– Sempre que um Anjo anunciou o nascimento de uma criança, as mães que receberam tal anúncio tiveram apenas “um filho”.

A virgindade da Santíssima Virgem Maria pode ser provada e comprovada de múltiplas formas através da Bíblia. Hoje nos ocuparemos de uma dessas formas: a virgindade de Maria por regra bíblica, segundo o agir de Deus ao longo da História.

Se nós católicos insistimos na virgindade de Maria, é porque a Bíblia insiste frequentemente em apontá-la. Você sabia que, na Bíblia, sempre que um Anjo anuncia o nascimento de uma criança, a mãe que recebe tal anúncio não dá à luz, no resto de sua vida, a ninguém mais além de um filho?

Não se trata pois de um capricho da Igreja Católica, mas é o que ensina a Bíblia e, o mais importante: trata-se da verdade!

AGAR, MÃE DE ISMAEL

  • “Disse-lhe também o anjo do Senhor: ‘Eis que concebeste, e darás à luz um filho, e chamarás o seu nome ‘Ismael’; porquanto o Senhor ouviu a tua aflição'” (Gênesis 16,11).
  • “E Agar deu à luz um filho a Abrão; e Abrão chamou o nome do seu filho que Agar tivera: Ismael” (Gênesis 16,15).

SARA, MÃE DE ISAAC

  • “E disse: ‘Certamente tornarei a ti por este tempo da vida; e eis que Sara tua mulher terá um filho’. E Sara escutava à porta da tenda, que estava atrás dele” (Gênesis 18,10).
  • “E concebeu Sara, e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao tempo determinado, que Deus lhe tinha falado” (Gênesis 21,2).

A MÃE DE SANSÃO

  • “Porém disse-me: ‘Eis que tu conceberás e terás um filho; agora pois, não bebas vinho, nem bebida forte, e não comas coisa imunda; porque o menino será nazireu de Deus, desde o ventre até ao dia da sua morte'” (Juízes 13,7).
  • “Depois teve esta mulher um filho, a quem pôs o nome de ‘Sansão’; e o menino cresceu, e o Senhor o abençoou” (Juízes 13,24).

ISABEL, MÃE DE JOÃO BATISTA

  • “Mas o anjo lhe disse: ‘Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de ‘João”” (Lucas 1,13).
  • “E completou-se para Isabel o tempo de dar à luz, e teve um filho” (Lucas 1,57).

MARIA, MÃE DE JESUS CRISTO

  • “E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: ‘Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres’. E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras, e considerava que saudação seria esta. Disse-lhe, então, o anjo: ‘Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus. E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de ‘Jesus”” (Lucas 1,28-31).
  • “E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem” (Lucas 2,7).

Todas estas mulheres – sem exceção alguma – tiveram apenas 1 (um) filho, tal como lhes anunciou um Anjo a todas e a cada uma delas. A ação de Deus foi exatamente a mesma em todos os casos, pois Deus é um Deus de ordem, não de confusão:

  • “Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos” (1Coríntios 14,33).

É verdade que a Bíblia menciona várias vezes os “irmãos do Senhor”, mas não existe um só téxto que afirma que sejam “filhos de Maria”. Não é a mesma coisa, nem tampouco é igual. Os meus irmãos não são necessariamente filhos da minha mãe. E a Bíblia sempre faz uma diferenciação entre Maria, a mãe de Jesus, e os “irmãos do Senhor”. Observe-se que a Escritura nunca fala, jamais, que Maria seja mãe de alguém mais além de Jesus:

  • “Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas?” (Mateus 13,55).
  • “Chegaram, então, seus irmãos e sua mãe; e, estando fora, mandaram-no chamar” (Marcos 3,31).
  • “E foram ter com ele sua mãe e seus irmãos, e não podiam aproximar-se dele, por causa da multidão” (Lucas 8,19).
  • “Depois disto desceu a Cafarnaum, ele, e sua mãe, e seus irmãos, e seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias” (João 2,12).
  • “Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos” (Atos 1,14).

Ainda que seja certo que a Bíblia nos apresenta ensinamentos de forma explícita e implícita, no entanto não há nada no texto que nos leve a pensar algo que não está escrito em lugar nenhum. A Sagrada Escritura chama apenas Maria de “mãe de Jesus” e ninguém mais. Um texto famoso bastante usado pelos protestantes, mas que não compreendem, afirma que não devemos julgar a partir do que NÃO está escrito, ou seja, não ir além do que está escrito:

  • “Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor. E eu, irmãos, apliquei estas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro” (1Coríntios 4,5-6).

Visto que não devemos emitir um juízo indo além do que diz a Bíblia, consideremos a título de exemplo um texto empregado por grupos gnósticos, ateus e até satânicos, que é usado para afirmar que Jesus Cristo era um pecador, empregando o sistema protestantes de interpretação que eles aplicam para os versículos que falam dos irmãos do Senhor:

  • “E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: ‘Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela'” (João 8,7).

E como ninguém apedrejou a adúltera, incluindo o próprio Jesus, deduzem essas pessoas que Jesus era um pecador, que não estava livre do pecado. Tal interpretação poderia ser válida ainda que jamais 100% segura e sem margem a dúvidas, se não fosse pelo fato de outros textos da Bíblia afirmarem claramente que Cristo não tinha pecado, como, p.ex.:

  • “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hebreus 4,15).

Mesmo assim, os textos que falam dos irmãos do Senhor, hipoteticamente falando, poderiam ser interpretados como se fossem filhos de Maria, ainda que jamais com 100% de segurança, se não existissem textos que mencionam quem eram os supostos “irmãos”: Tiago, José, Simão e Judas, mencionados em Mateus 13,5r como filhos de uma outra Maria, parente de Maria, a mãe de Jesus, e que demonstram que os famosos “irmãos” não eram irmãos em razão da mesma mãe, mas primos de Jesus Cristo:

  • “Entre as quais estavam Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu” (Mateus 27,56).
  • “E também ali estavam algumas mulheres, olhando de longe, entre as quais também Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, e Salomé” (Marcos 15,40).
  • “E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria mulher de Clopas, e Maria Madalena” (João 19,25).

A Bíblia mostra três Marias:

  1. Maria, a mãe de Jesus;
  2. Maria, a irmã [parente] de Maria, a mãe de Jesus, e que é mãe dos irmãos do Senhor, ou seja, quase com certeza seus primos; e
  3. Maria Madalena.

De modo que Maria é virgem:

  1. Por regra bíblica;
  2. Porque assim o demonstra a Bíblia;
  3. Porque Deus assim o anunciou pelo Anjo Gabriel; e
  4. Porque esta é a verdade.

Aqui, com efeito, nem capricho da Igreja Católica, nem caprichos protestantes. Estes são os fatos, não meras palavras.

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