Cachoeiro de Itapemirim, 21 de fevereiro de 2005.
Eu sou Ângelo, um católico em rítmo de aprendizagem da verdadeira fé Católica Apostólica Romana. Mas por que?
Bem, tenho 30 anos e em toda minha vida fui católico, mas, aquele católico que vai à Igreja quando é batizado, quando vai batizar alguém, quando tem casamento, etc. Fui criado sem Pai, Minha mãe teve algo parecido com produção independente, ela trabalhava fora, e eu fui criado pela minha avó. Minha família, por parte de mãe é quase toda espírita, minha vó freqüentava um centro de umbanda, na cidade de Poços de Caldas Minas Gerais.
Pelo fato das pessoas de minha família serem afastadas da Igreja, eu acabei ficando com dúvidas sobre minha fé, e por isso me afastei da Igreja Católica, mas sabia que um dia deveria procurar minha fé, pois minha avó, mesmo sendo espírita, sabia da importância da religiosidade e me ensinavam coisas sobre a Bíblia e sobre a vida de um cristão.
Casei-me aos 20 anos de idade, constituí uma família com Débora e tivemos três filhos, Diogo, Ângela e Beatriz. Minha vida de casado sempre foi um pouco conturbada, eu e Débora sempre brigamos muito, nós somos pessoas geniosas e de sangue quente, mas de certa forma, nos amamos muito, por isso agüentamos dez anos dessas desavenças matrimoniais.
Uns dos maiores problemas de minha conversão, é que minha esposa foi criada na Igreja evangélica Assembléia de Deus, e meu sogro, desde o início de meu casamento, vêm tentando me converter ao protestantismo, atacando o Catolicismo com passagens da Bíblia que supostamente prova os erros da Igreja. Isto ajudou mais a me confundir, pois participei de vários cultos em igrejas protestantes como a Presbiteriana, Batista, Adventista e cultos da Assembléia de Deus.
Pela graça de Deus, de nosso Senhor Jesus Cristo e a intervenção de nossa Mãe Maria Santíssima, não passei para o protestantismo, pois achava aquilo um pouco pretensioso demais, suas idéias sempre eram agressivas para com os irmãos católicos e isso me afetava diretamente, eu não sabia explicar porque, mas ficava ofendido com as acusações e acabava deixando pra lá, afinal não me importava com essa coisa de Religiosidade.
A mais ou menos um ano, por motivos de incompatibilidade de gênios, parei de trabalhar com meu cunhado, e para ajudar, minha mãe veio de Poços de Caldas morar comigo, porque meu padrasto foi assassinado por dois garotos em um assalto (ele era taxista) e as coisas ficaram difíceis, pois minha mãe e minha esposa não se dão muito bem. Mesmo assim relutei em pedir ajuda a Deus porque achava que se nas horas boas eu não lembrava Dele, nas horas ruins eu não teria direito de pedir nada.
Como quem manda é Deus, e quando Ele quer que nós nos apresentemos para servi-lo não temos escolha, acabou que ocorreu o seguinte. Fui contratado para trabalhar em uma empresa do ramo de rochas ornamentais, a Gramazini, de propriedade de Antonio Thomazini, um católico praticante, que exige que todos os funcionários participem de uma oração celebrada todas as manhas na empresa. Nesta Empresa, conheci muitas pessoas ligadas à Madre Igreja, uma delas, foi o Cristiano, um cara extrovertido que participa de uma comunidade chamada Vida Nova (Logo mostrarei a importância de Cristiano em minha conversão).
Participando das orações na Empresa, fui ficando desarmado aos poucos, e entendi mais sobre religiosidade. Em Maio de 2004, eu e minha esposa fomos convidados pelo seu irmão Daniel e sua esposa Andréa a participar de um seminário, organizado pela Renovação Carismática Católica. Este seminário durou três meses, e foi a gota d água para o início de minha conversão, o chamado de Deus começou a ficar bem claro em minha mente, já não havia motivos e nem desculpas para ficar de fora. Então, sai do seminário fervendo com o fogo do Espírito Santo, tinha certeza do que eu queria ser: um Católico Apostólico Romano.
Tudo ia muito bem, até quando me deparei com a seguinte frase: “Fé sem razão, vira superstição”. Não me pergunte onde vi essa frase, só sei que deu um nó em minha mente.
O Fogo do Espírito Santo tem que ser mantido por algum combustível, o combustível do Seminário já se acabava, e essa frase me fez entender que o empurrão inicial, que era a fé, já tinha sido dado, mas faltava a razão, o que era, onde encontra-la. Comecei a me questionar, a refletir sobre meu presente, meu passado, minha vida conjugal e percebi que caminhava sozinho, mas como? É que minha esposa estava me acompanhando, mas algo a impedia de estar realmente junto a mim, e isso é exatamente o fato dela ser criada em um ambiente protestante. Pronto, eis ai o combustível que faltava.
Como posso eu acreditar em algo que minha esposa e parte de sua família acha errado. É claro e evidente que uns dos motivos do chamado de Deus, seria a proeza de convencer essas pessoas de que isto que eu estava vivendo era o correto, mas como convencer essas pessoas disto se eu mesmo não sabia as respostas?
É aí que entra meu amigo Cristiano. Em uma das conversas que tive com ele, durante nosso horário de almoço, ele me mostrou um livro intitulado “o que o católico pode e não pode”, escrito pelo padre Alberto Gambarine, este livro contém muitas respostas interessantes às questões que me assombrava, e então comecei a dialogar sobre isso com Cristiano, que cada vez mais ia me mostrando livros, artigos e sites, inclusive uma Bíblia digital de um site Apologético chamado Veritatis. Juntamente com isso, comecei a participar de um grupo de oração na Igreja de Santo Antonio acompanhado de minha esposa e comecei a Estudar Teologia e Mariologia este ano.
Bem, em resumo, hoje estou aliviado e com a certeza de estar no lugar certo. Tenho respondido a todas as questões levantadas por minha esposa, sua família e todos que tem dúvida sobre a fé católica. Minha esposa não está completamente convertida, mas tudo tem seu tempo e tenho certeza que Deus irá mostrar a ela o caminho certo na hora certa. Claro que tenho muito a aprender e a cada dia aparecem novas questões, e eu, sempre quando não tenho respostas, estudo para poder responder à altura de minha amada e respeitada igreja, que foi fundada por Jesus Cristo e tem o comando do sucessor do Apóstolo São Pedro (a Pedra fundamental), que é a IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA.
Ângelo Cristian
Católico Apostólico Romano Praticante.
Caríssimo Ângelo!!!
Seu e-mail me causou imensa alegria, por verificar como Deus é infinitamente bom trazendo-o de volta a Igreja Católica, única e verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. São fatos como esses, de sua verdadeira conversão, que me incentiva por lutar, através da Internet, todos os dias, em prol da Fé Católica. Fico feliz também por nosso Apostolado ter contribuído nesta volta.
Quanto aos seus familiares evangélicos, você sempre deverá respeitá-los e amá-los, acredito que a conversão deles é uma questão de tempo. Tenho certeza que, mais cedo ou mais tarde prevalecerá a verdade em suas vidas. É claro que você deverá sempre responder aqueles assuntos truncados que aprendem em suas igrejas. A partir de agora coloco-me a sua disposição para eventuais dúvidas.
Para finalizar gostaria de indicar alguns livros para sua edificação pessoal e instruí-lo na fé. Além do Catecismo da Igreja Católica recomendo estes!
– A Fé explicada de Leo J. Trese, Editora Quadrante
– A Igreja do Deus Vivo? de Frei Batisttini, Editora Vozes
– O que o povo pergunta? de Pe. Artur Betti, Editora Vozes
– Católicos perguntam? de Estevão T. Bettencourt. Editora ?O mensageiro de Santo Antônio
– Saiba defender sua fé Católica? Pe. Miguel, Irmã Pilar e Pe. Pedro
– As diferenças entre Igreja Católica e Igrejas Evangélicas? de minha autoria e
– Porque estes protestantes se tornaram católicos? também de minha autoria.
Todos nós do grupo Veritatis Splendor ficamos edificados com a sua volta, e rezaremos para que Deus o mantenha firme na única e verdadeira Igreja.
Aproveito a oportunidade para desejar-lhe muitíssimas felicidades a você e todos os seus.
Desde agora, e para sempre, seu irmão,
Jaime Francisco de Moura
- Fonte: Veritatis Splendor