Respondendo objeções protestantes contra o Primado de Pedro (Parte 1/2)

Há alguns dias, um leitor de ApologeticaCatolica.org me escreveu solicitando que analisasse e respondesse a um artigo onde um amigo protestante tentava refutar alguns argumentos a favor da doutrina católica do primado de Pedro publicados por mim. Aproveitando que agora eu tenho um pouco de tempo disponível, tratarei de responder brevemente a essas objeções em uma série que espero que não ultrapasse a dois artigos. O artigo protestante em resposta ao meu artigo original pode ser lido na íntegra no seguinte endereço:

Como é possível observar, o artigo em questão é uma resposta a este outro artigo de minha autoria:

Comecemos:

O CONTEXTO DO ARTIGO

O contexto do meu artigo original partia da aplicação das regras hermenêuticas que um amigo pastor tentava me ensinar para melhor interpretar a Bíblia. Eu aproveitei essas mesmas regras para mostrar-lhe como a sua própria Bíblia ensinava efetivamente a doutrina católica do primado de Pedro, doutrina esta que ele evidentemente rejeitava. É neste contexto que o nosso novo amigo protestante escreve em sua resposta:

Resposta protestante:

  • “Começo citando uma obra de Adolfo Eliud Gómez Sánchez, que define a hermenêutica assim: ‘A hermenêutica é a matéria que se presta ao estudo e compreensão de qualquer texto; sua aceitação é geral em todas as culturas, pois os seus princípios são aplicáveis para a correta compreensão de qualquer texto, independentemente do idioma em que foi escrito, a cultura do escritor ou dos leitores, e enfim, todos os aspectos que se levam em conta para compreender corretamente um texto literário’ (“Ensinando as Sagradas Escrituras”, México D.F., abril de 2003, p.22). Pois bem: uma coisa é conhecer as regras hermenêuticas e outra, diferente, é saber utilizá-las corretamente. Ao longo deste artigo veremos o que ‘responde’ à pergunta anteriormente formulada, um claro exemplo de alguém que, ao que parece, viu pela primeira vez as tais regras e que, digamos, não tem muito domínio delas. Ou seja, que para pegar um protestante com a sua própria arma deve primeiro conhecer e saber utilizá-la de maneira que não venha a se autogolpear nesse processo”.

Quanto à primeira parte de sua argumentação, estou totalmente de acordo, pois uma coisa é conhecer as regras hermenêuticas e outra coisa é saber usá-las. Quanto à fanfarronice que se segue depois, onde duvida se eu as uso ou não corretamente, que decida o leitor…

ARGUMENTO 1: O NOVO NOME DE SIMÃO: PEDRO E SEU SIGNIFICADO

No meu artigo inicial eu havia afirmado que quando Deus dá um novo nome a alguém, este sempre vem acompanhado de uma nova função ou identidade; é uma mudança profunda na vida da pessoa (foram citados numerosos exemplos: Abraão, Sara, Jacó etc.). Em Mateus 16,18, vemos que Jesus muda o nome de Simão para Pedro quando diz a ele: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”, na ocasião em que lhe entrega as chaves do Reino dos Céus: “Eu te darei as chaves do Reino dos Céus; e o que atares na terra será atado nos céus e o que desatares na terra será desatado nos céus”.

Como os protestantes costumam objetar que nesse texto Jesus não está se referindo a Pedro como a pedra sobre a qual edifica a Igreja, mas a Si mesmo, eu apliquei ali as duas regras hermenêuticas que o pastor havia me apresentado:

  • Regra 2ª – É totalmente necessário tomar as palavras no sentido que indica o conjunto da frase. Isto é, deve-se levar em conta o significado de uma palavra à luz de todas as frases. Por isso, é necessário conhecer o pensamento do autor.

Afirmei que, visto que Jesus muda o nome de Simão para Pedro (que quer dizer ‘Pedra’), não havia por que pensar – como sustentam os protestantes – que Jesus estivesse se referindo a uma outra pedra que não fosse Pedro. Não podia ser por acaso que lhe tinha colocado precisamente esse nome para logo depois referir-se a Si mesmo.

Depois, apliquei esta outra regra:

  • Regra 3ª – É necessário tomar as palavras no sentido indicado pelo contexto, a saber: os versículos anteriores e posteriores ao texto que se estuda. Não se pode fazer doutrina com um só versículo. Isto é, deve-se levar em conta o contexto do texto para não inventar um pretexto.

E aqui sustentei que também o contexto confirma que Cristo se referia a Pedro e não a Si mesmo. Em primeiro lugar, porque é a Pedro que conferiu esse nome; e, em segundo lugar, porque o significado de seu novo nome é dado imediatamente depois de nomeá-lo portador das chaves.

A este argumento nosso amigo responde:

Resposta protestante:

  • “Concentremo-nos onde se fala do caso da mudança de nome. É certo que quando se atribui um novo nome a algum personagem da Bíblia, esse nome designa o propósito e a missão de tal pessoa; porém, isso não demonstra nem significa necessariamente que se fez uma ‘substituição’ de nome. Por exemplo, todo mundo sabe que Jesus foi chamado ‘o Cristo’ (Mateus 1:16). Na Bíblia, este título é usado como seu nome próprio (Atos 2:31, 8:5, 9:20; Romanos 3:24, 5:6; entre muitos outros), porém não demonstra mudança alguma, pois também é chamado pelo seu nome natural, Jesus, por cerca de 836 vezes, em aproximadamente 99,5% do Novo Testamento. No caso de Pedro se dá o mesmo. Lemos em Marcos 3:16 que a Simão foi dado o sobrenome ‘Pedro’. Todos sabemos que depois da sua ressurreição, Cristo chamou Pedro pelo seu nome natural, Simão, em várias ocasiões (ex. João 21:15-17, onde chama Pedro de Simão enquanto era encarregado de pastorear as ovelhas). Também no livro dos Atos é assim chamado em repetidas ocasiões. Portanto, não teve o seu nome alterado, mas se lhe foi acrescentado um apelido ou, como se diz em inglês, um ‘alias’. Passemos agora a discutir o que foi colocado acima em destaque, pois essa pergunta baseia-se em um fato fictício. Já vimos que o nome de Pedro não foi alterado, mas que se lhe foi acrescentado um apelido, que foi empregado anteriormente para referir-se a Simão. Assim se responde à pergunta final: não se trata se foi por acaso ou não, mas é que isto já era uso e prática”.

Resumindo esse argumento em poucas palavras: o nosso amigo protestante admite que quando se é dado um novo nome a algum personagem da Bíblia, esse nome designa o propósito e a missão de tal pessoa; porém, logo acrescenta que no caso de Pedro não foi assim, já que Pedro voltou a ser chamado por Jesus pelo seu antigo nome “Simão” e, portanto, o que Pedro recebeu não foi um novo nome mas um “apelido” ou um “alias”.

A primeira coisa que se deve esclarecer é que quando Deus dá um novo nome a alguém, este sempre segue acompanhado de uma nova função ou propósito independentemente de que possa tornar a ser chamado pelo seu nome anterior. Eu nunca afirmei que se tratava de uma “substituição” absoluta de nome. Um dos exemplos que dei foi o de Jacó, cujo nome dado por Deus foi “Israel”: “Doravante não te chamarás Jacó mas Israel, porque foste forte contra Deus e contra os homens e venceste” (Gênesis 32,29); seu nome teve tanto significado que o povo originário da sua semente atribuiu para si seu novo nome “Israel” e o conserva até o dia de hoje. No entanto, se revermos o Gênesis, veremos que a partir daí Jacó é também chamado pelo seu antigo nome aproximadamente 90 vezes: no livro dos Salmos, mais de 30 vezes (e faça o exercício com qualquer outro livro da Bíblia e obter-se-á o mesmo resultado). Pois bem: empregando a lógica do nosso amigo protestante, teríamos que concluir que o novo nome dado a Jacó era só um “apelido”, que não vinha acompanhado de nenhum propósito ou significado, ainda que saibamos que na realidade não foi assim.

Depois [nosso amigo] menciona que com Jesus ocorreu o mesmo, pois foi chamado “o Cristo” e também conservou o seu nome natural “Jesus”; porém isso, mais do que apoiar as suas teses, a contradiz, pois o referido nome – que significa “ungido de Deus” – reflete de maneira precisa o seu propósito e identidade, a mesma [identidade] pela qual é chamado “Emanuel” (Deus conosco), já que este nome, mais que um “apelido”, reflete quem é realmente Jesus: “a Palavra se fez carne e habitou entre nós” (João 1,14).

Da mesma forma, ainda que Pedro também fosse chamado pelo seu antigo nome, inclusive por ambos os nomes ao mesmo tempo, “Simão Pedro” (cf. Mateus 4,18; 10,2; 16,16; Marcos 3,16; 14,37; Lucas 5,8; 6,14; João 1,40; 6,8.68; 13,6.9.24.36: 18,10.15.25; 20,2.6; 21,2.3.11, etc.), isso não tem por que significar que o seu novo nome não viesse acompanhado da sua identidade ou propósito. De fato, as palavras de Cristo, mais que um “apelido”, refletem a sua identidade: “Tu ÉS Pedro”, da mesma maneira que Pedro O identificou: “Tu ÉS o Cristo”. Era “Pedro” um apelido? Então “Cristo” também o era; entretanto, chame-se como se chame, identificava quem era e seu propósito.

Outra coisa é dizer que o novo nome de Pedro foi conservado até o fim, ao ponto de que em todo o restante do Novo Testamento, em especial nas epístolas paulinas, é chamado de “Cefas” (‘Rocha’ ou ‘Pedra’, em aramaico) e hoje em dia o conhecemos por esse nome.

Apesar de tudo isso, nosso amigo continua mais adiante: “Sobre a mudança de nome, já se demonstrou que Pedro não substitui o nome natural, mas se lhe acresce como um apelido…”. Tenho que observar aqui que o nosso amigo tem problemas para entender o que significa “demonstrar” algo: notar o fato de que Pedro foi também chamado de “Simão” depois de ter recebido o seu novo nome não equivale a “demonstrar” que o novo nome dado a Pedro não vinha acompanhado de uma nova função ou propósito. Todos podemos dizer que demonstramos algo, porém como diz o ditado: “Do dito ao fato há um longo caminho”.

Outra evidência de que o nosso amigo não entendeu o argumento ou ele mesmo plantou um espantalho (falácia em que se deforma o argumento do oponente para atacá-lo com vantagem) é que ele se esmera extremamente em demonstrar que não houve uma “substituição” de nome:

  • “O ponto que quero trazer nisto tudo é que ainda que, sim, é certo – e nunca se negou – que a mudança de nome denota o caráter do ministério da pessoa, não podemos aplicar a regra da suposta mudança a todo mundo, porque essa não é a realidade. Há casos em que o nome é totalmente substituído, no entanto há casos em que isto não ocorre”.

Porém, esse nunca foi o ponto. Como foi visto, quando um novo nome é dado por Deus a alguém, este designa sua identidade ou propósito, independentemente de que seu antigo nome torne a ser utilizado.

ARGUMENTO 2: A ENTREGA DAS CHAVES E SEU SIGNIFICADO

No tocante ao significado das chaves entregues a Pedro, eu havia aplicado uma outra regra hermenêutica ensinada pelo meu amigo pastor:

  • Regra 5ª – É necessário consultar as passagens paralelas. As passagens paralelas são aquelas que têm relação ou que tratam de um mesmo assunto. O bom estudante da Bíblia deve adquirir conhecimentos exatos sobre as doutrinas e as práticas cristãs. As coisas espirituais se explicam por meio de coisas espirituais (1Coríntios 2:13). Uma passagem paralela juntamente a outra, conforme o que se chama “cadeia temática” (exemplo: Provérbios 16:4; Mateus 10:37; Lucas 14:26; 2Pedro 3:9).

Eu havia dito que uma passagem paralela a Mateus 16,19 era Isaías 22:

  • “Naquele dia chamarei meu servo Eliaquim, filho de Jelquias. O revestirei com tua túnica; com o teu cinto o cingirei; a tua autoridade colocarei na mão dele e ele será um pai para os habitantes de Jerusalém e para a casa de Judá; porei a chave da casa de Davi sobre o seu ombro: abrirá e ninguém fechará; fechará e ninguém abrirá; o fincarei como estaca em lugar seguro e será trono de glória para a casa de seu pai: pendurarão ali tudo o que há de valor na casa de seu pai – seus descendentes e sua posterioridade -, todo o enxoval, todas as taças e cântaros. Naquele dia – oráculo de Yahveh Sebaot – se removerá a estaca fincada em lugar seguro; cederá e cairá; e a fará em pedaços o peso que sustentava, porque Yahveh falou” (Isaías 22,20-25).

Afirmei que esse texto era uma profecia, onde Deus anunciou que instauraria um novo mordomo em Israel (Eliaquim, que de fato chegou a ser mordomo no lugar de Sebna; ver 2Reis 18,18; 19,2; Isaías 33,3; 37,2). Comentei que o mordomo era um ministro que detinha as chaves do reino. Ainda que os demais ministros também tivessem autoridade, a autoridade do mordomo era superior. Todos atavam e desatavam, porém o que o mordomo atava os outros ministros não podiam desatar e vice-versa (isto se refere à autoridade de tomar decisões). O mordomo não era o rei, mas tinha autoridade conferida pela mão do rei.

Acrescentei que Cristo utilizou precisamente uma figura de seu tempo para que todos entendessem a nova função de Pedro: ser o novo mordomo de seu Reino. Assim como os antigos reis de Israel tinham um mordomo, Cristo designou o seu: Pedro.

Quanto a isso, nosso amigo protestante responde:

Resposta protestante:

  • “É certo que existe um paralelo no tocante às chaves, na Bíblia: além de serem usadas em seu sentido literal (ex.: Juízes 3:25), também simbolizam um alto cargo de responsabilidade; porém, em todos os casos significa ‘possuir, outorgar e negar acesso a algo’. A pergunta que nosso amigo deveria fazer a si mesmo é: o que são as chaves em Isaías e o que são as chaves em Mateus? É aqui que reside a grande diferença. Em Isaías, é entregue a chave da casa de Davi e em Mateus são entregues as chaves do Reino dos Céus. Os contextos de ambas as passagens nos esclarecem para o que servia uma e para o que servia a outra. Se revisamos o fundo da passagem de Isaías, notaremos que antes de Eliaquim converter-se em mordomo, Sebna era o ocupante do cargo. O contexto imediato do capítulo 22, desde o primeiro versículo, nos diz que Sebna era um homem ambicioso e corrupto, e por isso o próprio Javé o destituiu do cargo, pondo em seu lugar Eliaquim, a quem entregou a chave da casa de Davi, isto é, da nação de Israel. O cargo que Eliaquim ocuparia seria um cargo de caráter puramente administrativo secular”.

Novamente nesse argumento, nosso amigo parece não ter entendido o argumento ou, outra vez, construído um espantalho a seu gosto. Em primeiro lugar, devo esclarecer que eu não afirmei que as chaves mencionadas em Isaías 22,22 e as chaves que Jesus entrega a Pedro sejam as mesmas chaves. O que eu sustentei é que Jesus usou uma figura bastante conhecida em sua época (a das chaves como símbolo de autoridade) para nomear Pedro como mordomo do Seu Reino.

É certo – e eu mencionei – que as chaves entregues em Isaías 22,22 eram as chaves da Casa de Davi, ou dito de outro modo, do Reino de Israel, e sendo Israel uma teocracia em todo o sentido da palavra, o mordomo do reino não era um cargo meramente secular como entende o nosso amigo, mas que era acompanhado de uma paternidade espiritual. O próprio texto assim o faz ver: “Será ele um pai para os habitantes de Jerusalém e para a casa de Judá”.

Nosso amigo tampouco parece entender que estava anunciado que o reino de Israel transcenderia o plano material e não teria fim porque Jesus, ao ser seu herdeiro, se assentaria em seu trono: “Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; reinará sobre a casa de Jacó pelos séculos e o seu Reino não terá fim” (Lucas 1,32). Portanto, com a entrega das chaves, Jesus está nomeando Pedro como novo mordomo de Seu Reino, da mesma maneira que os antigos reis de Israel nomeavam os seus mordomos.

Continua o nosso amigo protestante:

  • “Ao contrário, as chaves do Reino dos Céus entregues a Pedro claramente denotam uma liderança espiritual que teria como pastor na Igreja. Pedro abriria as portas da fé aos gentios, porém principalmente aos judeus, quando Cristo disse a Pedro: ‘e o que atares na terra será atado nos céus e o que desatares na terra será desatado nos céus’ (Mateus 16:19); tem um paralelo em Mateus 18:18 onde Jesus diz: ‘De certo vos digo: tudo o que atares na terra, será atado no céu e tudo o que desatares na terra, será desatado no céu’. Aqui, ainda que não entregue as chaves, confere a todos os discípulos a mesma autoridade de atar e desatar, o que significa que nesse sentido a autoridade de Pedro não era superior à dos outros onze”.

Estou de acordo com a primeira parte do argumento: as chaves dadas a Pedro já não são as antigas chaves de um reino físico, mas de um Reino que transcendeu ao plano espiritual. As chaves entregues a Pedro são, portanto, as chaves da Igreja, que é o Reino de Deus. Parece que nosso amigo protestante entende isto e o louvo por isso. No entanto, acrescenta ele que como o restante dos discípulos receberam também a autoridade de atar e desatar, deduz-se que a autoridade de Pedro não era superior à dos demais Apóstolos.

Contudo, a fragilidade deste raciocínio está precisamente em ignorar a relação que existe com a figura que Cristo utilizou, pois do mesmo modo que nos antigos reinos havia muitos ministros que tinham autoridade para tomar decisões, apenas um deles, o mordomo, era o portador das chaves, e sua autoridade era superior à dos demais: suas decisões não podiam ser revogadas por nenhum outro ministro, já que ele só estava subordinado ao rei; por isso se dizia: “abrirá e ninguém fechará; fechará e ninguém abrirá”.

Observe-se que o argumento católico não afirma que só o sucessor de Pedro tenha autoridade para atar e desatar; pelo contrário, os Bispos em comunhão com a sua cátedra, como legítimos pastores de seu rebanho, também a têm. O que se diz é que a autoridade concedida a Pedro tem uma jurisdição mais ampla, da mesma maneira que a autoridade dos ministros do reino de Israel estava subordinada à do mordomo. A melhor evidência disto é que, ainda que todos os Apóstolos recebam o poder de atar e desatar, só a Pedro foram entregues as chaves. Se o nosso amigo quer sair vitorioso comseu argumento, não tem que demonstrar que todos os Apóstolos tinham autoridade – coisa que ninguém nega – mas que a autoridade destes não estava subordinada à de Pedro quando a Escritura assinala que só Pedro porta as chaves. De fato, Jesus diz: “A TI te darei as chaves” e não “a vós…”; e desta maneira, toda a Igreja recebe as chaves através do seu portador: Pedro.

Com isto, termino por ora. No meu próximo artigo, seguirei analisando os demais argumentos de nosso amigo, ainda que eu não saiba neste momento se será estritamente necessário fazê-lo, já que estes dependem da validade dos primeiros argumentos; e se os primeiros não se sustentam, muito menos os argumentos seguintes.

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NOTAS:
[1] http://verdadpalabra.blogspot.com.br/2011/09/respuesta-protestante-una-respuesta.html
[2] http://www.apologeticacatolica.org/Primado/PrimadoN03.htm. O artigo traduzido e publicado em português já encontra-se disponível em nosso Site.

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