O batismo das crianças

Muitos de nossos irmãos separados não aceitam o Batismo Católico, alegando que a criança não tem consciência do pecado e muitas vezes dizem que ela ainda nem pecou. Porém os Protestantes afirmam isso (como de praxe), sem nenhum conhecimento de causa. Na verdade os reformistas não contestaram o Batismo infantil. Essa contestação começa em 1600 (aproximadamente ) com a criação da Igreja Batista, onde o próprio nome da igreja revela o seu protesto. Vamos ao conhecimento de causa, analisemos a situação das crianças a começar pelas palavras do Salmista, que diz: “Eis que nasci na culpa, minha mãe concebeu-me no pecado.” (Salmo 50,7)

Este versículo resume o que a Igreja desde sempre chama de Pecado Original, ou seja, desde que Adão e Eva pecaram todos receberam deles a herança do pecado. Interessante que os protestantes dizem que a criança não tem consciência do pecado, mas em verdade a maioria dos homens ou quase todos os homens não tem consciência do próprio pecado, por isso o Salmista diz: “quem pode, entretanto, ver as próprias faltas? Purificai-me das que me são ocultas.” (Salmo 18,30) Não tendo homens e crianças consciência do próprio pecado, eles não deixam de ser pecadores, a diferença é que a criança é pecadora em potência, enquanto que o homem é um pecador em ato. O batismo das crianças remove está condição da criança e a transforma em um santo em Potência e provavelmente em ato também. É isso que os protestantes precisariam entender, a principio, para aceitarem o batismo das crianças.

Porque depois disso vem argumentos muito mais fortes e favoráveis ao batismo infantil, como o que diz São Paulo, quando dogmatiza dizendo que a realidade é Cristo. Ora, sabendo que a realidade é Cristo não existe diferença entre batizar o adulto ou a criança, pois tanto criança como homens pertencem a Cristo, porque foram comprados pelo seu sangue. O batismo realizado em adultos só é realizado neles porque os pais dos adultos não ofereceram esta única realidade a seus filhos permitindo com que adoeçam primeiro para depois serem curados. Por isso Santo Agostinho preferia ter sido batizado quando criança. Dizia o Santo: “é melhor prevenir do que remediar.”

Os mais radicais chegam a dizer que não escolheram ser batizados, por isso o batismo não tem valor, mas esquecem do mandamento com promessa, de honrar Pai e Mãe, pois se honrassem seus Pais não se levantariam contra os mesmos que escolheram o melhor para eles. Em geral não são somente os protestantes que usam este argumento , mas outras seitas também, como o liberalismo, ateísmo, etc.

Outro argumento interessante contra os que atacam o Batismo infantil é a Santíssima Trindade, pois nenhum de nós foi batizado em nome da Igreja Católica e sim em nome do Pai , do Filho e do Espírito Santo. Além disso podemos observar por analogia a doutrina da Santíssima Trindade,que nossos Pais ao nos batizarem estão em nós e nós estamos em nossos Pais juntos a Cristo, ou seja, repete-se o que Cristo disse, quando diz que o filho está no Pai e o Pai está no filho, daí podemos entender que o batismo transforma a família em uma trindade humana unindo Pai, Mãe e filho em Cristo.

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