo, ele lhe fez esta questão, e imediatamente saiu e não esperou uma resposta.

Esta questão tinha agitado o mundo por muito tempo. Foi o grande assunto de investigação em todas as escolas dos gregos. Seitas diferentes de filósofos tinham tido opiniões diferentes, e Pilatos agora em zombaria perguntou, a quem ele pensava ser um ignorante fanático, se ele poderia resolver este delongado dilema. Ele poderia ter tido uma resposta. Se ele tivesse esperado pacientemente com sinceridade, Jesus teria lhe contado o que era. Milhares hoje fazem a questão da mesma maneira. Eles têm um desprezo corrente pela Bíblia; eles zombam das instruções da Religião; são indiferentes à Igreja e seu ensino e estão pouco dispostos a investigar e esperar nos portões da sabedoria; portanto, como Pilatos, eles permanecem ignorantes da grande Fonte da verdade, e morrem na escuridão e no erro.

Todos poderiam encontrar a verdade se a buscassem (Jr. 29.13); ninguém mesmo a encontrará se não solicitar à grande fonte de luz – o Deus da verdade, e buscar pacientemente do caminho no qual ele escolheu comunicar a Verdade a humanidade. Como  deveríamos computar a Bíblia e a Igreja! E como pacientemente deveríamos procurar as Escrituras e o ensino da Igreja, para que evitemos errar e morrer para sempre!

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