Foi uma surpresa para mim receber a notícia de que a Senadora Hillary Clinton se apresentará na Universidade St. Mary. Não fui informado nem consultado pela universidade antes que decidissem permitir que a Senadora Clinton falasse na universidade. As instituições católicas têm o dever de ensinar e promover os valores católicos em todas as circunstâncias. Isso é especialmente importante quando as pessoas olham para nossas universidades católicas em busca de liderança e clareza sobre os discursos políticos, normalmente complicados e contraditórios.
Todos nós sabemos que o histórico de votação da Senadora Clinton, assim como de alguns dos demais candidatos à presidência, não está em conformidade com os ensinamentos da Igreja Católica no que se refere ao importante tema da vida.
Não é minha intenção dizer às pessoas em quem devem votar. Contudo, exorto os católicos para que entendam os ensinamentos da Igreja de maneira integral no que se refere aos temas públicos de grande importância hoje. Rogo aos professores e à equipe de pastoral da Universidade St. Mary que continuem cumprindo sua responsabilidade de educar seus alunos em sua responsabilidade política, seguindo os ensinamentos da Igreja Católica.
Os bispos católicos dos Estados Unidos, em seu documento de 2004, «Católicos na Vida Política», afirmaram que, nas relações com os candidatos políticos e com aqueles que têm cargos públicos, «a comunidade católica e as instituições católicas não devem honrar aqueles que realizam ações que desafiam nossos princípios morais básicos. Não se deveria dar-lhes prêmios, honras ou reconhecimento algum que pudesse sugerir um apoio a suas ações».
Em uma declaração distribuída pela Universidade St. Mary, lê-se que «como uma universidade católica isenta de impostos, St. Mary não apóia nenhum candidato político ou suas posições com relação a temas específicos, e reconhece as diferenças fundamentais entre as posturas dos candidatos presidenciais e as da Igreja Católica».
Nossas instituições católicas devem promover uma clara compreensão de nossas profundas convicções sobre um tema como o aborto, um ato que a Igreja chama de um «crime abominável» e um tema não-negociável.