Leitor questiona refutação de Alexandre Semedo

Olá, Caro L.

Li esta tua mensagem com atenção e ponho-me a respondê-la. Pena eu não saber se você é católico ou protestante. Sabê-lo iria fazer muita diferença, pois há argumentos invencíveis para convencer um católico e que fariam um protestante rir. Há argumentos, por outro lado, certeiros contra os protestantes e que, para os católicos, não passariam de fumaça.

Pelo espírito da tua carta, contudo, parece-me que você é protestante. Este, na falta de uma definição de tua parte, é o pressuposto que eu adoto. Afinal, ainda que você freqüentasse a Igreja Católica, seria um protestante de coração.

L.: “Li a refutação da refutação das Vinte razões de Alexandre Semedo. Estou escrevendo porque o sr.Alexandre deixou pontos sem refutação.”

Resposta: Caro L., meu texto não visava rebater, ponto por ponto, tudo o que a tríade protestante escreveu sobre o trabalho de D. Estevão. Visava, tão somente, manifestar que as suas respostas são absolutamente inconsistentes e, no mais das vezes, desprovidas de qualquer lógica. Assim, é natural que alguma coisa tenha ficado sem uma abordagem direta.

É bastante gratificante perceber que, num texto tão longo, você levantou apenas alguns pontos que teriam ficado sem resposta. Isto significa que o meu texto (que, sejamos justos, foi melhorado pelo Alessandro Lima) foi abrangente. Pergunto: você se convenceu a respeito do resto?

L.: “São eles: Na proposição 6 de D.Estevão, na oitava seção em preto, os pastores dizem que tem um subsídio seguro e escrito, baseado na autoridade apostólica, para definir o canon do novo testamento, sem necessidade da autoridade dos concílios da Igreja Católica pós-apostólica: seriam escritos joaninos que dão critérios seguros para se definir o canon.”

R.: Creio que você se refere a este trecho (o grifo é meu): ?Nenhum outro homem, além dos doze, merecia tal título. Paulo foi chamado Apóstolo dos Gentios devido ao seu chamado, não se considerava como um dos doze e depois dele nenhum outro homem mereceu este título, por não preencher os requisitos básicos do apostolado. Portanto, a autoridade apostólica morre com o último apóstolo, João, restando seus ensinamentos escritos, o que aliás foi o mais importante critério para determinação do Cânon do Novo Testamento pela Igreja Primitiva.?

Você não entendeu o que a tríade escreveu. Eles, neste trecho, não estão afirmando que existam escritos joaninos que definam o cânon das escrituras. Eles disseram que a ?autoridade apostólica? morreu com João, e que ?a autoridade apostólica? foi um critério importante para a fixação do cânon do NT.

Portanto, a tua crítica ao meu texto foi infundada. E, permita-me dizê-lo, infundada, também, é qualquer esperança de tua parte em encontrar escritos joaninos a definir o cânon bíblico. Estes escritos, simplesmente, não existem (pode perguntar para a tríade), até porque alguns trechos da Bíblia foram escritos após a morte de São João.

O fato inconcusso é que a definição da Bíblia requer uma fonte extra-bíblica. Ainda que fosse apóstólica (embora não seja), seria extra-bíblica, o que, por si só, solene e infalivelmente, deita por terra o ?sola scriptura? e corrobora a necessidade da Tradição católica.

L.. “Na proposição 10 de D.Estevão,na letra f, os pastores lançam três refutações. Falta refutar a exegese protestante de 1Cor 3,11, dizendo porque ela está errada, apresentando a católica; e; também falta refutar a exegese de At 10,25-26, segundo a qual o papa é culpado de vaidade por receber genoflexões e beijos na mão, pois Pedro considerava isso excesso de veneração ou até mesmo adoração.”

R. OK. Atendendo ao teu pedido, repondo aquilo que, no teu sentir, ficou sem resposta.

Com relação à 1 Co 3,11 (que diz: ?Pois quanto ao fundamento, ninguém pode pôr outro senão aquele que está posto, que é Jesus Cristo), podemos dizer que existem dois fundamentos da Igreja: Cristo (fundamento invisível) e Pedro, que, em Cristo, é o fundamento visível. A nenhum dos dois, no entanto, São Paulo está se referindo.

No trecho de Coríntios, São Paulo apenas afirma que o fundamento da fé cristã (e não da Igreja) é Jesus Cristo. E, neste sentido, não existe, de fato, outro fundamento além de Jesus Cristo. O querigma cristão é sempre o mesmo (Cristo morreu e ressuscitou por nós), independentemente de quem o anuncia. Este é o fundamento da fé cristã (sem o qual ela seria vazia).

A fé cristã não se baseia em Pedro, Paulo ou Apolo, mas tão somente em Cristo. A Igreja cristã, no entanto, possui, nos apóstolos, as suas colunas, e, em Pedro, o seu fundamento visível.

Quanto ao fato de ser o Papa culpado por aceitar genuflaxões, você está acostumado à visão protestante de que todo e qualquer sinal de respeito e veneração é um gesto de adoração. No entanto, a mera reverência devida ao Papa (representante maior de Cristo na Terra), passa longe da adoração. Ao reverenciarmos e honrarmos o Papa, caro L., no fundo e em essência, e como um sinal, reverenciamos e honramos ao próprio Cristo.

Como você mesmo pode ver em tua Bíblia, em At 10, 25-26, Cornélio ajoelhou-se em atitude de adoração a Pedro. Por isto, com toda a justiça, foi repreendido. Mas a represália não se deveu ao gesto externo de Cornélio, mas à sua atitude interior, pela qual colocava uma criatura (no caso, São Pedro) em lugar do criador.

L.. “Acho que agora vem o furo mais grave do Alexandre. Durante toda a assertiva dos pastores( auge na questão 16), nós percebemos que eles se apegam à tese central de que basta uma fé subjetiva em Cristo para ser salvo, para negar a Necessidade dos sacramentos ,enquanto na refutação, Alexandre lança mão da carta de Tiago e de passagens do Evangelho para dizer que os Sacramentos, a Igreja e as obras são necessários para a salvação de todos, sem, no entanto, encarar de frente a exegese das passagens aprensentadas pelos pastores, e sem dizer porque essa exegese é incorreta.”

Resposta. Desculpe-me dizê-lo, mas veja o absurdo da tua assertiva. Você afirma que eu lancei mão da Carta de São Tiago e de passagens do Evangelho para provar a necessidade de obras, como se isto não fosse suficiente. Para que eu precisaria de mais? Mas, se você quiser mais, L., basta pedir. Posso citar dezenas de trechos bíblicos que afirmem, no Antigo e no Novo Testamento, do Gênesis ao Apocalipse, a relevância das boas obras para a salvação. Você (e os protestantes em geral) não saem do ramerrãozinho da Epístola aos Romanos e de alguns outros trechos descontextualizados.

Que temos então? Temos trechos bíblicos que afirmam ser a fé essencial à salvação, e temos trechos bíblicos que afirmam serem as obras também essenciais. Não é preciso grande esforço mental para perceber que a ?sola fide? é antibiblíca e que a exegese católica é a única que harmoniza estas diversas passagens.

L.. “Alexandre também não apresenta a exegese católica das passagens dos protestantes, nem diz como a exegese católica consegue conciliar essas passagens com as outras apresentadas por ela em favor dos Sacramentos, da Igreja e das obras.”

Resposta. Ora, eu disse, você é que não entendeu. Mas vou repetir: a Igreja acredita que a fé é necessária à salvação e que as obras cooperam com a mesma. Quer conciliação melhor???? L., entenda uma coisa: a Igreja Católica não afirma, nunca afirmou, nem jamais afirmará que a salvação repousa nos méritos de cada um. As obras cooperam, mas não podem, por si mesmo operar a salvação. Portanto, os trechos bíblicos apontados, e que realçam o papel da fé na economia da salvação, simplesmente não estão em desacordo com a teologia católica. Um esforço de conciliação não é, sequer, necessário.

Já os trechos que eu apresentei (e que apontam a necessidade das obras) estão em desacordo com a teoria do sola fide, segundo a qual a fé basta e as obras são inúteis. Portanto, são os adeptos desta teoria (e, ao que parece, você é um deles) quem tem que se virar com os mesmos.

L.. “Como o ponto é grave, vou abrir comentários sobre cada passagem:a) Rm 10,9.10.13 : Os versículos 9 e 10 são pleonásticos, a interpretação deles deve ser literal, ainda há um reforço no versículo 13. Ou seja, três vezes (Confirmação solene) Paulo afirma que basta crer para ser salvo e dá a entender que essa é a única coisa a fazer para ser salvo( v.5).”

Resposta. É interessante você afirmar que três vezes perfazem uma ?confirmação solene?, pois por três vezes o Senhor disse a Pedro: ?apascenta as Minhas ovelhas?, confirmando (segundo você, solenemente) como pastor universal da Igreja. E, por Pedro e seus sucessores (para não falar da Bíblia como um todo) é que sabemos que não basta a fé para a salvação.

Mas, talvez, você não se preocupe muito com coerência…

Os versículos citados, segundo você, enfocariam a exclusividade da fé para a salvação. No entanto, a Bíbia não começa em Rm 10, 9 e nem termina em Rm 10, 13. Existem vários trechos bíblicos que, por sua vez, enfocam a necessidade de boas obras a cooperarem com a salvação.

A diferença entre a Igreja Católica e as denominações protestantes é que aquela entende a bíblia em sua inteireza, enquanto que estas se apegam a alguns versículos e ignoram tudo o mais.

Você, por exemplo, apega-se aos poucos versículos bíblicos que poderiam sustentar o ?sola fide? e depreza as toneladas de citações existentes em sentido contrário. É o sola scriptura degenerando-se em um sola algumas partes da scriptura.

< Sempre inevitável. é degeneração>

Os protestentes, para não abrirem mão de seus pontos de vista, desprezam a tradição e apegam-se à Bíblia. E, ironia das ironias, defrontados com trechos bíblicos que rechaçam estas mesmas doutrinas, ignoram-nos e se apegam àqueles poucos que parecem sustentá-la.

Mas sabe o que é mais contrangedor, L.? Sequer os poucos versículos a que você se apega são idôneos para sustentar a tua crença. Na epístola aos Romanos Paulo fala, pura e simplesmente, DAS OBRAS DA LEI MOSAICA, já absolutamente desnecessárias para a salvação. Não fala das obras de caridade, das boas obras no sentido em que você usa.

Sad, but true. Lamento, mas esta é a verdade que, rogo a Deus, você aceite…

L.:”Daí, os protestantes concluem que não são necessários para a salvação os sacramentos, uma Igreja específica, as obras, pois, se todo que invoca o nome de Jesus é salvo, eles também serão, porque igualmente aos católicos, eles também invocam com fé o nome do Senhor.”

Resposta. Não, caro, L.. As coisas não são bem assim. Não se pode usar um trecho bíblico que rechaça as necessidades das obras da lei mosaica para concluir que toda e qualquer boa obra é desnecessária. Principalmente quando toda a Bíblia diz o contrário. Com mais razão, não se pode usar este mesmo trecho para concluir que a Igreja e os sacramentos sejam, igualmente desnecessários.

Afinal, o próprio Jesus o advertiu: ?Nem todo o que me diz: ?Senhor, Senhor? será salvo?. O que é dizer, ?senhor, senhor?? Precisamente, é invocar o Seu Santo Nome. Nem todo o que invoca o nome de Jesus, portanto, será salvo. Nem João Paulo II, nem Lutero, nem o L., nem o Alexandre.

Durma-se com um barulho deste, não?

Aliás, muitos invocam com fé o nome de Jesus. Os espíritas kardecistas o fazem em todas as suas reuniões. Aliás, o que não falta é lunático tendo tanta fé em Jesus Cristo que julgam ser o próprio. Segundo você, todos estariam salvos…

Mas nem você levaria esta teologia ?da invocação do nome de Jesus? tão a sério. Talvez você diga que não basta invocá-lo, sendo necessário que além disto, a aceitemos como salvador pessoal. O trecho citado por você, no entanto, não diz isto. Aliás, esta necessidade de aceita-lO como salvador pessoal jamais é mencionada na Bíblia, nem na patrística. Isto é dogma novinho em folha.

Mas insisto: São Paulo, em Romanos, está enfatizando a desnecessidade das obras da lei mosaica. Neste sentido, Cristo basta. O cristianismo é suficiente. E, goste você ou não, o cristianismo é sacramental. Quem não é batizado, não é salvo; quem não come o corpo de Cristo e não bebe o Seu sangue não possui a Vida dentro de Si.

Tudo isto já foi dito no texto que você, agora, critica.

L.: “E não importa a denominação, porque o critério do Senhor é a misericórdia e a fé pessoal sincera em Cristo, e não a verdade ou falsidade de um credo cristão específico. Pode ser que o verdadeiro credo exista, mas se não estivermos nele, Jesus nos salvará também, pela nossa fé sincera.”

Resposta. Este credo existe, caro L.. É o católico. O protestantismo é tão contraditório que, numa mesma frase, afirma que nos salvamos crendo e, palavras a seguir, que não é possível que se saiba, ao certo, em que devemos crer. Ora, se a fé é a via única e exclusiva de salvação, em que devo eu crer para me salvar? Segundo você, jamais saberemos ao certo.

Basta crermos, vagamente, no nome de Jesus…

E se Ciclano crer em Jesus, mas for homossexual? Ora, São Paulo afirma (segundo você) que os que crerem em Jesus serão salvos (portanto Ciclano está salvo). Mas o mesmo São Paulo afirma que os homossexuais não herdarão o Reino de Deus (portanto, Ciclano está condenado). Como ficamos, então, caro L.? Como a tua teologia resolveria isto?

Outro ponto que você levanta: seria a Igreja Católica necessária à salvação? Em resposta, vou cotejar alguns textos bíblicos. O membro só se salva se estiver inserido ao corpo. O corpo de Cristo é a Igreja. Cristo enfatizou que existe apenas uma Igreja. Cristo confiou esta Igreja a Pedro e seus sucessores. Bingo! Se você não fizer parte da Igreja Católica, é um membro amputado do corpo e, portanto, morto (cf. 1 Co 12,12; Ef 5,21s; Jo 17,20s; Mt 16, 13-20).

L.: “Até aqui, a exegese protestante. Portanto, gostaria que Alexandre me dissesse como o específico trecho bíblico( Rm10,9.13) se concilia e não contradiz essas três verdades: a.1) Pertencer a uma Igreja específica é necessário para a salvação do cristão; a.2) Receber os Sacramentos é necessário para a salvação do cristão; a.3) as boas obras são necessárias para a salvação, não basta só confessar com a boca sinceramente ( Rm 10,13)”

Resposta. Este trecho bíblico não afirma estas três verdades. Ele afirma, apenas, que a as obras da lei mosaica já não se impõem aos cristãos. As outras três verdades são afirmadas em outros trechos bíblicos. Trechos estes já citados no texto que eu escrevi e, portanto, suponho que você já os saiba.

Aliás, as “verdades” 1 e 3 foram, também, demonstradas neste e-mail.

L.. “At 16,30-31: Essa é outra passagem a conciliar. A resposta de Paulo só menciona a fé pessoal, desconsidera a boa obra, a Igreja e os sacramentos. O valor dela é que é a única resposta na Bíblia a uma pergunta direta e idêntica àquela que estamos agora nos fazendo. Por que o silêncio de Paulo não significa que a Igreja, as obras e os Sacramentos sejam desnecessários a salvação ?”

Resposta. Dou-te um conselho, L.: não guarde da Bíblia apenas aquilo que te interessa. Pedro, em At 2,38, ao responder a mesma pergunta não menciona a necessidade da fé para a salvação. Menciona a necessidade de arrependimento e do batismo (que, até onde eu saiba, é um sacramento…)

Quer mais? Jesus, em Lc 10,25-28, ao ser questionado, igualmente, não afirma que, para se salvar basta ?invocar seu nome?. Afirma, goste você ou não, que é o Amor a Deus e ao próximo o caminho para o céu. Em Lc 18, 18-23 (e em seus paralelos em Mateus e Marcos), ao responder à mesmíssima pergunta, novamente, nada fala de ?tê-lo como único salvador pessoal?. Para termos a vida eterna (queixe-se com o Senhor caso você não goste disto!), devemos cumprir os mandamentos, e, para sermos perfeitos aos olhos do Pai, vendermos nossos bens, darmos o dinheiro aos pobres e seguí-lo.

A fé em Jesus é, solenemente, ignorada em todos estes trechos.

E, em Tg 2, 24, temos a sentença final: o homem não é justificado apenas pela fé, mas, também pelas obras. Convenhamos: é impossível ser mais direto do que isto.

L.. “Jo 3, 18.36: Jesus ao discorrer sobre o que é necessário para a salvação não menciona: ” Crede na minha Igreja” ou ” Recebei os sacramentos dela”, mas impõe como único critério a fé pessoal Nele. Como o silêncio de Jesus, sobre as outras coisas que a Igreja diz que são necessárias para salvação, não significa que elas sejam desnecessárias? Por que se Jesus impõe somente a fé Nele e não necessariamente na Igreja, como critério de salvação, os católicos dizem que os protestantes não se podem salvar? Acaso eles também não têm fé Nele?”

Resposta. Não existe fé na Igreja, mas pertença a ela. Eu creio em Jesus Cristo, mas, como Ele se manifesta através da Igreja, por metonímia (e apenas por metonímia) eu afirmo crer na Igreja. A fé em Jesus é necessária; a pertença a Igreja também.

Deixo-te uma pergunta: como você pode crer em Jesus se não acredita em Seu Corpo?

L.. “Por fim, digo que a um observador que não conhece o Cristianismo parece que a Bíblia é contraditória, pois parece justa a interpretação das passagens levantadas pelos católicos em favor dos Sacramentos e Igreja, como parece justa a interpretação protestante das passagens levantadas em favor da salvação pela fé pessoal. Mais uma vez peço ao Alexandre que se concentre na exegese dos textos usados pelos protestantes, pois eu já conheço os outros que são levantados pelos católicos. O que eu quero saber é se os católicos podem conciliar os dois grupos de textos dentro de uma interpretação coerente…Espero que eu não tenha perdido meu tempo….”

Reposta. Com relação a ser justa a interpretação dos protestantes a respeito do sola fide, por óbvio, não compartilho da tua idéia.

Mas acho que você não perdeu o seu tempo, assim como espero não ter perdido o meu te respondendo esta. Na verdade, o objetivo do meu texto criticado foi rebater as afirmações da tríade de protestantes em vista do texto de D. Estevão. Não visei rebater, ponto por ponto, as citações bíblicas dos mesmos. Fiz isto na medida em que achei necessário.

Fique com Deus,

Alexandre.

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