Não-democrática?

  • Autor: Pe. Arthur W. Terminiello
  • Fonte: Livro “The 40 Questions Most Frequently Asked about the Catholic Church by Non-Catholics” (1956) / Site “Una Fides, One Faith” (http://net2.netacc.net/~mafg)
  • Tradução: Carlos Martins Nabeto

– A Igreja não priva os católicos da liberdade de pensamento democrático que os protestantes desfrutam?

A Igreja não afirma ser uma democracia e nenhum católico se ressente do fato dele não ter permissão para levar a liberdade até o limite da licença. Nenhuma pessoa sã desejaria o privilégio de negar a verdade absoluta.

Além disso, não cabe ao indivíduo escolher o tipo de governo que ele gostaria de ter na Igreja. O tipo de governo foi escolhido pelo próprio Cristo e era um governo baseado na autoridade do ensino e na disciplina.

O próprio Cristo ensinou com autoridade, alterando até mesmo a Lei mosaica (cf. Mateus 5,20-23).

Ele conferiu essa mesma autoridade aos seus Apóstolos:

“Tudo o que ligares na terra será ligado no céu e tudo o que desligares na terra será desligado no céu” (São Mateus 16,19).

Os Apóstolos exerceram essa autoridade, como lemos ao longo dos Atos dos Apóstolos.

Da mesma forma, São Paulo escreveu aos Gálatas:

“Mas ainda que nós ou um Anjo do céu preguemos um Evangelho diferente daquele que pregamos a vós, seja anátema” (Gálatas 1,8).

E São João, em sua segunda Epístola, escreveu:

“Se alguém vier até ti e não trouxer ESTA doutrina, não o receba” (2João 1,10).

Além disso, os Apóstolos foram comissionados a irem e ensinarem em NOME de Cristo e com a AUTORIDADE de Cristo. Se há professor, deve haver alunos; e estes devem aceitar a autoridade do professor.

Os católicos, é claro, desfrutam da liberdade de pensamento. Mas essa liberdade é limitada apenas pela verdade absoluta. Ninguém é livre para dizer que a soma de dois mais dois é igual a cinco.

Assim também no governo da Igreja: a Igreja foi fundada sobre Pedro como pedra, como veremos em outra pergunta.

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