Transcrevemos a seguir a resposta do imperador Trajano à carta de Plínio, governador da Bitínia, escrita em 111 ou pouco depois, extraída do “Epistolário de Plínio” 10,97. A resposta do imperador, ao contrário do que se esperava, é bastante breve com relação ao assunto:

 

Meu caro [Plínio] Segundo:

Seguiste a atitude correta, exatamente a que devias ter, no exame das causas daqueles que te foram denunciados como cristãos.

Não há como se estabelecer uma regra geral, que tenha valor de norma fixa. [Porém,] não deve ser objeto de investigação por iniciativa oficial. Se forem denunciados e confessarem, devem ser condenados observando-se a seguinte restrição: aquele que negar ser cristão, mesmo sendo suspeito com relação ao passado, e oferecer prova clara disso, sacrificando aos nossos deuses, seja perdoado por seu arrependimento.

Quanto às denúncias anônimas, não devem ser consideradas em nenhuma acusação, pois são um exemplo detestável e não são dignas da nossa época.

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