Raissa Maritain (1883 – 1960) russa e judia de nascimento, convertida à Igreja Católica, escritora, poeta, viveu com o marido, o filósofo Jacques Maritain, uma extraordinária união intelectual e religiosa, “cada um segundo sua natureza e segundo a graça de Deus”. Conheceram-se quando estudantes na Sorbonne, casaram-se em 1904 e, dois anos depois, guiados pelo escritor León Bloy, receberam o Batismo. A descoberta de Sto Tomás de Aquino deu rumo definitivo – não o limite – ao pensamento de Jacques e Raissa Maritain. Na introdução ao Diário de Raissa escreveu Jacques Maritain: “Raissa escondia sua vida profunda. A todos que a conheceram apareciam a graça de sua acolhida, sua jovialidade, delicadeza requintada, seu ardor para com as coisas do espírito, a compaixão e a bondade com que ouvia, sua penetração intuitiva, o charme encantador de sua conversação. Bem poucos percebiam o que tinha de sofrer e o retiro em que vivia em seu coração”. Um pouco dessa vida profunda – que transparece nos poemas e se deixou entrever No Brasil, de seus livros, foram traduzidos e publicados: – As Grandes Amizades, AGIR, 1951; – Diário de Raissa, AGIR, 1966; – Liturgia e Comtemplação, Flamboyant, 1962; – Poemas e Ensaios, Editora CXB, 2000 e – O Anjo da Escola (Sto Tomás de Aquino contado às crianças), Editora CXB, 2001.