Não ao aborto, sim à vida

O que o senhor pensa a respeito do aborto? Esta é a pergunta que me foi feita, como a tantas outras pessoas. É a moda atual de pesquisas e estatísticas, como se estas pudessem anular a moral e a lei de Deus, que diz peremptoriamente: “Não matar” (Ex 20,13; Dt 5,17).

Combate-se, com razão, a pena de morte para os assassinos e outros criminosos; aceita-se a pena de morte para inocentes indefesos. É uma enorme incoerência.

A vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta, a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento de sua existência, o ser humano é uma pessoa, com direitos que devem ser reconhecidos, sem exceção alguma. Todo ser inocente tem o direito inviolável à vida.

Já no Antigo Testamento se reconhecia que o feto era uma pessoa, com direito sagrado à vida. O mesmo acontece na Igreja primitiva. A Didaqué, o documento mais importante da era pós-apostólica, do século I, diz: “Não matarás o embrião por aborto e não farás perecer o recém-nascido”. Fazem eco a essa afirmação os demais documentos dos séculos II e III, com palavras explícitas e fortes.

Este ensinamento não mudou; continua invariável. O aborto direto, por qualquer motivo que seja, é gravemente contrário à lei moral. O Concílio Vaticano II, que evitou condenações, por ser um Concílio pastoral, diz expressamente: “O aborto e o infanticídio são crimes nefandos”(GS 51).

Mas, não se trata de um preceito da Igreja, como tantos pensam: é lei natural, consolidada no 5º mandamento: “Não matar”.

A tendência atual é, em muitos setores, mesmo no Congresso Nacional, alargar os casos em que o aborto seja legalmente permitido. É triste ver deputados e senadores, ministros, juízes e até o Presidente da República embarcarem nesta sanha assassina. É uma aberração.

Alegam-se os casos de deficiências no feto, como a anencefalia e outras. Persiste sempre a lei maior: “Não matar”. Deixemos que a criança nasça e o resto fica nas mãos de Deus.

Fazem-se esforços sumamente elogiáveis para cuidar dos deficientes. A Apae é um magnífico exemplo desses esforços. Por que, então, matar os deficientes antes de nascerem?

Haveria ainda os casos de concepção por causa de estupro. Também nesses casos a vida é precioso dom de Deus e deve ser preservada a todo o custo. Se a mãe não quer o filho, sempre haverá os que desejam cuidar dele com amor e bondade.

Dizer que a mulher é dona do seu corpo é absurdo inigualável: o feto vivo no seu ventre é um ser humano, uma pessoa distinta, que tem o inviolável direito de viver.

Não ao aborto! Sim à vida!

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