– Uma Testemunha de Jeová me disse que o Espírito Santo é uma força, não uma Pessoa. Ela disse que a Bíblia ensina que os Apóstolos “ficaram cheios do Espírito” e que ninguém pode ser preenchido por uma pessoa. (Anônimo)
A negação de que o Espírito Santo é uma Pessoa, feita pelos Testemunhas de Jeová, pode ser refutada pela Bíblia. As passagens que eles citam em defesa do seu argumento não funciona. Atos 2,4 diz que os Apóstolos “ficaram cheios do Espírito Santo”, mas é importante compreender o significado disto.
“Ficar cheio do Espírito Santo” é uma outra forma de dizer que os Apóstolos foram rendidos ao controle do Espírito. Isso não prova que o Espírito Santo não é uma Pessoa, pois senão as outras passagens que falam de cristãos ficando repletos de Deus Pai (Efésios 3,19) ou que mencionam Cristo entre os fiéis (Colossenses 1,27) provariam que o Pai e Cristo não são Pessoas.
Outras passagens bíblicas indicam que o Espírito é Pessoa: o Espírito Santo fala (João 14,16.26; Atos 10,19; 11,2); Ele comunga com os fiéis (2Coríntios 13,13); Ele pode ficar entristecido por nossos pecados (Efésios 4,30); pode ser ofendido pela mentira (Atos 5,3-4); Ele conforta (Atos 9,31); toma decisões (Atos 15,28-19); e ajuda os fiéis a orar (Romanos 8,26-27).
1Coríntios 6,19 diz que os cristãos são templo do Espírito Santo. Um templo é dedicado a alguém – ainda que a um deus de qualquer espécie – e não a alguma coisa. Isto significa que o Espírito Santo é uma Pessoa, não uma força.
Quando Jesus fornece a fórmula de batismo para os seus discípulos (cf. Mateus 28,19), ele manda batizar “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (os Testemunhas de Jeová substituem o “Espírito Santo” em seus rituais de batismo pela expressão “organização de Deus”, mas a sua “Tradução do Novo Mundo das Escrituras” emprega a tradução costumeira desse versículo). O Pai e o Filho são Pessoas; então porque deveríamos supor algo diferente em relação ao Espírito Santo?
Os Testemunhas de Jeová dizem que esses textos são meras personificações, mas faz mais sentido que as expressões como “ficaram cheios do Espírito Santo” (que parecem impessoais) sejam metafóricas, não podendo as passagens que sugerem a personalidade do Espírito Santo serem tidas por personificações.