Léon era filho de pai sarcástico, que zombava da religião (discípulo de Voltaire), e de mãe muito religiosa católica. Recebeu educação contraditória, que nele suscitou lutas internas entre a verdadeira crença religiosa (sugerida por sua mãe) e os preconceitos (incutidos por seu pai). Aos poucos estes foram desmoronando, mas com grande sofrimento para Bloy, que ele descreve em sua obra A Mulher Pobre. Acabou pedindo o Batismo, mas nem por isto conseguiu definir o seu ritmo de vida: quis tornar-se monge beneditino, mas não lhe foi possível, porque caía e recaía em seus vícios. Retirou-se para um mosteiro cartuxo, a fim de lá escrever; mas sua consciência lhe dizia que suas palavras não correspondiam ao seu tipo de vida. Um belo dia pareceu-lhe ouvir uma voz interior, que lhe dizia: “Se fores dócil à graça, eu te anuncio com certeza alegrias tão profundas, tão intensas, tão puras, tão luminosas que julgarás estar para morrer”. Começou então uma vida nova, que com seus escritos e conversas levou muitos irmãos a Deus.