O anticomunismo e Olavo de Carvalho

Olavo de Carvalho, no seu último artigo, dirigiu uma resposta ao meu breve comentário, feito numa lista que faço parte. Até então nada demais, o grande problema foi que, num de seus rompantes de falta de educação e barbarismo, me xingou. Claro que, para quem o conhece, palavrões e boca suja são normais, até engraçados, principalmente para as seus seguidores- se tal ofensa fosse feita por inimigos ideológicos seria motivo de muita reflexão e oposição. O que me entristece, na verdade, não é resposta do Olavo, mas o fato de me julgar e achar que sou um rapaz muito soberbo que fica na internet a procura de atenção. Ora, eu fiz um simples comentário numa lista fechada e o reproduzi na comunidade “Católicos”, onde sou da moderação. Fazia muito tempo que sequer comentava na “Olavo de Carvalho”, inclusive nem mais ouvia o Trueoutspeak. Quando entrei no msn messenger e soube do xingamento fiquei sem entender, demorei para processar, afinal me pareceu bastante improvável que em meio a uma discussão tão profunda o meu raso comentário – não tinha a pretensão de fazer nenhuma grande análise – fosse usado como a ponta da lança da sua argumentação, sendo que nunca passou pela minha cabeça debater com o Olavo. Simplesmente escrevi uma pequena nota a um tema que estava sendo debatido entre nós.

Eu nunca quis holofotes, muito menos sou afeiçoado à “arte genuinamente brasileira de simular autoridade intelectual”. Sou membro do Apostolado Veritatis Splendor, faço parte do Grupo de Estudos do Pensamento Conservador – BA – que mantém o blog Acarajé Conservador – e, há pouco tempo, criei, juntamente com colegas da Faculdade de Economia da UFBA, o blog Hominis Libertas – A Liberdade do Homem – voltado para a discussão liberal. Olavo, que respeito e admiro, tentou me transformar em um jovem que, a procura de atenção, emite anátemas e realiza julgamentos que se encontrariam fora da minha capacidade. Primeiro que, jamais tive tamanho devaneio, nunca procurei a certeza através da minha auto-afirmação. Olavo, novamente, procura reduzir seus opositores a imbecis nonsense. Claro que não me considero mais capaz ou inteligente do que ele que, de fato, tem uma cultura invejável. Entretanto, isso não desmerece o meu conhecimento ou torna todas as minhas argumentações imbecis por eu ser um “mero garoto” de vinte e poucos anos. De todo o modo, sempre é pertinente frisar que, nessa confusão, que eu caí de pára-quedas – afinal não esperava que um simples comentário fechado tomasse grandes proporções – jamais ultrajei ou ofendi o Olavo e sua família, e queria ser tratado da mesma maneira.

Falando sobre o meu comentário, Olavo afirma:

“Neste mesmo momento, milhares de jovens católicos como esse estão sendo induzidos, por sacerdotes estúpidos ou maliciosos, a contentar-se com “ser anticomunistas em espírito”, na segurança dos seus lares e no doce ambiente da fraternidade cristã, sem arriscar o conforto de suas almas e o bem-estar de seus corpos no enfrentamento real com o inimigo, na agitação sangrenta do mundo.”

Pois bem, não sei quem seriam esses sacerdotes estúpidos ou maliciosos, até porque onde resido, na arquidiocese de Salvador, nunca ouvi um único Padre falando do anticomunismo, mesmo em espírito, o que o Olavo considera uma velha bobagem. A coisa por aqui é muito mais séria; o modernismo em sua plenitude. Convivo diariamente com profanações, heresias e desobediências e isso apenas fortalece minha luta em defesa da Verdade. Ainda vale frisar que de confortável isso não tem absolutamente nada. Ao contrário, discussões com adeptos da Teologia da Libertação, debates com modernistas, enfrentamento com comunistas, isso sim é uma agitação, e não o conforto de ficar em plena Virgínia escrevendo artigos enquanto no Brasil nós, “jovens católicos induzidos por sacerdotes estúpidos”, nos batemos, não só teoricamente, com os abusos e as heterodoxias. Se defender o anticomunismo em espírito, que é quando se vive radicalmente a Religião, em pleno campo de guerra, é encontrar-se na segurança dos seus lares, eu não sei o que é quando alguém incita um levante escrevendo de tão longe.

Olavo compreende essa minha afirmação de maneira totalmente obtusa. Quem conhece o poder da oração e da penitência, quando guiadas pela fidelidade a Igreja, sabe como são vitais para a vivência sincera do cristianismo em sua plenitude. Não sei se ele faz referência ao Opus Dei, mas tomo a liberdade de pensar que sim, ainda mais quando faz pouco tempo que ofendeu os Sacerdotes da Obra por não serem enfaticamente “anticomunistas” a la Olavo. Pois bem, a Obra, como reflexo dos ensinamentos do Magistério, defende e estimula uma vida santa. Essa santidade pressupõe a fidelidade e honestidade para com a doutrina católica – que não é irrelevante, diga-se de passagem. Todo o arcabouço doutrinal da Mater Ecclesia parte de uma experiência em Deus, provém da própria Revelação. O anticomunismo em espírito, que eu defendi, é justamente originado quando o crente católico, fiel aos ensinamentos da Igreja, segue piedosamente e vive com devoção a Religião. Mesmo sem ouvir falar do projeto comunista e da Nova Ordem Mundial os fiéis que se entregam a Cristo através da Sua Igreja trazem consigo um forte espírito anticomunista, que é a conseqüência imediata da sincera e pura crença. Isso, na verdade, é o resultado do próprio antídoto católico que é injetado quando da adesão de Fé em sua grandeza e humildade. Claro que, obviamente, inserimos as condenações magisteriais ao comunismo – condenações que foram produtos de muita oração – como cruciais para o despertar da comunidade à realidade atual, entretanto, mesmo sem ter em conta essa anatemização, os católicos que abraçam o catolicismo integralmente, sem relativismo e disse-me-disse, tornam-se anticoletivistas automaticamente, justamente por perceberem, reflexo da adesão radical a mensagem Cristã, a contradição entre socialismo e cristianismo. “A oração é um combate. Contra quem? Contra nós mesmos e contra os embustes do Tentador, que tudo faz para desviar o homem da oração, da união com seu Deus. Reza-se como se vive, porque se vive como se reza. Se não quisermos habitualmente agir segundo o Espírito de Cristo, também não poderemos habitualmente rezar em seu Nome. O “combate espiritual” da vida nova do cristão é inseparável do combate da oração.” (Catecismo §2725)

Olavo tem uma postura muito ingrata, ele tenta dizer que a valorização que faço da vida interior seria uma obrigatória condenação a toda e qualquer postura anticomunista. Pois bem, ser um bom católico é muito mais importante do que ser um bom anticomunista. Vale frisar que todo bom católico é um bom anticomunista, mas o meu comentário, não sei se erroneamente entendido por conta de uma interpretação superficial ou falta de sensibilidade, apenas tenta mostrar que mesmo os fiéis que desconhecem as condenações ao socialismo entendem e compreendem a incongruência entre a cristandade e o pensamento revolucionário. Ainda vou além, a vida de oração e contrição também é mais importante que um anticomunismo militante; um dos grandes problemas do mundo atual, que é facilmente percebido por aqueles que vivem a realidade eclesial no seu dia-a-dia, é justamente a falta de mística, transcendência, reverência ao Sagrado e sentimento de contrição. A Teologia da Libertação ataca e diminui esse espírito católico, colocando em seu lugar uma postura materialista e terrivelmente mundana. Não por menos, os movimentos que mais crescem dentro da Igreja são aqueles que resgatam a ortodoxa postura de piedade e fidelidade que despertam no povo uma forte entrega a Deus e a Sua Providência.

Olavo coloca como se eu tivesse feito uma integral condenação do anticomunismo militante quando, na verdade, apenas afirmei que aqueles católicos que desconheciam as condenações da Igreja ao comunismo, mas viviam em entrega a Deus e seguiam piedosamente os princípios e preceitos cristãos, tornavam-se anticomunistas naturalmente, afinal, “A tradição da oração cristã é uma das formas de crescimento da Tradição da fé, sobretudo pela contemplação e pelo estudo dos difíceis, que guardam em seu coração os acontecimentos e as palavras da Economia da salvação, e pela penetração profunda das realidades espirituais que eles experimentam.” (Catecismo §2651) Outra interpretação que não essa é mera especulação, na verdade não é de estranhar, afinal o Olavo pegou um breve comentário que escrevi sem qualquer direcionamento a ele e sem a mínima pretensão – até por falta de profundidade – e o transformou no bode expiatório. Fico profundamente triste que essa questão tenha tomado tais proporções, na verdade me incomoda essa hierarquização e o tom que sou obrigado a usar nesse artigo, afinal, pode parecer, para os desavisados, que estou colocando de lado o anticomunismo quando, diferentemente, o defendo com radicalidade e total adesão, entretanto, sem desmerecer o grande e enorme bem originado da vida espiritual que gera uma graça na alma indescritivel. Olavo, por sua vez, ao supervalorizar o anticomunismo parece subvalorizar os que não aderem formalmente a essa missão dos cristãos. Combater o erro é dever moral de todos os homens batizados e, por motivos que não a falta de vocação a esse apostolado, aqueles que não se levantam por falta de coragem ou dúvida quanto à ilicitude do comunismo estão caindo em profunda heterodoxia. Ademais, não podemos nos esquecer que a presença comunista dentro da Igreja, que é fruto do modernismo, impede a correta formação dos fiéis católicos e, para piorar, incita a rebeldia doutrinal e a falta da piedade por meio do distanciamento do espírito devocional e das práticas cristãs – não por menos a Teologia da Libertação tem pavor a tudo que remete ao Sagrado. Acabar com a presença dos revolucionários dentro do clero é essencial para a reestruturação do catolicismo e a retomada da espírito cristão que, pouco a pouco, vem sendo substituído por princípios relativistas. Para tanto, precisamos nos aproximar cada vez mais do Santo Padre que, juntamente com os Cardeais, Bispos e Sacerdotes, procurar combater o erro, sempre com mais ênfase, e fazer triunfar a correta hermenêutica conciliar. Em suma, tudo está muito intimamente ligado, ainda mais quando vivemos uma época de verdadeira crise civilizacional, ou seja, o modernismo se encontra na raiz do problema, combater o modernismo, através da difusão da ortodoxia doutrinal e da piedade cotidiana, é desconstruir o arcabouço que os hereges usam para validar o discurso socializante dentro da Igreja.

Assim disse S.S Pio XI na Constituição Apostólica Umbratilem, dirigida à Ordem dos Curtuxos: “Facilmente se compreende que contribuem muito mais ao incremento da Igreja e à salvação do gênero humano os que assiduamente cumprem com seu ofício de orar e de mortificar-se, que os que com seus suores e fadigas cultivam o campo do Senhor”. Será que o Santo Padre, que também condenou o comunismo, esqueceu que o perigo deve ser combatido necessariamente através de um enfrentamento real? Pensam assim os que desconhecem o poder da vida em oração. Não obstante, vale lembrar que, o anticomunismo é parte importante da Doutrina Social Católica e a luta contra esse regime totalitário e anticristão é um ponto relevante da missão do batizado, mesmo que que esse combate seja através de uma vivência da fé norteada pela pura e sincera devoção religiosa ou por meio de um enfático apostolado em constante alerta ao perigo marxista. O erro é quando transformam o anticomunismo no ensinamento primordial de toda a catequese e formação cristã. Como já foi dito ao longo do artigo, a condenação da Igreja ao comunismo foi fruto da vida espiritual, assim sendo, aqueles que seguem esse mesmo itinerário consolidam na alma um pavor ao marxismo revolucionário.

Depois disso, Olavo escancara. Quanto julgamento, quanta afirmação mentirosa. Ele quer dizer que sou um radical opositor do anticomunismo, como se não levasse em conta os ensinamentos da Igreja e as mensagens papais. Não aceito e acho profundamente asquerosa e baixa a tentativa que ele faz de me transformar num indigno devoto dos milhares de católicos santos que foram martirizados em todas as nações que sofreram com o totalitarismo comunista, o espírito da anti-civilização. Para mim essa foi a pior ofensa feita pelo Olavo. Além de ele ser mestre em julgar e desmerecer seus opositores, tentando transformá-los em estúpidos e caricatos, agora quer conhecer e lançar conclusões sobre as nossas consciências. O que ele sabe sobre mim? Absolutamente nada. Fiquei profundamente estarrecido com essa baixeza, esperava mais. O mais irônico é que Olavo cita Nossa Senhora de Fátima, será que ele não sabe que a Virgem pediu a conversão, a oração, a penitência? Por caso não sabe ele que a Santíssima Virgem receitou a piedade e fidelidade como os melhores remédios contra o terror anticomunista, tanto que pediu a consagração da Rússia ao Seu Imaculado Coração, afinal o sentimento de entrega ao Senhor cura todas as chagas e destrói todos os inimigos? Provavelmente, para o Olavo, a Ir. Lúcia deveria ter se tornado a fundadora de alguma associação internacional anticomunista, mas, para a sua tristeza e nossa alegria, a vidente portuguesa entrou para o Carmelo, onde foi concretizar a sua vocação através da oração e penitência, rezando pela conversão dos corações, já que “É pela oração que a alma se arma para toda espécie de combate. Em qualquer estado em que se encontre, a alma deve rezar.”, como disse Santa Faustina Kowalska em seu diário. O católico não é um homem que escolhe a oração em detrimento da ação, ou vice-versa, as duas estão intimamente ligadas dentro da realidade católica, o que as diferencia é a vocação, o chamado que cada batizado tem para viver a fé.

Posteriormente começou a ofender o Concílio. Concílio que é radicalmente defendido pelo Santo Padre, que o considera norte e farol do seu pontificado, convidando a todos a manterem “vivo o espírito do Concílio Vaticano II”. O pensador brasileiro ainda afirma que houve uma aliança do Vaticano com a URSS para que o comunismo não fosse citado nos documentos conciliares. Provavelmente faz ele referência ao Pacto de Metz. Já havia feito uma reflexão sobre isso, inclusive, se não me falha a memória, depois de certos comentários do Olavo.

Tudo isso até me lembra os conspiradores e judeus liberais que dizem que o grande Pio XII era o “Papa de Hitler”. O motivo? Não teria se levantado e lutado duramente contra o nacional-socialismo. Entretanto, sabemos muito bem que essa estratégia foi vital não só para a salvação de muitos crentes que viviam nas regiões ocupadas, mas, principalmente, para impedir que o Holocausto se tornasse mais desumano do que foi. Qual o motivo de S.S Pio XII não ter enfrentado de forma escancarada e explícita o Nazismo? Simplesmente temia pela vida do povo católico que vivia sob o jugo do regime nazista. Como disse Marcus Melchior, rabino chefe da Dinamarca, “se o Papa tivesse tomado explicitamente uma posição, Hitler provavelmente teria massacrado bem mais do que seis milhões de judeus e talvez dez vezes dez milhões de católicos, se tivesse oportunidade para isso”.

A Igreja, mesmo sendo uma instituição, tem um fim claramente espiritual. Óbvio que a condenação ao comunismo sempre é oportuna e essencial, ainda mais no mundo de hoje, mas além da Mater Ecclesia já ter-lo condenado – o que não faz de extrema necessidade outra condenação – a vida eclesial no Leste Europeu, nos tempos comunistas, estava em risco. Quer dizer que o Vaticano deveria ter priorizado a REAFIRMAÇÃO daquilo que já tinha sido afirmado dezenas de vezes do que a salvação dos fiéis humilhados pelo regime comunista – apenas modernistas, que são hereges, desmerecem os ensinamentos passados da Igreja -? Isso me lembra a história do próprio Wojtyla. Em toda a sua vida apostólica na Polônia jamais proferiu críticas diretas ao comunismo institucionalizado, e por quê? Simplesmente acreditava que a derrubada do totalitarismo ateu se fazia pela conscientização do Amor de Deus aos homens, a defesa radical do cristianismo, o zelo eucarístico e doutrinário. Tudo isso, inevitavelmente, desaguava no claro entendimento da incongruência essencial entre o socialismo e a catolicidade, muito melhor do que a adoção de um caminho onde o anticomunismo seria apenas vivido enquanto política e não experimentado e entendido em sua raiz, ou seja, destruidor da fé cristã – o que se obtém através do conhecimento espiritual e contemplativo. Alguém chamaria João Paulo II de aliado dos comunistas, logo ele que fez da derrubada da Cortina de Ferro quase um apostolado pessoal? Esse exemplo apenas mostra que, diferentemente do que querem, a Igreja não é uma mera organização anticomunista e, mesmo parecendo absurdo para alguns, as atitudes da Esposa de Cristo sempre se fundamentam na Verdade! Se o Vaticano atacasse os comunistas, quem os comunistas atacariam em resposta ao Vaticano?

O Pacto de Metz teria sido um acordo, assinado em Metz, na França, entre a Igreja, representada pelo Cardeal Tisserant (que tinha junto consigo o então Cardeal Montini, futuro Paulo VI) e a URSS, através do Patriarca de Moscou, Nikodim, testa de ferro do regime comunista. Com a formalização desse pacto, ficaria acordado que a igreja cismática enviaria observadores ao Concílio e, em contrapartida, haveria total silêncio acerca do comunismo. Da mesma forma, com o mesmo espírito conspiratório, rumores afirmam que na verdade o Pacto de Metz não passou de uma invenção da KGB para denegrir a Igreja.

Dois pontos de grande relevância; o Concílio optou por utilizar um método positivo, sem anatemizar nem recondenar o que já havia sido condenado. Ora, com pacto ou sem pacto o Vaticano II não faria uma taxativa condenação ao comunismo – Até porque, como o tal pacto envolveria diretamente um Papa, João XXIII, o mesmo que proibiu católicos de se aliarem a partidos e políticos comunistas, e dois Cardeais, é legítimo concluir que eles sabiam que mesmo com a omissão do comunismo no Vaticano II, isso em nada modificaria os anátemas já feitos, não teriam a inocência de acreditar que esse silêncio revogaria anos de ensinamentos. Vale lembrar que milhares de instituições religiosas foram questionados sobre os assuntos que queriam que fossem abordados no Concílio; o comunismo nem apareceu na lista. Outra questão que não podemos nos esquecer; o Magistério da Igreja é contínuo, infalível nos seus ensinamentos, não se anula nem entra em contradição. O comunismo já havia sido condenado desde o Beato Pio IX. Logo, mesmo com o Concílio não relembrando a anatemização do materialismo dialético, este continuaria sendo inimigo mortal da Fé.

Fico triste com o acontecido, ainda mais quando vejo que o Olavo desenvolve toda uma argumentação centrada num comentário que escrevi sem a mínima pretensão e sem qualquer referência a sua pessoa. O pior é perceber que chegou a conclusões absurdas sobre mim, seguindo o seu velho método de desmerecer e transformar seus opositores – não que me considere um – em figuras caricatas e produtos da crise social e da decadência do pensamento ocidental. Quem me conhece sabe muito bem que, nem de longe, tenho uma postura antianticomunista, ao contrário, minha militância é constante, ainda mais quando convivo diariamente com marxistas na Faculdade de Economia. Todo esse julgamento – sim, é um julgamento – feito contra mim, tanto do Olavo quando dos seus seguidores, partiu de uma simples nota. O que era para ser um comentário corriqueiro se transformou no motivo do meu xingamento – que, por sinal, foi terrivelmente baixo – e da argumentação do Olavo. Claro que, naturalmente, muitas conclusões foram tiradas precipitadamente por ele, o que é óbvio, afinal usou como premissa as minhas poucas linhas que não tinham lá grande conteúdo. O que tenho achado graça é que quase estão me vendo como um adepto da Teologia da Libertação. Enfim, o que disse naquele breve post, o que quis dizer ao longo desse texto, é que o anticomunismo é sim terceiro ao lado de outras importâncias como o seguimento dos Mandamentos de Deus e da Igreja, do estudo do Catecismo, do conhecimento da doutrina, da adoração eucarística, do Rosário, da mortificação etc, entretanto, como tudo se encontra intrinsecamente ligado, quem vivencia de coração, com entrega e confiança os ensinamentos da Mater Ecclesia, torna-se anticomunista naturalmente, justamente pelo anticomunismo se formar através do conhecimento Magisterial e do entendimento da mensagem Cristã. Claro que, com plena certeza, não desmereço o apostolado anticomunista – até não poderia, eu o faço -, simplesmente não o absolutizo e entendo que os católicos que desconhecem as diretas condenações da Igreja ao comunismo, mas que aderem de corpo e alma e com radicalidade ao catolicismo, se transformam em verdadeiros militantes contra-revolucionários.

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